quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Albufeira continua encalhada

   
 Albufeira contínua encalhada.

     Devido à vocação turística o investimento privado, no sector imobiliário, fez-se sentir nas últimas décadas. Nalguns casos, colidiu com as melhores regras do ordenamento e atentou contra a sustentabilidade da economia.
     A Autarquia não impôs ordem na casa nem exerceu pedagogia. Permitiu tudo, em função da sua ganância de obter receita para gastar em extravagância.
     Não ponderou as prioridades do investimento público muito menos percebeu a necessidade de valorizar o produto.
     Nestas condições, a economia local continua a ser vítima da sazonalidade e da falta de competitividade do destino. Estes entraves têm-se reflectido na necessidade dos negócios ajustarem tarifários em baixa.
     O facto de ainda não estar a ser apresentado, publicamente, um conjunto de projectos, necessários, elaborados por técnicos da Autarquia, demonstra vazio de ideias.
     Albufeira contínua encalhada.
     Admitindo que o ajustamento, sentido pelos munícipes, liberta meios para cumprir as responsabilidades contraídas, no âmbito do PAEL, a Autarquia já devia estar preparada para candidatar bons projectos aos fundos da União e recorrer ao excesso de liquidez da banca.
     O executivo camarário não percebe a importância que o seu dinamismo pode ter, também no contágio a investidores privados, e o concelho corre o risco de não reunir as condições para aceder às facilidades da actual política monetária do Banco Central Europeu.
     Não foi por acaso que em 30 de Maio de 1994, na carta que dirigi ao Senhor Governador Civil de Faro, publicada no meu blogue, disse que os autarcas careciam de formação específica. Agora, 21 anos depois, o PSD veio dizer o mesmo num semanário de referência nacional.


     Jan.2015 - Henrique Coelho