Albufeira, 30 de Nov. de 2009
Exmo. Senhor,
José Carlos Gomes Leandro
Digmo. Presidente da Mesa da
Assembleia-Geral da Apal
Edifício AHETA - Bolota
8200 ALBUFEIRA
Pelo facto do enxovalho ter ultrapassado os limites e de ter sido alvitrada
a hipótese da minha expulsão considero-me desvinculado da Apal desde a última
assembleia-geral.
Ainda assim, mantenho-me firme na defesa dos meus pontos de vista e das iniciativas
que ajudam a melhorar a verdadeira promoção da marca turística. Foi com esse espírito,
e por entender que a estrutura constituiu-se na base de princípios mal
interpretados, que me disponibilizei a dar o contributo que consta das actas e
em artigos jornalísticos, tendo em conta a especificidade económica de
Albufeira.
Fui acusado de não apresentar propostas e de ir para os jornais. Quem
faz tais afirmações, não pode ter lido as actas nem os artigos publicados. Não percebe
que a questão devia cativar a opinião pública e cria obstáculo à transparência.
À intoxicação, de que também sou acusado, chamar-lhe-ia tentativas para haver
diálogo.
Nas A.G., assisti a posições que comprovam essa carência. Só o diálogo
franco e aberto, que preconizo, abre o caminho para a consciencialização que continua
a ser, absolutamente, necessária. Não entendo o medo desta condição que
contribuiria de forma decisiva para haver melhor entendimento sobre os problemas
do destino.
A causa assumida, em silêncio, pela esmagadora maioria dos empresários, está
demonstrada no baixo nível de adesão à estrutura e na fraca assiduidade dos
associados nas assembleias. Nesta conformidade, cai por terra a tese de quem me
acusa de estar só.
Dos vários episódios, que fazem parte do historial da Apal e que,
também, contribuíram para a decisão de me auto-excluir, destaco o que se
verificou na A.G. de Dez. de 2008:
Rejeição da minha moção, que pretendia ser colectiva, louvando a Câmara
Municipal na pessoa do seu presidente, pelo entusiasmo e empenho na divulgação
e promoção de Albufeira, no exterior. A dignidade e a oportunidade desta iniciativa,
transformada em declaração pessoal, ficaram comprovadas com a atribuição do prémio
internacional, ”New Millenium Award”, com que, pouco tempo depois, os Senhores
Presidentes, da Câmara e da Assembleia Municipal, foram homenageados em Espanha.
Apesar de tudo, foi uma experiência interessante. A minha frontalidade pode
não ter permitido ignorar factos. Ainda assim, fi-lo com elevação. Da minha
parte não há questões de ordem pessoal e mantenho a mesma estima pelas pessoas
que integram a associação. A divergência é com a solução adoptada e com o sistema
que se instalou.
Melhores cumprimentos,
Henrique Coelho
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