Jornal de
Albufeira, Out. 2013
Unir a Família Social Democrata do Concelho.
Ultrapassado o
rescaldo das eleições autárquicas e analisados os resultados é chegada a hora,
para unir a Família Social Democrata do Concelho.
Devido a um conjunto de circunstâncias, a Secção
Concelhia do PSD relaxou, durante muito tempo. Manteve as portas fechadas à
população e não se dinamizou em moldes democráticos.
Só o facto de a estrutura ter poucos filiados, impede que
se fale de dissidentes. Mas, é notória a cisão entre o núcleo do aparelho que
sustentou um sistema gerador de influências, para conquistar maiorias
absolutas, no passado, e o número crescente de simpatizantes e militantes imbuídos
numa cultura política, mais madura e cosmopolita, que não comunga a disciplina
dominante.
Apesar das
tendências, no Algarve e no País, o PSD-Albufeira ganhou estas eleições e,
cumprindo as regras da delicadeza, apresento os meus cumprimentos ao Senhor Dr.
Carlos Silva e Sousa e desejo-lhe o maior sucesso no prestigiado cargo de
Presidente da Câmara.
A juntar ao
facto da vitória ser contida, devido à conjuntura nacional, é bom que se
perceba que ainda há dificuldades, no plano político-partidário local. Neste
sentido, um conjunto alargado de eleitores já expressou a sua indignação, através
do Movimento VIVA. O processo está na fase inicial e estou crente que a ética democrática
vai imperar, na resolução do que ainda falta fazer, neste contexto.
O Movimento VIVA
não emana de uma ideologia política nova, mas representa um elevado background
de consciência e de indignação, em relação ao modelo de funcionamento do PSD-Albufeira
e às repercussões que a estrutura teve na Autarquia e na vida dos munícipes.
A participação
do Movimento, nestas eleições, revelou uma grande capacidade mobilizadora e o resultado
que obteve pode ajudar a alterar muita coisa. Por outro lado, a migração de votos,
que se verificou, não significa a deslocação dos eleitores, para outra ideologia
política. Aliás, estou plenamente convencido que a Dra. Ana Vidigal não
defraudará ninguém e saberá usar este capital, dentro do contexto
social-democrata.
É preciso que os
protagonistas se libertem de eventuais quezílias, saibam identificar e analisar
as diferenças, e procedam aos arranjos, respectivos, tanto na Estrutura local
do Partido como na Autarquia, em nome da democracia representativa e no
respeito pelos munícipes do concelho.
Henrique Coelho
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