quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Unir a família Social Democrata do concelho

Jornal de Albufeira,  Out. 2013

    Unir a Família Social Democrata do Concelho.

    Ultrapassado o rescaldo das eleições autárquicas e analisados os resultados é chegada a hora, para unir a Família Social Democrata do Concelho.
    Devido a um conjunto de circunstâncias, a Secção Concelhia do PSD relaxou, durante muito tempo. Manteve as portas fechadas à população e não se dinamizou em moldes democráticos.
Só o facto de a estrutura ter poucos filiados, impede que se fale de dissidentes. Mas, é notória a cisão entre o núcleo do aparelho que sustentou um sistema gerador de influências, para conquistar maiorias absolutas, no passado, e o número crescente de simpatizantes e militantes imbuídos numa cultura política, mais madura e cosmopolita, que não comunga a disciplina dominante.
    Apesar das tendências, no Algarve e no País, o PSD-Albufeira ganhou estas eleições e, cumprindo as regras da delicadeza, apresento os meus cumprimentos ao Senhor Dr. Carlos Silva e Sousa e desejo-lhe o maior sucesso no prestigiado cargo de Presidente da Câmara.
    A juntar ao facto da vitória ser contida, devido à conjuntura nacional, é bom que se perceba que ainda há dificuldades, no plano político-partidário local. Neste sentido, um conjunto alargado de eleitores já expressou a sua indignação, através do Movimento VIVA. O processo está na fase inicial e estou crente que a ética democrática vai imperar, na resolução do que ainda falta fazer, neste contexto.
    O Movimento VIVA não emana de uma ideologia política nova, mas representa um elevado background de consciência e de indignação, em relação ao modelo de funcionamento do PSD-Albufeira e às repercussões que a estrutura teve na Autarquia e na vida dos munícipes.
    A participação do Movimento, nestas eleições, revelou uma grande capacidade mobilizadora e o resultado que obteve pode ajudar a alterar muita coisa. Por outro lado, a migração de votos, que se verificou, não significa a deslocação dos eleitores, para outra ideologia política. Aliás, estou plenamente convencido que a Dra. Ana Vidigal não defraudará ninguém e saberá usar este capital, dentro do contexto social-democrata.
    É preciso que os protagonistas se libertem de eventuais quezílias, saibam identificar e analisar as diferenças, e procedam aos arranjos, respectivos, tanto na Estrutura local do Partido como na Autarquia, em nome da democracia representativa e no respeito pelos munícipes do concelho.


Henrique Coelho


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