sábado, 21 de fevereiro de 2015

O PS anda á boleia de mala vazia


O PS-Albufeira anda à boleia de mala vazia.





     Na sequência do que tenho publicado no Jornal Notícias de Albufeira e no meu Blogue, www.albufeiranocoracao.blogspot.pt, em relação ao desempenho político-partidário, concluo que o PS-Albufeira anda à boleia de mala vazia.
     A notícia de um matutino nacional, em 19 de Fevereiro, retratada neste texto, é elucidativa.
     A segunda força política, que tem um vereador “amarrado” ao actual executivo camarário, devia ser mais contundente e tornar clara a sua visão detalhada sobre o tipo de investimento autárquico que entende ser necessário para o concelho.
     Se, por um lado, esta postura hesitante demonstra vazio e incapacidade de dar contributo, por outro, deve haver a percepção de que os munícipes têm o direito de ser esclarecidos acerca das propostas políticas que podem conduzir ao desenvolvimento.       




     Fev.2015 - Henrique Coelho

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ainda há quem confunde produto com prestação de serviços

 Ainda há quem confunde produto com prestação de serviços.

    Pelo que li na imprensa local, a Autarquia promoveu encontros com empresários, para os estabelecimentos estarem abertos na época baixa e não defraudar turistas.
     À primeira vista isto podia fazer algum sentido. E os donos dos estabelecimentos serão os primeiros a quererem fazer negócio. Mas, esta pretensão não tem legitimidade.
     A adopção do recente Conselho Municipal do Turismo, a combinar com o Corpo de Conselheiros que propus em Junho de 2004, no âmbito da Apal, parece não ter ajudado. Ainda há quem confunde produto turístico com prestação de serviços.
    As obras da Polis não surtiram o efeito desejado. Deste modo, Albufeira precisa de melhorar o seu produto de base, que é, em primeira instância, da responsabilidade da Autarquia, e falta incentivos para a criação de sub-produtos atractivos. É isto que tem de ser feito de forma irreverente, mas com critério, conjugado com um modelo de promoção inteligente, para chamar os turistas.
     A prestação de serviços dos estabelecimentos é uma consequência lógica e querer inverter esta ordem natural é não perceber a questão.
     O divórcio da cidade em relação ao Porto de Abrigo e à Marina gerou uma desvalorização substancial do produto. Mas a ligação respectiva não deve ser feita de qualquer maneira. A ponte projectada não é solução. Dispenso-me de esgrimir esta matéria porque já escrevi muito acerca do tema.
     No contexto nacional, o turismo cresce a dois dígitos. Porém, em Albufeira o produto não evoluiu e a falta de competitividade, inerente, tem acentuado a sazonalidade. O índice de ocupação pode ter melhorado, estatisticamente, mas os resultados das empresas são escassos. Mormente o sector da restauração não descola.
     Salvo raras excepções, os empresários que insistem em manter os seus estabelecimentos abertos, na época baixa, lutam com a única arma que têm, ou seja, baixam as tarifas, e, regra geral, não geram receita para assumir as responsabilidades.
     Não é por acaso que a Autarquia se queixa do atraso na cobrança da água da rede. Sendo que há ainda custos energéticos, taxas elevadíssimas, e outros encargos a perder de vista.
     A falta de análise, reflexão e ponderação que recheou o passado, tende a continuar apesar dos show-meetings selectivos. Porventura, mais virados para confraternizar, marcar presença e anotar as ausências.
     Tal como venho afirmando desde há muito “Albufeira Precisa de Mais”.

     Enquanto o concelho se deixar nortear por cartilhas de autores sem vocação, e ser palco de eventos desajustados da sua realidade, não desencalha.

Fev.2015 - Henrique Coelho

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A FOLGA FINANCEIRA DA AUTARQUIA


   A Folga Financeira da Autarquia.

  

   Ao ler a notícia publicada na última edição de 2014 do Notícias de Albufeira, sobre a folga financeira da Autarquia no final de 2013, fiquei surpreendido.

    À primeira vista julguei que se tratava de uma manobra dilatória e esperei pelo desmentido que não chegou.

    Se, por um lado, desvalorizar os comentários da oposição não contribui para a transparência, por outro, os autarcas não se cansam de mostrar regozijo pelo desafogo que atingiram, sem quantificar nem referir o esforço contributivo dos munícipes.

    O alerta da oposição, apesar de tardio, é revelador da grande injustiça que recai sobre os munícipes.

    Em Junho de 2014, quando me referia à falta de transparência e apelava à comunicação expedita de dados da execução orçamental e da posição líquida da Autarquia, não fazia ideia desta situação.

    Afinal, o esforço das famílias e das empresas era desnecessário. E espanta-me que a situação ainda prevaleça, numa altura em que a Autarquia já não é governada por maioria absoluta de uma única força política.

    A ocultação, por muito tempo, desta atitude pretensiosa, que rotulou os albufeirenses de ingénuos, compromete em primeiro lugar os autarcas, mas, também, todas as forças políticas com representação no concelho e descredibiliza a democracia.

    O ajustamento tem sido feito, basicamente, à custa dos munícipes, enquanto os empossados preferiram se acomodar em vez de respeitarem o resultado sufragado e honrar as forças partidárias que lhes deram abrigo.

    Já há quem fale do reforço de verbas às associações, para retomar a promiscuidade que rendeu votos no passado. Porém, os eleitores estão, hoje, mais esclarecidos e não se deixarão enganar no momento oportuno.       


    A população do concelho tem sido massacrada, com taxas e impostos elevadíssimos, devido à displicência negligente que também já prejudicou o PSD. A continuar tudo como está, os danos serão ainda maiores no futuro.
     Fev.2015 - Henrique Coelho
 
 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A frota do giro

    A Frota do Giro.
   
    Constato com satisfação que, finalmente, a Frota do Giro passou a incorporar autocarros de lotação mais adequada.
    Na minha opinião, a opção por um outro modelo de carroçaria teria sido mais vantajoso. Ainda assim, apresento os meus cumprimentos e felicito o Exmo. Senhor Presidente da Câmara, por já ter entendido esta necessidade.
    Pena é que a anomalia, que teve custos para a Autarquia, não tenha sido reparada, quando o Sr. Presidente ainda dirigia a Assembleia Municipal.
    Em vários momentos, desde Março de 2005, denunciei esta incongruência.
    Para o assunto ficar devidamente arrumado e os utentes terem melhores condições de mobilidade falta, ainda, reformular circuitos.  

    Veja mais em:  www.albufeiranocoracao.blogspot.pt
     Fev.2015 - Henrique Coelho


O Banco de Fomento tarda em dar contributo

    O Banco de Fomento, muito badalado, tarda em dar contributo.

     Portugal como país periférico, cujas políticas cambial e monetária não controla, tem dificuldade de sustentar o seu endividamento. A globalização e os acordos do comércio internacional, que aparentemente abriram as portas a um mercado mais amplo, também trouxeram-lhe dificuldades.
     Ainda assim, pode tirar partido da conjuntura que aí vem.
     Independentemente do desfecho que se vier a verificar na Grécia, estou confiante que a vitória do Syriza vai alterar a visão das Instituições da União em relação aos países membros que comportam dívida elevada.
     A nova política monetária do BCE para travar a deflação, com consequências na desvalorização do Euro, também pode ajudar a economia a crescer, desde que os governantes sejam capazes de implementar medidas para incluir as empresas nacionais neste processo.
     É preciso olhar o mar com sabedoria e tirar partido das suas potencialidades.
     No tempo das colónias Portugal possuía uma marinha mercante pujante que, em vez de ser redireccionada para os objectos lógicos de um país marítimo, foi desmantelada. Hoje, Portugal não tem navios apesar de continuar a ter a maior zona económica exclusiva que pretende justificar os submarinos.
     O turismo está com uma grande dinâmica e representa mais de 10% do PIB, mas ainda há muitas carências que precisam de ser ultrapassadas, tanto no aproveitamento das potencialidades como no desenvolvimento de produtos atractivos, para o sector melhorar a competitividade.
     Reiterando o que disse em 15 de Julho de 2010, (in J. d`Albufeira e Blogue), o sector agrário merecia que as Caixas Agrícolas acompanhassem melhor os seus associados e ajudassem a desenvolver projectos viáveis. A Tutela, através das Direcções Regionais, também deve incentivar os empresários agrícolas e dar o seu contributo, nomeadamente, na análise da aptidão dos solos e no aconselhamento sobre emparcelamentos, para as explorações serem rentáveis.
     O objectivo patriótico deve ser substituir a importação de bens de consumo pela exportação de produtos com incorporação nacional e maior valor acrescentado.
     Devido à política de extracção da Arábia Saudita, e à auto-suficiência dos Estados Unidos, a cotação do barril de petróleo caiu para menos de metade nos mercados internacionais. Porém, os combustíveis não desceram, em Portugal, na mesma proporção, para manter o fluxo de impostos e engordar players. A factura de electricidade ficou mais dispendiosa para as famílias e para as empresas. Este paradoxo chinês já devia ter sido denunciado pelo regulador que julgo ainda ser português.
     Ao contrário dos Swap da banca, com ramificações aos gurus da finança mundial, que estão a dar raia e já chegaram aos Tribunais, o Capital de Risco parece estar mal implantado neste país. Por outro lado, o Banco de Fomento, muito badalado, tarda em dar contributo para a economia crescer e atenuar o flagelo do desemprego.

     Veja mais em:  www.albufeiranocoracao.blogspot.pt

     Fev.2015 - Henrique Coelho

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O PS mostra-se preocupado

     O PS mostra-se preocupado.

     Apesar das declarações proferidas por políticos da nossa praça, sobre a situação grega, Portugal não tem condições de se opor ao que vier a ser decidido nas Instituições da União.
     A posição oficial portuguesa, a meu ver algo precipitada, tem vindo a baixar de tom.
     Depois de alguma euforia, também o Secretário-Geral do PS se demarca dos socialistas gregos e mostra-se preocupado porque qualquer cedência da União às posições do Syriza provoca desvio de votos do seu eleitorado, para a esquerda radical, nas próximas legislativas.
     Se as eleições não ditarem uma maioria absoluta de direita não é entrave. Está na hora dos políticos valorizarem a democracia e do novo governo incluir leque mais alargado de sensibilidades. Veja-se o meu artigo publicado no Notícias d’Albufeira, em Abril de 2011.       
     Os eleitores não se esquecem que foi o governo socialista quem deu o golpe fatal e arrastou o País para a situação de bancarrota iminente. Já demissionário, em gestão corrente, ainda teve de pedir a ajuda externa para evitar o incumprimento. Mas foi o Governo de coligação PSD/CDS, saído de eleições em Junho de 2011, que teve de cumprir o memorando de entendimento, supervisionado pela Troika, e honrar os compromissos assumidos.
     Nesta experiência nova nem tudo correu da melhor forma e o que é dito, hoje, sobre o desemprego e a pobreza, em Portugal, não joga com a realidade. Contudo, a austeridade era inevitável.
     Terminado o programa de assistência, sem recorrer a mais ajuda, o País ganhou credibilidade e o Governo estará em condições para começar a reparar algumas injustiças.
     Os portugueses devem estar apreensivos com o alinhamento de algumas figuras políticas, em relação ao caso de justiça mais mediático da actualidade, e, certamente, já perceberam que entregar a governação a um primeiro-ministro socialista, nesta conjuntura, seria retrocesso com riscos indetermináveis.