Disquete
para:
Exmo.
Senhor,
Dr.
Carlos Silva e Sousa,
na
qualidade de:
Presidente
da Mesa da Assembleia Municipal e
Presidente
da Concelhia de Albufeira do PSD
Disquete
para:
Exmo.
Senhor,
Desidério
Jorge Silva,
na
qualidade de:
Presidente
da Câmara Municipal de Albufeira
Março de 2005
POLITICAS SECTORIAIS
INTRODUÇÃO
Este documento resulta da reflexão, sobre algumas
matérias sectoriais, sem a pretensão de ser a única solução para todas as
questões.
Constitui conjunto de sugestões, críticas e elogios,
admitindo que estejam sendo apontadas, por desconhecimento, algumas situações
indevidamente.
Não deverá ser entendido como forma de intromissão, mas
tão-somente contributo, para a discussão dos problemas que afectam
Albufeira.
Parece-me existir algum défice, na maneira como a
política é exercida, no contexto da governação autárquica, tanto por parte do
poder instalado, como pela oposição. Terá de haver clareza e verdade na
apresentação pública das questões e frontalidade para serem repudiadas as
atitudes demagógicas, que só têm como alvo o aproveitamento eleitoral.
As eleições legislativas, em consequência da dissolução
da Assembleia da República, resultaram nas derrotas dos Partidos da coligação
que exercia a governação do País e, com a dinâmica criada, vão haver
repercussões nas próximas eleições autárquicas.
Para contrariar esta tendência, é importante a
inventariação das questões, que o programa eleitoral deve contemplar, de modo a
ser dada resposta séria e clara, para a resolução dos problemas existentes.
A estrutura organizacional da Autarquia necessita de
reformulação e mais dinamismo, para dar resposta concreta às necessidades, e
apoiar de forma pragmática os interesses do concelho. Da força política que
exerce a governação autárquica espera-se visão estratégica para desenvolver
políticas que conduzam a incentivar os agentes económicos, para os
investimentos que determinam melhores condições, para a economia local.
Houve um aproveitamento da marca Albufeira e da confiança
que ela transmitia aos investidores e, a partir daí, foram cometidos alguns
erros.
O modelo de desenvolvimento adoptado não obedeceu a plano
de estratégia correcta, para a sustentabilidade económica, muito menos cumpriu
o que deveriam ter sido os objectivos para que o destino atingisse nível
superior de valorização.
Existem hoje problemas estruturais, que não ajudam ao
futuro de Albufeira e do concelho, mais evidentes, ainda, devido à conjuntura
desfavorável que se verifica.
ÁREA ADMINISTRATIVA E DOS SERVIÇOS TÉCNICOS
No âmbito desta área seria importante que
o Senhor Presidente promovesse e desse o seu patrocínio, à constituição de
grupo de trabalho, para o debate interno com as chefias, no sentido de serem
tomadas as medidas necessárias tendo por objectivo o aproveitamento dos
recursos, das sinergias, e melhorar a eficácia operacional e a capacidade de
resposta dos serviços da Autarquia às exigências da comunidade. Este trabalho
de abordagem e tomada de conhecimento, sobre as realidades concretas, em
matéria de recursos, organização e fiabilidade dos sistemas, deveria culminar
com a implementação da “Direcção
de Auditoria, Organização e Informática”,
a seguir designada por DAOI, instrumento necessário para reformular o organograma
da Autarquia, de acordo com a sua dimensão, e transformar em processo dinâmico
a reorganização e evolução dos serviços, optimização dos sistemas, segurança e
combate à burocracia.
Direcção Financeira
e do Plano,
Para
gerir os recursos financeiros da Autarquia e centralizar os processos de
candidatura aos fundos comunitários e de outras fontes de financiamento.
Dirigir a execução do orçamento, que deverá congregar as necessidades das
diferentes áreas, em combinação e no respeito, pela vontade política.
A
Direcção Financeira e do Plano, no cumprimento dos métodos e ordens de serviço
da DAOI, e o Senhor Presidente, deverão concertar plano de assistência
financeira, para a concretização do orçamento e serem assumidos os compromissos
dentro dos prazos, no serviço da dívida contraída, nos contratos financeiros em
curso, fornecedores e despesa corrente.
A
Câmara deve comportar-se como pessoa de bem e não atrasar os pagamentos, que
criam dificuldades a terceiros.
A CMA deve rendibilizar a sua disponibilidade financeira
e para tal negociar com as instituições de crédito interessadas.
Esta Direcção, a DAOI e o Gabinete de Apoio Jurídico
devem assessorar o Gabinete do Senhor Presidente, de modo a ser apresentado, à
Junta Metropolitana e aos Deputados eleitos pelo Algarve, proposta de
estratégia, fundamentada convincentemente, no sentido de ser alterada a Lei das
Finanças Locais e/ou das Autarquias, e estas passarem a cobrar, directamente,
aos seus munícipes o Imposto Municipal sobre Imóveis e actualizarem os
respectivos valores tributáveis, dentro dos parâmetros da lei e de forma
consciente. As Autarquias são as entidades com mais capacidade para
determinarem os valores dos imóveis das suas áreas territoriais, matéria na
qual é possível ser duplicada a receita global e ao mesmo tempo passar a haver
maior justiça.
Sendo as Autarquias beneficiárias deste imposto, também,
a rapidez com que deveriam poder gerir esta disponibilidade financeira lhes
daria maior flexibilidade.
Não há muito tempo que foram colocados cartazes em
Albufeira, por iniciativa de força política, a contestar a subida de 30% no
Imposto Municipal sobre Imóveis. A iniciativa redonda na irresponsabilidade de
quem esconde a verdade de dizer que este imposto resistiu, ao longo de décadas,
sem actualização, perante taxas de inflação altíssimas, e que, em muitíssimas
situações, subidas superiores a 500% não chegariam para tornar justas as
respectivas cobranças e aliviar os que pagam de mais.
Ainda no âmbito da Direcção Financeira e do Plano, com o
empenho político do Senhor Presidente, deve ser apresentado, à Junta
Metropolitana do Algarve, proposta no sentido de ser concertada estratégia,
para que as empresas públicas e privadas, que prestam serviços de carácter
público às populações, contribuam para os municípios respectivos, pelos espaços
públicos que ocupam, em função da actividade que exercem e da quantidade de
contratos estabelecidos com os seus clientes.
Esta medida assenta na lógica do utilizador pagador e faz
sentido porque servia para compensar o acréscimo de custos dos municípios,
resultantes do crescimento que faz aumentar as carteiras de clientes dos
referidos operadores.
Secção do Património,
Equipamento e Material,
Esta Secção, a funcionar na
dependência directa da Direcção Financeira e do Plano, teria como missão gerir
e manter actualizados os registos do património imobiliário da Autarquia.
Gestão da frota automóvel e máquinas de trabalho. Manter cadastro actualizado
de todo o equipamento e zelar pelo seu bom estado de conservação. Controlar a
existência dos materiais em stock e ser responsável por “Central de Compras”,
tendo em consideração as normas vigentes, para as aquisições das autarquias.
Direcção dos
Recursos Humanos,
Tem
a responsabilidade de recrutar o pessoal para o funcionamento da Autarquia e
assumir todo o trabalho de logística nesta área.
Deverá
haver vontade política, para emagrecer esta área e serem contratados serviços
externos, com privados, sempre que se revelar benéfico, do ponto de vista
económico e da eficácia dos próprios serviços.
O
trabalho que é desenvolvido pelos trabalhadores camarários, no contexto
público, deve constituir motivo de orgulho, pelo seu efeito directo em
benefício da população.
Às
vezes é criticado, com ou sem razão, mas é justo enaltecer o seu valor que
acaba sempre por merecer o respeito de todos.
A
CMA deve apostar na formação profissional, como forma de sensibilizar e
capacitar o pessoal, para o desempenho das suas funções.
O
pessoal deve sentir-se motivado e estimulado, para o desempenho das tarefas, no
respeito por regras de jogo, em que a competência e o mérito profissionais
sejam as únicas condições, a serem valorizadas, para a progressão na carreira.
A
CMA deve apoiar e incentivar a constituição do “ Grupo Cultural e Desportivo
do Pessoal da CMA “, com vista ao desenvolvimento humano nas áreas da
cultura e do desporto.
Deve existir reciprocidade de interesse no diálogo, sério
e responsável, entre a CMA e a estrutura dos trabalhadores, sobre as questões
que preocupam ambas as partes.
Divisão
de Obras,
Secção
da Construção Civil (obras particulares).
O
volume de construção e a falta de enquadramento arquitectónico e paisagístico, de
alguns prédios urbanos, também choca com a natureza e prejudica o ambiente.
Não
pode continuar a haver tolerância a tais abusos, em que os primeiros
prejudicados deveriam ser os próprios promotores.
São
aspectos que requerem sensibilidade, capacidade de análise e visão estratégica
dos promotores imobiliários e de quem dá pareceres e concede autorizações.
Por
seu turno devem ser criados os mecanismos que determinam esclarecimento,
capacidade e a motivação dos técnicos da CMA, para aconselharem os agentes
económicos, sobre regras que conduzam à qualidade e ao desenvolvimento
equilibrado e harmonioso, num contexto de destino turístico que se pretende
valorizado.
Secção
das Obras Públicas,
A Autarquia deve efectuar levantamento exaustivo das
obras que são necessárias, para o bom funcionamento, modernidade e segurança da
cidade e resto do concelho, de modo a poder ser feita a sua avaliação e serem
escalonados investimentos anuais, ao longo do mandato, de acordo com as
prioridades.
É preferível menos obras, mas bem pensadas e executadas,
do que muitas que nalguns casos têm de ser reconstruídas, pouco tempo depois de
concluídas, por não reunirem condições satisfatórias, ou por já estarem
desajustadas das necessidades.
Algumas más opções resultam da subavaliação de factores,
que normalmente determinam custos elevados, sem que a obras acabadas
proporcionem melhores condições.
As adjudicações devem ser efectuadas, com total
transparência, e a CMA tem de ser sempre defendida, tanto em termos dos custos
como no cumprimento dos projectos e dos prazos de conclusão. A direcção política
da CMA deve funcionar como entidade activa e interveniente, no acompanhamento
do desempenho dos técnicos com responsabilidades neste sector.
É de enaltecer a construção de rotundas, que ajudam no
escoamento do tráfego, e a colocação de semáforos também produz efeito de
contenção dos condutores, para uma maior segurança rodoviária.
Outros pontos críticos como é o caso do entroncamento da
Rua dos Correios com a Estrada de Santa Eulália, também devem ser contemplados
com semáforos.
Não
conheço o projecto específico do cruzamento rodoviário da estação de
combustível BP, desactivada, mas estou em crer que vai ser contemplado com
rotunda e passagem subterrânea para peões, de modo a facilitar o escoamento do
tráfego automóvel e dar mais segurança, a quem se desloca a pé ao Centro de
Saúde e vice-versa.
Existem
outros locais, onde também se justificam passagens subterrâneas para peões,
como sejam o cruzamento do Montechoro / Areias de S. João e entre o cruzamento
dos Bombeiros e a Rotunda do Relógio.
A conclusão
da via, entre a rotunda da Bolota e a estrada da Guia, é importante e
necessária para servir de meio complementar ao eixo viário.As obras que foram
recentemente iniciadas no eixo viário transformaram-se na chama que alimenta o
fogo cruzado, com vista à obtenção de ganhos políticos, nas eleições
autárquicas que se avizinham. Esta pretensão já está dando resultados, para
quem contesta, porque a obra está irremediavelmente parada. Albufeira vai sair
prejudicada, pelo aumento do seu custo e pela demora na conclusão, com
prejuízos evidentes para os utentes e o risco de se chegar à época alta, com a
via a não oferecer as condições de escoamento, absolutamente, necessárias para
o aumento de trafego que, desejavelmente, acontece.
Pode
ter havido alguma falta de informação atempada aos utentes da via, que em boa
verdade também não iria ajudar aos inconvenientes, ou alguma falha processual a
não combinar, com a vontade de avançar, para não comprometer o período de maior
procura turística. Porventura, algum parecer institucional que acabaria por
chegar, porque esta obra apresenta-se necessária, para reparar e consolidar o
pavimento mal compactado, aquando da sua concepção inicial. Esta deficiência
tornou-se mais evidente com o uso continuado de camiões de grande tonelagem a
transportarem materiais, pedras e outros inertes, para a construção da Marina e
respectiva urbanização.
A
grande maioria dos utentes que diariamente se confronta, em silêncio, com a
actual insegurança do eixo viário, deve perceber que está sendo consumido
dinheiro público, para reparar a via que também sofreu danos resultantes da
construção da Marina, onde o seu interesse é insignificante, quando comparado
com proveitos certamente obtidos, por quem tem canal aberto para contestar e
criar obstáculo ao avanço da obra.
Albufeira
não pode nem deve ficar prisioneira do atraso que se verifica no plano Polis.
Os
elevadores para a praia junto à Esplanada Dr. Frutuoso da Silva e junto ao Pau
da Bandeira são equipamentos contemplados neste plano de desenvolvimento e são
muito necessários. Nada impede que eles avancem sem criar incompatibilidade com
outras obras futuras.
Cada
vez mais as pessoas são sensíveis às dificuldades e, os desníveis acentuados
nestes dois pontos da cidade contribuem para a crítica de muitos turistas que
frequentam as praias do Peneco e dos Pescadores.
A
CMA também tem de ser sensível e perceber que a demora na resolução das
questões é prejudicial. Por isso deve entender-se com a Sociedade Polis e
avançarem com estudos, para os referidos elevadores, num projecto que também
deveria contemplar um teleférico.
A
cidade ficaria beneficiada, com estes equipamentos, não só pelas facilidades
como pelo reforço da sua imagem, sem afectar disponibilidade financeira
pública, desde que fosse adoptado o modelo de negociação de permuta, por
concurso público, para construção e exploração a prazo.
É urgente a construção de parques de estacionamento, cuja
insuficiência cria grandes constrangimentos e pode começar a desencorajar os
visitantes. O automóvel não é objecto que se guarde no bolso e, perante as
dificuldades de parqueamento, surgem situações de infracção que punidas, de
acordo com o novo código da estrada, vão certamente desequilibrar a condição
financeira das famílias, incluindo dos visitantes.
Nesta matéria não pode ser esquecida a zona ocidental, em
plena expansão imobiliária, também considerada entrada da cidade.
ÁREA DA ECONOMIA
Não
é atribuição da Câmara Municipal desenvolver actividades económicas, nem é essa
a sua vocação. Mas, como entidade com a responsabilidade e o dever de zelar
pelo bem-estar da sua população, deve incentivar e estimular os agentes
económicos para investirem, em áreas diversificadas, de modo a fazer baixar o
grau de dependência absoluta no turismo.
Neste
sentido, deveria ser instalado Pólo Industrial no concelho e serem concedidos
benefícios, para atrair novas tecnologias, capacidades e capitais.
Não
se percebe a demora do Porto de Abrigo em ser dotado do equipamento necessário
para o apoio efectivo à actividade de pesca e à comercialização do pescado.
Note-se que esta actividade também contribui para o fortalecimento do produto
turístico.
É
urgente que seja empreendido o “Centro de Exposições e Congressos de
Albufeira”, que serviria para animar a economia, especialmente nos
períodos de estação baixa. A sua localização seria excelente no espaço
actualmente ocupado com o parque lúdico, pela proximidade do centro da cidade,
bom acesso e a facilidade do projecto englobar parque de estacionamento
subterrâneo. Em tempos indiquei este espaço, para a Estação Rodoviária, mas
parece que essa carência já está sendo resolvida noutra localização.
A
CMA deve promover e patrocinar incentivos de apoio ao desenvolvimento das
actividades produtivas que constituem a identidade do concelho.
Seria
importante que o Senhor Presidente, consciente da necessidade de organização da
economia do concelho e da valorização dos seus empresários, estimulasse os
agentes económicos para formarem “Grupo Económico”, com vista a protagonizar
investimentos devidamente estruturados, em áreas diversificadas, que
correspondessem ao desenvolvimento necessário para o concelho.
De
acordo com a legislação e em função de deliberação da Assembleia Municipal,
poderá a CMA, eventualmente, depois de analisar de forma responsável estudos de
viabilidade económica e outros, sobre projectos de investimento, entrar em
parcerias com privados, desde que o objectivo seja o desenvolvimento de
actividades, na área do equipamento social, que tragam benefícios inequívocos
para a população, e que requeiram grande capacidade financeira inicial.
Os
recursos públicos devem merecer todo o respeito e, nesse sentido, a aplicação
de cada cêntimo teria de ser efectuada com a maior transparência e gerar no
mínimo a sua equivalência.
A
participação social da Autarquia deveria ser temporária e, logo que a empresa
atingisse maturidade suficiente, haveria OPV, da totalidade da sua posição,
reservada aos accionistas e a investidores do concelho, pelo preço base de cada
acção, no mínimo, correspondente ao seu valor contabilístico, salvo nos casos
em que, pela sua especificidade, fosse aconselhável a manutenção.
Deve ser motivo de honra para a edilidade colaborar com
privados, na busca de uma situação económica estável para o concelho, ajudando
assim a criar mais riqueza, maior segurança de emprego e melhores condições
sociais para os seus munícipes.
A
Autarquia, na sua qualidade de entidade reguladora, sem deixar de considerar os
benefícios da livre concorrência, deve alertar para a concentração exagerada de
negócios na mesma actividade, que põem em causa a sua sustentabilidade, no
contexto da economia local, e contribuem para a saturação e insolvência de
alguns.
ÁREA DO TURISMO, CULTURA, ANIMAÇÃO E DESPORTO
Esta
área, tratada de maneira articulada, resulta na optimização de recursos
humanos, eficácia operacional, ganho de sinergias e determina mais e melhor
produto turístico.
Nesta
conformidade deveria entrar no quadro orgânico dos serviços camarários com a
designação de: “DIVISÃO DE TURISMO, CULTURA, ANIMAÇÃO E DESPORTO”.
Esta
Divisão teria de ser dotada de pessoal qualificado, com capacidade para
iniciativas credíveis e projectar a cidade, animar os albufeirenses e criar a
apetência dos visitantes.
A Divisão também deveria constituir observatório para
recolha de informações e distinguir publicamente, com “Menção Honrosa - CMA”, o cidadão do concelho que durante o ano, por
mérito próprio, tivesse feito algo que beneficiasse a comunidade e fosse digno
de prémio.
Secção
do Turismo,
As
actividades turísticas correspondem à força motora da economia de Albufeira,
com repercussões no resto do concelho, e devem merecer da Autarquia uma atenção
especial.
O Sol, o Mar, as Praias, o Clima e as Condições
Paisagísticas são os elementos naturais, base da nossa riqueza colectiva, que
constituem o produto turístico para atrair visitantes. Mas esta riqueza também
necessita de ser valorizada e complementada com medidas de abrangência
transversal, de modo a que o destino possa continuar a se afirmar,
consolidar-se e ser preferido.
É importante o esforço concertado com outros sectores, de
modo especial das áreas da cultura, lúdica e do desporto.
É necessária visão de estratégica correcta do que deve
ser o desenvolvimento equilibrado e serem tomadas medidas para atenuar os
efeitos negativos que o processo imobiliário já está produzindo no contexto
turístico. Só assim Albufeira pode renovar a confiança que transmitiu noutros
tempos.
A CMA deve assumir-se nestas matérias e encorajar os agentes
económicos, para convergirem nos mesmos objectivos.
Para
divulgar e promover a sub marca Albufeira foi criada a APAL, da qual a CMA é
associada e ocupa o cargo de presidente da sua direcção.
Não
concordo com o modelo adoptado para a divulgação e promoção turística, tanto a
nível da sub marca como no aspecto das outras estruturas, mas respeito a
vontade que prevaleceu e faço votos para que haja resultados positivos para o
sector.
Acho,
no entanto, que seria importante a reflexão séria sobre o posicionamento da
CMA, neste processo, sem deixar de assumir as suas responsabilidades, no apoio
logístico e financeiro, com as quais se comprometeu.
Deveria
manter-se associada, mas sair imediatamente do órgão social a que pertence e
ser convocada assembleia-geral para eleição da nova direcção, com vista a serem
separadas as águas e salvaguardada a integridade das estruturas.
Secção
da Cultura e Animação.
A
CMA deve promover a criação de um espaço que se poderia denominar “Casa
das Artes”.
Para
além de outras actividades, seriam dados ensinamentos de pintura artística em
todas as modalidades e para todas as faixas etárias, como forma dos
interessados ocuparem tempos livres e enriquecerem as suas capacidades
criativas.
Deve
continuar a dar vida às salas de exposições e museus da cidade, onde também
deveriam surgir mais exibições de artistas locais.
Deve
apoiar as expressões culturais, protagonizadas por cidadãos individuais ou
grupos do concelho, nomeadamente em troca das suas exibições, tendo em
consideração que estas não devem concorrer com o normal funcionamento das
actividades económicas locais.
Lançamento
dos concursos “Miss Albufeira”, exclusivamente para candidatas do concelho e “Miss
Praia Internacional de Albufeira, para todas, como forma das visitantes
também poderem participar e levarem consigo essa referência.
É
espantoso que a CMA gaste, por ano, centenas de milhar de euros em espectáculos
musicais e outros, numa competição desenfreada com a economia da terra. Deve
haver sensibilidade para entender o investimento e o esforço que muitos
empresários fazem para atrair clientes, enquanto a CMA faz tudo para roubá-los.
Há
outros modelos de animação e horários mais adequados que deveriam ser seguidos,
de modo a haver a imparcialidade desejável.
Secção
do Desporto.
Deve ser objectivo da CMA, tanto para a sede do concelho
como para as freguesias, a existência de equipamentos para o desporto amador, e
estar disponível para apoiar os clubes, cujas práticas beneficiam as populações
e a juventude escolar.
Deve
incentivar pessoas e entidades para que se inicie a prática de desportos
náuticos, em várias modalidades, a partir do equipamento portuário existente.
Deve apoiar quem tiver a iniciativa de criar, perto da
cidade, “Complexo Hípico” com boxes para cavalos, picadeiro, escola de
equitação e pista para provas de salto. Muitos albufeirenses gostariam de ter
cavalos e ver os seus filhos aderirem à equitação, por simples prazer ou como
modalidade desportiva. Não seria difícil para o promotor da iniciativa atingir
objectivos no que rapidamente se transformaria num bom negócio.
Também
deveria ser apoiado quem estivesse na disposição de criar, no concelho, “Kartódromo”
com condições para corridas ao mais alto nível da modalidade.
Modalidades
desportivas que possibilitam variedade de opções, para os jovens do concelho e
proporcionam a apetência de massas, enquadram-se no contexto do turismo e devem
ser acarinhadas e estimuladas.
O
futebol profissional, ao nível que é praticado em Albufeira e na região, passa
por crise profunda e não cativa nem atrai ninguém.
Só
com estrutura de âmbito regional será possível suportar equipa para disputar a
super liga e o futebol passaria a cativar adeptos e a animar a economia da
região. Tudo o resto corresponde a autêntica sementeira no deserto sem
segurança de colheita.
A
CMA deve assumir a gestão e conservação do Estádio Municipal de Albufeira, de
que é proprietária.
Este
equipamento deve continuar a ser disponibilizado ao Imortal, para efectuar os
jogos, de acordo com o seu calendário desportivo, e, mediante autorizações
prévias, poderá ser usado, pelo clube, noutros eventos. Toda a acção desportiva,
que se realiza neste espaço, bem como de outros eventos, deve ser da inteira
responsabilidade do clube que também é beneficiário dos proveitos das
respectivas receitas de bilheteira.
A
CMA deve exigir a apresentação de apólice de seguro a seu favor para
salvaguardar possíveis danos, no equipamento e mobiliário, que porventura
venham a verificar-se, com a realização dos eventos.
ÁREA DO AMBIENTE
Sector
da Água Potável para Consumo Doméstico.
Sendo
a Água um bem precioso, indispensável à sobrevivência humana, a população deve
ser sensibilizada para a necessidade de preservar esta importante substância,
cujos recursos poderão se tornar insuficientes devido à falta de pluviosidade
que se verifica.
Também
os serviços camarários quando têm necessidade de proceder a cortes de
abastecimento e vazar condutas deveriam fazer trasfegas, para os depósitos
existentes, em vez de deixarem correr pelas ruas milhares de litros de água que
representam um desperdício irremediável. Esta operação poderia ser assegurada
pelos Bombeiros Voluntários, usando os seus auto-tanques, com contrapartida
financeira, mediante protocolo de cooperação que corresponderia ao interesse
público nos dois sentidos.
Deve
haver a percepção correcta do volume dos recursos existentes e ser dada a
melhor atenção aos consumos, à gestão da qualidade, à conservação dos
equipamentos e das infra-estruturas, de modo a que este bem precioso não falte
nas torneiras.
Sector
das Águas Residuais e das Águas Pluviais.
Deve
ser mantido o equilíbrio entre a capacidade das estações de tratamento,
conhecidas pelas ETAR, e o que é produzido, de modo a não haver contaminações,
tanto nas orlas costeira e marítima como nos campos agrícolas e linhas de água.
A
contaminação das águas, para além de constituir perigo para a saúde pública, se
atingir o mar e as praias, tem séria repercussão negativa na economia local.
Estas
águas residuais, depois de tratadas, devem ser usadas na rega das zonas
ajardinadas, próximo das estações de tratamento respectivas.
Com
o grande aumento de construção e consequente impermeabilização dos solos passou
a haver menos capacidade de absorção das águas da chuva, que correm para o
centro da cidade, transformando algumas ruas em autênticos rios.
Em caso de chuvadas fortes existe o perigo de inundações,
que resultam em prejuízos, e a situação pode se agravar no caso de coincidir
com período de maré alta.
Esta questão deve ser analisada para que as referidas
águas sejam drenadas e desviadas para o mar antes de atingirem o centro da
cidade.
Sector
dos Resíduos Sólidos Urbanos (Lixo Doméstico).
O
recente aumento da receita da Autarquia, para esta rubrica, não deixa os
munícipes indiferentes e reserva-lhes o direito de serem mais exigentes em
matéria de limpeza dos espaços públicos.
Deve
ser melhorada a imagem dos pontos de recolha, que podem ser embelezados com
plantas e merecerem do pessoal de limpeza a atenção necessária à manutenção do
seu bom aspecto, com a colaboração dos utentes.
Também
as ruas da cidade necessitam de melhores cuidados de limpeza e deve ser dada
atenção especial às praias que constituem parte do produto que oferecemos aos
visitantes.
Os
donos de animais domésticos têm de ser sensibilizados e, se necessário, punidos
pelos inconvenientes que os seus cães causam, quando fazem as necessidades
fisiológicas nos passeios públicos, onde circulam pessoas adultas e também
crianças.
Deve
ser levada a cabo campanha de sensibilização, com a colaboração da juventude
escolar, para a necessidade de serem mantidos limpos os espaços públicos e
separados os resíduos, de acordo com o programa em vigor, com vista a uma maior
capacidade de reciclagem.
Os
espaços privados não vedados, que se apresentam em mau estado de limpeza, devem
ser cuidados pelos seus proprietários.
No
caso destes não o fazerem, os serviços camarários devem efectuar o serviço de
limpeza e apresentar-lhes a respectiva conta.
Espaços
Públicos, Florestação e Elementos Naturais.
O
Largo da Meia Laranja, no seu historial mais recente, tornou-se famoso não pelo
Jardim mas sim pelas exibições de malabaristas, artistas de rua, espectáculos
musicais e vendedores ambulantes das suas próprias criações e do artesanato
oriental.
Isto
é um quadro interessante, que também enferma numa série de atropelos à
legalidade, que não promove o artesanato nacional nem divulga a nossa cultura e
que concorre directamente com estabelecimentos comerciais que têm dificuldades
para cumprirem os seus encargos anuais.
Com
esta falsa imitação, do que acontece noutras zonas turísticas do mundo
civilizado, consegue-se agradar e entreter os veraneantes.
Sem
prejuízo para a atracção que esta diversidade de propostas constitui, deve ser
feita a distinção do que é artesanato, e trabalho do próprio artesão, e o
comércio puro e simples do que também se vende em qualquer loja.
O
espaço não tem grande dimensão e o Jardim com os seus bancos, onde as pessoas
normalmente se sentavam, no silêncio da chilreada dos pássaros, para o convívio
familiar ou entre amigos e conhecidos de ocasião, deixou de desempenhar a sua
função, porque ou está ocupado com espectáculos ou é puramente dominado por
consumidores e traficantes de estupefacientes, oferecendo insegurança à
população e aos turistas.
Para
colmatar esta situação devem ser criados pequenos espaços na cidade com
plantas, árvores, bancos de jardim e elementos ornamentais de decoração, que
proporcionem alternativa para o convívio.
Constou-se
que iria haver um parque florestal na zona de Vale Faro a desembocar na praia
do Inatel. Esta seria uma excelente iniciativa e é pena que se fique pela
intenção.
Também
a frente de mar junto do Cemitério (a caminho da marina) há muito que deveria
ter sido tratada de modo a fazer parte do roteiro de quem visita
Albufeira.
Penso
que o projecto do canal fluvial da Marina incluía uma ponte aérea para
travessia de peões. No caso afirmativo não se percebe porque é que a CMA ainda
não exigiu a sua colocação e muitas pessoas, especialmente turistas, continuam
privados de fazerem o percurso até ao Farol e na direcção da Praia de S.
Rafael.
É
digno de relevo alguma arborização que está a ser levada a cabo, à beira das
estradas do concelho, e faço votos para que esta acção continue. Também a
população deve ser sensibilizada para a plantação de árvores, sempre que seja
possível, nas suas próprias propriedades.
Tornou-se
moda no Algarve a plantação de palmeiras como se de oásis no meio do deserto se
tratasse. Albufeira também se deixou contagiar e elegeu o eixo viário para
sustentar tais celebridades com iluminação de base.
Não
é que fiquem mal, mas constituem ostentação ridícula se pensarmos no seu custo
e no que com menor esforço financeiro poderia ser melhorado nesta matéria, se
fossem usadas laranjeiras de fruta azeda, que simbolizam melhor a região.
Nalgumas
rotundas deveriam ser plantadas amendoeiras que não escapariam ao fotógrafo
mais distraído, no período de floração, e mantinham viva a identidade desta
região.
Deve
ser dada mais vida aos elementos naturais que constituem as falésias, as
arribas e os rochedos junto ao mar, com mais limpeza e iluminação nocturna para
deslumbrarem com a sua beleza de contrastes.
ÁREA SOCIAL
Sector
da Saúde,
Albufeira
dispõe de Centro de Saúde, cuja prestação está desajustada das necessidades da
população e funciona como posto de emissão de cartão de ingresso no Hospital de
Faro, onde os doentes são prontamente armazenados no corredor.
Sendo Albufeira uma cidade turística, para além da sua
população residente, existem flutuações ao longo do ano, com picos bastante
elevados, nos meses de estação alta, o que justifica, perfeitamente, mais e
melhores cuidados de saúde.
A
CMA deve criar as condições para atrair investidores privados para este tipo de
equipamento social, ao nível de hospital.
Não
lhe ficaria mal entrar numa parceria, desde que essa fosse a hipótese para mais
rapidamente poderem ser prestados melhores cuidados de saúde à população e aos
visitantes.
Sector
da Solidariedade Social,
Com
vista a uma sociedade mais humanizada, a Autarquia deve estar na linha da
frente do que deve ser a ajuda para se criarem formas de assistência dignas,
aos idosos da sua área geográfica e dar-lhes melhor qualidade de vida, depois
de anos e anos de trabalho.
Cada
vez existem mais dificuldades, para as famílias tratarem dos seus idosos e
prestarem os cuidados necessários, às suas crianças, porque trabalham.
Existe
um serviço de apoio domiciliário, como forma de minorar algumas situações, mas
também seria importante que houvesse mais e melhor oferta de Lares, em regime
de dia e/ou de internamento.
Continua
a existir um défice na capacidade de oferta de estabelecimentos para os mais
novos crescerem e se desenvolverem, com a possibilidade dos pais poderem
exercer as suas actividades, com a garantia de que os filhos estão sendo
cuidados e educados em segurança.
Para
serem atingidos estes objectivos deveria a CMA estabelecer parcerias com outras
entidades públicas ou privadas, de modo a ser empreendido “Lar de 3ª Idade” de
qualidade, com diferentes ofertas de tipos de alojamento, mas condições
idênticas, para todos os utentes, em matéria de cuidados gerais, na
alimentação, na higiene e na limpeza.
Este
empreendimento também deveria incorporar uma “Creche” para crianças e
ser inserido em espaço, a pouca distância da sede do concelho, com condições
para se transformar em parque com árvores e plantas endémicas desta região, o
que também contribuía para promover o interesse pela natureza, como meio de
preservar o ambiente.
Dois
tipos de equipamento social diferentes, separados por linhas bem definidas, mas
com possibilidade de alguma compatibilidade e interacção, entre idosos e
crianças, depois de analisadas as situações por técnicos avalizados na matéria.
Depois
da empresa de capitais mistos ter consolida a sua experiência na sede do
concelho deveria alargar a sua acção às freguesias, para maior cobertura de
oferta, e possibilitar a permanência dos utentes junto do seu habitat.
Sector
da Educação.
O
grau de conhecimento académico do povo é a força de base sólida para determinar
o seu próprio desenvolvimento.
A
CMA deveria dar todos os passos necessários para obter das autoridades
competentes licenciamentos para uma “Escola do Ensino Profissional”,
privilegiando as áreas das novas tecnologias, e para desdobramento ou secção da
Escola
de Hotelaria e Turismo do Algarve.
Sendo
o concelho de Albufeira o mais representativo, a nível nacional, no
desenvolvimento de actividades turísticas, a Escola de Turismo fazia todo o
sentido e constituiria instrumento importante para dar resposta às necessidades
de pessoal qualificado, com que o sector se depara.
Com
vista a diversificar as áreas das actividades económicas no concelho, a Escola
Profissional também proporcionava a hipótese de escolha de carreira para quem
se prepara para o mercado do trabalho e facilitava as empresas no recrutamento
de pessoal especializado.
A CMA deveria pedir às escolas oficiais do concelho, sem
excepção, relatório exaustivo das suas necessidades, do qual faria eco, e
assumir o dever de contribuir com a sua colaboração, dentro das possibilidades.
Deveria
instituir prémio anual, contemplando todos os níveis de ensino no concelho,
para destinguir publicamente o aluno que obtivesse o melhor aproveitamento, em
cada escola.
Deveria
propor à Direcção Regional de Educação e aos Conselhos Directivos de todas as
Escolas do concelho, a colocação de bandeiras Nacionais, da União Europeia e da
Cidade, em lugar nobre das salas de aulas, como forma de moralizar e
simbolizar o esforço financeiro público que é despendido na formação académica.
Professores e alunos também devem ser responsáveis e estarem conscientes de que
a falta de aproveitamento escolar reflecte-se no futuro e constitui prejuízo
irreparável.
Deveria
ser disponibilizado às escolas do concelho um corpo de técnicos da área de
psicologia, para fazerem o acompanhamento de alunos, professores e, nalguns
casos, dos pais, de modo a serem atempadamente detectadas as situações que,
porventura, necessitam de tratamento.
Sector
da Segurança Pública,
É
uma questão difícil que pode encontrar resposta aceitável com melhores
condições de emprego. Vigilância e esclarecimento efectivo nas escolas, sobre
os problemas da droga. Oferta de ocupação de tempos livres e aliciamento para a
prática desportiva.
Presenças
efectivas de agentes da autoridade nas estações ferroviária e rodoviária, com
capacidade para analisarem quem chega e, no exercício da sua função,
identificarem os indivíduos que entenderem como suspeitos.
Mais
patrulhas móveis, para exercerem vigilância nas zonas consideradas críticas.
Agentes disfarçados com traje civil, para fiscalizar e combater quem, nas ruas,
tem práticas comerciais sujas, promove a economia paralela, vende artigos de
origem duvidosa e até estupefacientes.
É
um leque variado de tarefas que devem ser assumidas, e que passam pelo aumento
da guarnição da GNR, o que a CMA não deve deixar de exigir, de forma clara e
fundamentada, ao Senhor Ministro da Administração Interna. E, podia ir mais
longe, apresentando soluções e propostas concretas no sentido dos serviços de
secretaria e outros, do Posto de Albufeira, passarem a ser desempenhados por
civis, de modo a haver maior disponibilidade do pessoal para patrulhas.
O
problema também não se resolve com mais esquadras, que implicam em mais
efectivos, para assegurarem os seus funcionamentos.
Nos
meses de estação alta cada militar da GNR poderia ser acompanhado por dois
militares do Exército e as patrulhas seriam facilmente triplicadas.
A
cooperação efectiva entre instituições é uma boa demonstração de unidade e
resulta no aproveitamento de sinergias. Neste caso, o entendimento entre dois
ministérios, traduzir-se-ia num benefício com custos insignificantes.
A
GNR deveria promover serviço de recepção de informações via telefone, para a
população comunicar quaisquer movimentações suspeitas, e as forças da ordem
poderem actuar de imediato.
As
coisas acontecem - toda a gente vê e não faz nada. Com maior consciencialização
de todos, cooperação e a operacionalidade dos agentes da ordem pública, tudo
poderia melhorar nesta matéria.
Gasta-se
muito dos recursos financeiros em publicidade para atrair visitantes, que
acabam por ser assaltados, e depois são eles próprios que fazem propaganda
negativa do destino que não lhes soube garantir segurança.
É
necessário e urgente que alguém tome medidas para atacar este problema que se
traduz em insegurança e prejudica a economia local.
Sector
dos Transportes Públicos Urbanos de Passageiros,
É
louvável a iniciativa de serem implementados os transportes públicos urbanos de
passageiros, em contínuo.
Quando
esta operação atingir mais eficácia estará facilitada a movimentação de pessoas
e provocará, naturalmente, uma menor afluência de tráfego automóvel à cidade.
Os
prováveis estudos não conduziram a uma avaliação correcta das necessidades e o
material circulante está, parcialmente, desajustado do que deveria ser o
objectivo de cobrir mais zonas da cidade e servir o maior número de utentes,
nas melhores condições. Note-se que, enquanto numa cidade grande qualquer
pessoa caminha 1 km sem dar por isso, numa terra mais pequena 200 metros parece
uma grande caminhada.
Isto
acrescido do grau de inclinação das ruas de Albufeira torna esta oferta de
serviço público pouco atractiva, para uma boa parte dos que mais necessitam
dela.
O
circuito citadino deveria ser operado por viaturas de menores dimensões, de
modo a também poderem circular nas ruas mais estreitas. As praias do concelho e
as sedes das freguesias também não foram contempladas. Ao insucesso da operação
junta-se o elevado esforço financeiro que provavelmente a Autarquia está a
suportar anualmente.
A
partir destes pressupostos a operação deveria ser reformulada para os seguintes
circuitos e respectivas viaturas:
Circuito nº. 1 – Citadino,
itinerário: Apeadeiro Rodoviário Principal, Mercado Municipal, Centro de Saúde,
Rotunda da Avenida da Liberdade, Páteo, Rotunda dos Golfinhos, Rua Samora
Barros, Cerro Grande, Marina, Porto de Abrigo, Rua Coronel Águas, Estátua Beato
S. Vicente, Praça Miguel Bombarda, Praça da República, Rua Joaquim Pedro
Samora, Rua 1º de Dezembro, Centro de Saúde, Cerro do Malpique, Rua MFA, Largo
Eng. Duarte Pacheco (nascente), Avenida 25 de Abril, Rua Alves Correia, Pau da
Bandeira, Inatel, Forte de S. João, Cruzamento do Hotel da Aldeia, Rotunda da
Praia da Oura, Rotunda de Santa Eulália, Rotunda do Globo, Cruzamento do
Montechoro (sup.marrachinho), Montechoro, Brejos, Janelas do Mar, Rotunda das
Minhocas, Verde Minho, Rotunda do Relógio (pela lateral), Praça do Município,
Bombeiros, Piscinas Municipais, Estádio Municipal e Apeadeiro Rodoviário
Principal, a ser operado, em período de estação alta, por duas viaturas com
lotação de 20 lugares sentados e de pé cada, intervaladas por 15 minutos, e no
restante período do ano por uma única viatura.
Circuito nº. 2 – Zona
oriental, Itinerário: Apeadeiro Rodoviário Principal, Mercado Municipal, Centro
de Saúde, Praça do Município, Rotunda do Relógio, Cruzamento do Montechoro
(sup.marrachinho), Cruzamento Hotel da Aldeia, Rua de Santa Eulália, Rotunda de
Santa Eulália, Balaia, Olhos de Água, Aldeia das Açoteias, Patã de Baixo, Vale
de Carro, Branqueira, Rotunda do Globo, Montechoro e Apeadeiro Rodoviário
Principal, a ser operado por viatura com lotação superior a 20 lugares sentados
e de pé.
Circuito
nº. 3 – Corredor central,
Itinerário: Apeadeiro Rodoviário Principal, Mercado Municipal, Praça do
Município, Rotunda do Relógio, Rotunda da Avenida da Liberdade, Centro de Saúde,
Parque de Campismo, Vale Paraíso, Ferreiras, Estação dos C. Ferro, Cerro do
Ouro, Purgatório, Paderne e regresso pelo mesmo percurso ao Apeadeiro
Rodoviário Principal, a ser operado por viatura com lotação superior a 20
lugares sentados e de pé.
Circuito
nº. 4 – Zona ocidental,
Itinerário: Apeadeiro Rodoviário Principal, Mercado Municipal, Praça do
Município, Rotunda do Relógio, Centro de Saúde, Rotunda da Avenida da
Liberdade, Avenida do Ténis, Marina, São Rafael, Castelo, Estrada de Vale de
Parra, Cruzamento Cabanita`s, Praia da Galé, Herdade dos Salgados, Cabanita`s,
Montes Juntos, Guia, Vale da Ursa, Pátio, Rotunda dos Golfinhos, Estátua Beato
Vicente, Centro de Saúde e Apeadeiro Rodoviário Principal, a ser operado por
viatura com lotação superior a 20 lugares sentados e de pé.
Nos
períodos de estação baixa poderiam ser, parcialmente, suprimidos alguns
circuitos.
Não
foi considerado o impacto que a oferta deste serviço tem nos outros operadores,
de modo particular nos industriais de taxi, a quem a CMA concedeu alvarás e
criou expectativas de negócio.
Teria
sido mais correcto, a CMA ter convidado os outros operadores e com eles
constituir sociedade de capitais mistos, para operar na área dos transportes
públicos urbanos de passageiros, alargado às freguesias.
Quando
a empresa atingisse nível aceitável de desempenho, com benefício para os
utentes, e tivesse as suas contas consolidadas, a CMA deveria ceder a sua
posição, por OPV, reservada a accionistas e a investidores do concelho, pelo
preço de cada acção, no mínimo, correspondente ao seu valor contabilístico.
Esta
cedência teria de ser condicionada ao compromisso de ficarem garantidas, no
futuro, as mesmas condições, para os utentes, no que concerne aos circuitos e
aos preços dos títulos de embarque e passes sociais, que não poderiam sofrer
aumentos superiores à inflação anual decretada.
Sector
da Habitação Social,
Parece
não haver carência flagrante neste sector.
Sem comentários:
Enviar um comentário