sábado, 17 de dezembro de 2016

Candidatura para a Câmara de Lisboa
17/12/2016
ONTEM,  num fórum de diálogo sobre texto de António Almeida, relacionado com uma candidatura de Passos Coelho à Câmara de Lisboa escrevi: "O PSD tem se entendido bem com o CDS/PP. Nesta perspetiva julgo que a melhor forma de ultrapassar a questão de Lisboa seria negociar coligação e apoiar, sem complexos, a candidatura de Assunção Cristas que se chegou à frente. Dividir votos não garante a derrota de Medina que está instalado. Por outro lado, um eventual mau resultado do PSD isolado teria pior efeito político". HOJE, vi na primeira página de um jornal que o PSD quer negociar apoio a Assunção Cristas. No meu entender é uma boa decisão e estou convencido que vão-se entender. Assunção Cristas foi uma excelente ministra no governo de Passos Coelho e com este reforço tem condições para vencer Medina. O PS dá tudo aos partidos à sua esquerda, não vejo nenhum inconveniente que o PSD conjugue esforços com o seu parceiro natural. Não deve haver complexos nesta matéria. A eleição de Assunção Cristas para Lisboa, nestas condições, será uma vitória, também, para o PSD e para Passos Coelho.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A Selecção de Potenciais Autarcas

16/12/2016
Antes de os munícipes serem chamados a exercer o dever de votarem nas eleições autárquicas, há escrutínios no âmbito das candidaturas que deviam revestir-se de maior importância no processo democrático da política local.
Normalmente são os presidentes das comissões de secção concelhia dos partidos e os líderes de grupos independentes que encabeçam as listas dos respectivos candidatos a sufrágio autárquico.
Porém, para um independente se candidatar tem de reunir um elevado número de assinaturas, enquanto as secções concelhias dos partidos, ao abrigo dos estatutos, emitem credenciais “descredibilizadas”.
É um facto que os escrutínios engendrados, a partir de assembleias de secção pouco representativas, não garantem uma boa selecção de potenciais autarcas.
Pode dizer-se que o problema está na falta de cidadania e na fraca apetência para a filiação partidária. Outros, porventura não menos assertivos, dirão que a culpa é dos líderes locais que sonegam a existência e o funcionamento das representações partidárias, para mantê-las distantes da pertença popular.
A dignidade dos partidos políticos depende, essencialmente, da postura dos líderes, nos diferentes níveis das respectivas cadeias organizacionais, e da sua vontade de angariar aderentes para a causa democrática.