Notícias de Albufeira, 15 Mar. 2010
Obras
Falhadas.
O facto de
gostar da terra que me viu nascer, há já alguns anos, impõe a responsabilidade
de preocupar-me com as grandes e pequenas causas que lhe dizem respeito.
Feito este
pequeno desabafo, importa dizer que bastou, apenas, um ano para o tempo me dar
razão.
Na edição de
4 de Fevereiro p.p., de jornal diário nacional, foi noticiado o encerramento do
Elevador da Praia do Peneco.
De facto, no
meu artigo de 01/02/2009, publicado neste Jornal, já alertava para a
possibilidade desta ocorrência, tal como passo a citar:
“A localização do elevador da Praia do
Peneco não podia ser pior e vai provocar desconforto para a maioria dos
utentes. Tanto o equipamento como o passeio de acesso estão perto da rebentação
do mar e podem ficar isolados, se combinarem-se três situações:
desassoreamento, maré alta, e sueste forte”. Fim de citação.
No mesmo
artigo, referi o pontão que protege o areal da Praia dos Pescadores e constitui
travão para o mar não atingir a Meia Laranja. Mais tarde ou mais cedo, os
pilares avançados desta infra-estrutura acabarão por ceder de novo e
comprometer a parte da plataforma, desnecessária, que serviu para encarecer a
obra.
E, ainda, fiz
referência à falta de, pelo menos, um pontão com pedra solta, na praia da
Inatel, para preservar o areal. A comprovar esta necessidade estão os danos que
aconteceram, há dias, causados pela fúria do mar, ao edifício da Intel e ao
apoio de praia próximo.
No suposto arranjo,
para consolidar a arriba do canal da Marina, possivelmente, não foi tida em
conta a hipótese de haver infiltração, a partir da caixa de esgoto no plano
superior. O insólito terá acontecido e a cedência do terreno resultou no deslizamento
que, também, dei conta neste Jornal, em Setembro do ano passado.
Entretanto, passou
mais de meio ano e a situação agravou-se. Há agora maior perigo para quem
circula, diariamente, na estrada contígua.
Se o
problema é encontrar o responsável pela deficiência da obra, também devia haver
mecanismo, para a entidade que detém a posse do espaço, ou a Câmara Municipal,
mandar executar o restauro, da anomalia e das suas consequências, e assumir o custo,
transitoriamente. Quando fosse encontrado o responsável, era feita a sua regularização.
Turistas que
por aí vagueiam, normalmente apetrechados de meios para captar imagens, e
outros transeuntes, vão fazendo a sua apologia. Há já quem pergunte se é
necessário haver vítimas, para justificar o início dos trabalhos.
De entre
outras situações, destaco ainda: os bancos, no muro da Esplanada Dr. Frutuosa
da Silva, a oferecerem perigo para a segurança das crianças; e o “deixa andar”, aparente, do achado
arqueológico na pequena Praça da República.
Henrique Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário