sábado, 26 de agosto de 2017

A Democracia, Não é Tão Difícil de Pôr em Prática.

26/08/2017
Na minha opinião os albufeirenses deviam estar a envolver-se mais nos debates sérios e a deixarem cair questões menores cujo mediatismo oculta as causas nobres.

Sobre esta matéria, há uma reflexão que importa fazer:
É comum ouvir-se algumas pessoas dizerem que não gostam da política. 
Todos temos uma caixinha de política, dentro de nós, e quando desprezamos os nossos dotes, intrínsecos, é como olhar ao espelho e dizer …“não gosto de ti”. 
Julgo que devemos mais respeito a nós próprios.
Dizer-se que não se gosta dos partidos políticos é rejeitar o regime vigente. Os partidos constituem o pilar da nossa democracia e há oferta para todos os gostos.
No que concerne aos agentes políticos diria que é aqui que a porca torce o rabo. Uns são sérios, outros inspiram cuidados. A segunda trupe, normalmente, revela-se dona dos partidos mas não promove o seu crescimento. Prefere clãs reduzidos, à porta fechada, e apodera-se de cargos, inerentes, numa postura indigna que fere a legitimidade das bases democráticas e limita a transparência. Confunde os eleitores com promessas de encher o olho, tantas vezes, contrárias ao superior interesse do território que pretende administrar.
Como é que se resolve este imbróglio?
Em primeiro lugar é preciso que as pessoas, quando se vêem ao espelho, sintam-se honradas com os seus valores e, sem deixar de comentar o que mexe à sua volta, decidam filiar-se no partido da sua preferência. É um gesto simples que as habilita a participarem nas bases essenciais da vida democracia.
A democracia não é tão difícil de pôr em prática. Nós é que renunciamos, por opção, muito ao agrado dos políticos manhosos, e, desta forma, complicamos tudo.
Façam o favor de se desinibirem e de apresentar os Vossos comentários. Abraço. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Autárquicas – 2017
18/08/2017
Está armado o imbróglio com as eleições autárquicas, em Albufeira. Se o VIVA ficar de fora os resultados serão diferentes no dia 1 de Outubro. E, caso o Tribunal não decida em tempo útil, as próprias eleições podem vir a ser impugnadas.

quinta-feira, 20 de julho de 2017


As Estruturas Partidárias Locais.


20/07/2017

Há muito que as estruturas partidárias locais se alhearam das populações.

Os seus dirigentes mostram desinteresse no engrandecimento dos partidos que lhes dão guarida e não angariam filiados. Preferem “elites” reduzidas que se revezam, à socapa, e ferem as bases da democracia.

São estes senhores que, sem fidelizar eleitorado partidário nem contribuir para a emancipação política, vêm pedir o voto dos cidadãos, quando lhes dá jeito. E, apesar dos resultados serem bastante evidentes, nalguns casos, continuam a não interiorizar que esta forma de condicionar a democracia participativa tem riscos.

Nas autárquicas de 2013, a força política que está, actualmente, a governar a Autarquia de Albufeira sofreu um trambolhão estrondoso. Desceu de 6 para 3 vereadores. Para a governabilidade, respectiva, teve de haver acordo pós eleitoral com o grupo independente que tinha elegido um vereador. Até aí tudo dentro da normalidade. Anormal foi a aliança nupcial, celebrada a seguir, para atribuir pelouro ao adversário (PS).

….E, desta vez? Sendo que, desde então, a inerente estrutura partidária local não melhorou a prestação política e o eleitorado mostra-se insatisfeito … qual será a sua estratégia? Estará já a arquitectar uma aliança estranha, ainda, antes de a campanha ir para a estrada?

No plano nacional, o País tem o conluio da geringonça com acordos manhosos que comprometem a liberdade democrática e o regular funcionamento das Instituições Oxalá isto não resvale, também, para o poder autárquico.

A democracia que todos gostamos deve ser exercida às claras para não produzir maus resultados. Por sua vez, os eleitores merecem respeito e têm o direito de conhecer bem as intenções dos candidatos, antes de exercerem o dever de votar.   

segunda-feira, 17 de julho de 2017


Os Programas Autárquicos Já Estarão na Forja.


17/07/2017

Aproxima-se o período da campanha eleitoral e os respectivos programas autárquicos já estarão na forja.

Longe de mim a vontade de provocar qualquer desarranjo na calendarização das candidaturas que concorrem em Albufeira, mas faço lembrá-las que os eleitores têm o direito de conhecer as intenções dos políticos, nomeadamente, em três pontos fundamentais que não podem ser deixados para o arbítrio dos orçamentos participativos:

1 – Serviços de limpeza, manutenção e conservação dos espaços públicos. (refiro-me à recolha de lixo, estradas, caminhos, passeios públicos, e à ausência de equipamentos de praia a condizer com as exigências do século XXI e do tal turismo de qualidade que se pretende).

2 – Urgência na ligação da cidade à Marina, por frente de mar, nos moldes que tenho referido e que julgo serem conhecidos. Preservava a falésia, resolvia um problema de acessibilidades, era estruturante para a cidade, e constituía upgrade, importantíssimo, no contexto da vocação turística. Mais do que o “Passeio Marginal” foi, no passado, esta obra de requalificação, com as valências que podia acomodar, tornavam-na no ex-libris de Albufeira.

3 – Baixa de Albufeira, subida de nível do mar e consequente dificuldade de escoamento. Os candidatos autárquicos não podem se esquivar de elucidar os eleitores, com clareza, acerca das suas interpretações sobre estas realidades e a forma de as resolver. Fala-se num mega túnel para as eventuais cheias da ribeira, mas essa obra, bem ao agrado de alguns e já com custos financeiros para o Município, não resolve as previsíveis inundações da baixa, cuja tendência é para se tornarem, cada vez, mais frequentes, também, devido à dinâmica do mar que assoreia, constantemente, o ramal de descarga do Pontão. A avaliar pela subida ao longo da costa, estou convencido que o mar acabará por ditar as suas regras, em Albufeira, dentro de poucas décadas. Nesta perspectiva afigurava-se-me mais correcto começar-se já a equacionar uma solução de fundo, para resolver os problemas, em vez de se gastar dinheiro do erário público num túnel que pode não servir para nada. De hora avante qualquer abstracção, ou tentativa para esconder estas realidades, revela a irresponsabilidade política que vai, seguramente, dificultar e onerar as gerações futuras.     

quinta-feira, 13 de julho de 2017


A Baixa de Albufeira e a Subida de Nível do Mar

13/07/2017

Não é a primeira vez que trago este assunto à coacção.

Atendendo à sua importância, insisto na necessidade da baixa de Albufeira ser interpretada, sem descorar a subida de nível do mar.

Ao ver a notícia de que um iceberg com mais de 5.800 Km2 já se soltou da Antártida, percebi que a baixa de Albufeira também está relacionada com este e com outros fenómenos resultantes do aquecimento global.

A folga financeira do Município e o incentivo dos técnicos de alto gabarito que acorreram ou foram chamados a intervir depois da cheia de 2015, despoletou apetência para a construção de um mega túnel da Ribeira para o Mar

Será que esse túnel, só por si, resolvia os problemas?

E as inundações da baixa, cada vez mais previsíveis, no tempo das chuvas, devido às dificuldades de escoamento?

E se o colector de descarga do Pontão que fica constantemente assoreado, por força da dinâmica do mar, começar a meter água salgada para terra?

Estas questões merecem ponderação apurada, para percebermos se, em vez do mega túnel, dispendioso do ponto de vista financeiro, não seria mais sensato pensar-se já na reabertura da antiga foz da ribeira, antes que o mar a redesenhe.

Os problemas da baixa de Albufeira requerem coragem política, determinação e diálogo sério, para o ónus não ser protelado para as gerações futuras.

É oportuno lembrar que os programas das candidaturas à Autarquia, para as eleições de Outubro, não podem ser omissos nestas matérias, sob pena dos eleitores penalizarem os candidatos e as forças políticas que os suportam.
Candidaturas Autárquicas Independentes.
26/06/2017
São cada vez mais as candidaturas autárquicas “independentes”,   por que será:
Por falta de Câmaras e de Juntas de Freguesia para os Partidos satisfazerem a quantidade dos voluntários que querem servir a causa pública?
Fraca empatia com os partidários políticos?
Sendo os partidos o pilar da democracia, não era mais honroso estes voluntários travarem a sua luta no âmbito das organizações políticas, instituídas, de modo a engrandecê-las e aí ganharem adeptos para as suas causas?
Não estarão os ditos independentes persuadidos a mudar o regime?
Por que não usam a facilidade de recolher assinaturas para fundarem um partido novo com ideologia e estatutos à sua imagem?
Apesar da abrangência dos valores, nenhum partido político tem o condão de conseguir o pleno. A escolha faz-se, maioritariamente, por opção ideológica e aceitação de estatutos. Os cidadãos que se intitulam “independentes” não estarão à margem destes pressupostos.
Salvo raras excepções, os supostos independentes não acrescentam melhorias ao sistema democrático. Em caso de derrota eleitoral desaparecem de cena, como ratos, enquanto as estruturas partidárias, vencidas, vinculadas às regras estatutárias, supostamente, exercem oposição e promovem o debate político que devia estar num patamar mais digno.

terça-feira, 13 de junho de 2017


A Oferta Política ao Centro.


13/06/2017

Em Portugal, a avaliar pelos níveis da abstenção e dos votos em branco, a oferta política ao centro tem-se mostrado ineficaz. Por sua vez, a geringonça que resultou da colagem do Partido Socialista à esquerda radical, para o seu líder converter a derrota nas urnas em vitória política, veio acentuar ainda mais esta lacuna do sistema partidário. Neste sentido, a “Iniciativa Liberal”, cujo posicionamento político parece situar-se entre o PSD e o PS, será bem-vinda. Dá mais folga à escolha dos eleitores e cria condições alternativas para haver outras alianças.