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de Albufeira, 15 Jul. 2009
Albufeira Precisa de Mais - VI
A comunicação
de propósitos e de iniciativas, do âmbito público, já é sintoma de mudança para
melhor. Ainda assim, continua a não haver uma cultura de contraditório, em
Albufeira.
Noutra
abrangência, a forma como alguns temas são abordados, deixa perceber que há,
ainda, um caminho a percorrer. As próprias associações empresariais, nem
sempre, desempenham o seu papel da melhor forma.
Esta crise económica,
mundial, veio agravar a situação, já caótica, das empresas. Para as actividades
turísticas é reclamada linha de crédito, num figurino semelhante ao anterior sistema
de financiamento do Fundo de Turismo.
Está a ser confundida
despesa corrente com investimento e o recurso ao crédito, só por si, não resolve
o problema das empresas, com dificuldades de tesouraria. Pelo contrário, agrava-lhes
o endividamento e a capacidade de solvência.
Em vez de financiar
o risco, que resulta do abrandamento da economia, a terapia devia ser outra. Empenho
público, numa estratégia coerente de investimento, em infra-estruturas e
desenvolvimento do produto turístico, para o destino ser mais atractivo. Outra
questão que merece ser analisada é o método da promoção turística e respectivo financiamento.
Redução do
pagamento por conta, de IRC e abolição do especial por conta. Em nome da
competitividade, o IVA na restauração, devia ser igual ao da Espanha.
Redução da
taxa social única, para estimular as empresas, com as contribuições em dia,
independentemente das condições de admissão de pessoal.
As
oportunidades do turismo seriam melhor aproveitadas, se houvesse uma cultura de
imparcialidade. Não é legitimo que seja usado dinheiro público, sistematicamente
e de forma declarada, para beneficiar uns em prejuízo de outros. A questão configura
gravidade porque esta política de animação, pouco sensata e muito dispendiosa, financeiramente,
não é mais do que marketing territorial que, no caso de Albufeira torna a
cidade “pimba”, e menos atractiva, para
muitos visitantes.
O destino
Algarve, também, seria “galardoado”
se o ministro da economia não tivesse preferido perpetuar a sua notoriedade
gestual, no decorrer do debate sobre o estado da nação. O ministro já estava entrosado
neste marketing, colorido de autarcas, através do seu Allgarve Edition. E, do plano, constava, ainda, a edificação de um hotel,
nas profundezas da mina de sal-gema, em Loulé.
Fica
evidente, a tentativa de puxar a economia do Algarve para baixo.
Henrique
Coelho
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