Novo Túnel de Descarga de
Águas Pluviais - II
07/01/2015
Perdoam-me a insistência, por voltar
ao assunto, mas os previsíveis custos das medidas que parece já estarem a ser
tomadas justificam-na.
Como defensor da transparência, aproveito
para deixar os seguintes conselhos à actual gestão camarária:
1)
Colocar à opinião
pública, o mais rapidamente possível, as questões relacionadas com a Ribeira e com
a subida do nível do Mar, de modo a consolidar uma consciência inequívoca sobre
estas matérias.
2)
Promover e
estimular o debate indispensável, para se encontrar as melhores formas de
atenuar os efeitos de eventuais intempéries.
3)
É preciso que
Albufeira saiba identificar os seus problemas e só depois deve contratar
técnicos externos, para a elaboração dos estudos respectivos. Por mais
semelhanças que possam haver, com Lisboa e Barcelona, o caso de Albufeira deve
merecer tratamento adequado.
Na minha opinião, uma intervenção no
leito da Ribeira, com limpeza adequada, desvios colaterais a montante e
represas controladas, durante as chuvas intensas, parece-me medidas
suficientes, para fazer baixar o fluxo, em situação de intempérie, e minorar os
efeitos negativos de uma eventualidade como a que sucedeu no dia 1 de Novembro.
Tal como tenho afirmado, no passado,
há necessidade de desviar para o mar a água da pluviosidade tanto da parte
leste como do poente da cidade.
O novo túnel, que parece já ter
adquirido grande notoriedade, não vem resolver o problema da baixa. As inundações,
nesta área da cidade, continuarão a verificar-se, numa primeira fase, em função
do grau de precipitação e das marés, e, no futuro, devido à entrada do mar
através do emissário do Pontão.
A natureza está em comando. Já se
percebeu que no concelho de Albufeira também chove e é normal que se valorize a
Ribeira. Ainda assim, não se pode deixar de dar a devida atenção à subida do
nível do oceano que vai trazer problemas concretos no futuro.