Candidatura para a Câmara de Lisboa
17/12/2016
ONTEM, num fórum de diálogo sobre texto de António Almeida, relacionado com uma candidatura de Passos Coelho à Câmara de Lisboa escrevi: "O PSD tem se entendido bem com o CDS/PP. Nesta perspetiva julgo que a melhor forma de ultrapassar a questão de Lisboa seria negociar coligação e apoiar, sem complexos, a candidatura de Assunção Cristas que se chegou à frente. Dividir votos não garante a derrota de Medina que está instalado. Por outro lado, um eventual mau resultado do PSD isolado teria pior efeito político". HOJE, vi na primeira página de um jornal que o PSD quer negociar apoio a Assunção Cristas. No meu entender é uma boa decisão e estou convencido que vão-se entender. Assunção Cristas foi uma excelente ministra no governo de Passos Coelho e com este reforço tem condições para vencer Medina. O PS dá tudo aos partidos à sua esquerda, não vejo nenhum inconveniente que o PSD conjugue esforços com o seu parceiro natural. Não deve haver complexos nesta matéria. A eleição de Assunção Cristas para Lisboa, nestas condições, será uma vitória, também, para o PSD e para Passos Coelho.
sábado, 17 de dezembro de 2016
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
A Selecção de Potenciais Autarcas
16/12/2016
Antes de os munícipes serem chamados a exercer o dever de votarem nas eleições autárquicas, há escrutínios no âmbito das candidaturas que deviam revestir-se de maior importância no processo democrático da política local.
Normalmente são os presidentes das comissões de secção concelhia dos partidos e os líderes de grupos independentes que encabeçam as listas dos respectivos candidatos a sufrágio autárquico.
Porém, para um independente se candidatar tem de reunir um elevado número de assinaturas, enquanto as secções concelhias dos partidos, ao abrigo dos estatutos, emitem credenciais “descredibilizadas”.
É um facto que os escrutínios engendrados, a partir de assembleias de secção pouco representativas, não garantem uma boa selecção de potenciais autarcas.
Pode dizer-se que o problema está na falta de cidadania e na fraca apetência para a filiação partidária. Outros, porventura não menos assertivos, dirão que a culpa é dos líderes locais que sonegam a existência e o funcionamento das representações partidárias, para mantê-las distantes da pertença popular.
A dignidade dos partidos políticos depende, essencialmente, da postura dos líderes, nos diferentes níveis das respectivas cadeias organizacionais, e da sua vontade de angariar aderentes para a causa democrática.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Portugal Está na Moda
30/11/2016
De acordo com as condições naturais do país, e a
avaliar pelos indicadores, o bom desempenho do sector do turismo tem-se vindo a
consolidar e esta realidade não pode ser tratada como mera questão conjuntural.
Portugal está definitivamente na moda. Os
visitantes mostram-se satisfeitos com a oferta cultural, histórica e gastronómica,
para referir apenas algumas valias. E, no aspecto climático, cuja apetência
transforma as praias em molduras humanas, bem recheadas, a pujança é mais que
evidente.
A acrescentar às condições enunciadas, é
preciso considerar a segurança que tem de continuar a ser preservada. Não nos
podemos esquecer que este aumento do turismo se deve, também, à insegurança de
outros destinos concorrentes.
Apesar da boa performance, há lacunas que mereciam
uma atenção especial das autoridades oficiais do sector. Destaco o conceito “all
inclusive”, tal como está formatado, que devia ser consignado, apenas, a
unidades isoladas ou afastadas dos centros urbanos.
O Algarve, cuja valência principal é a sua costa
virada a sul, com potencialidades magníficas, para o turismo de praia, e
condições excepcionais, nomeadamente, para a prática do golfe, afirma-se cada
vez mais como destino de referência nacional e internacional, com uma oferta diversificada
de serviços de qualidade, inequívoca, que já evidencia algum esbatimento da
sazonalidade.
Ainda, em relação ao Algarve, é justo referir que
para além da competitividade ser potenciada, também, por voos “LowCost” e pelo
esforço dos empresários que ratearam margens para apresentar tarifários promocionais,
o incremento dos fluxos, mormente de Espanha, deve-se ao trabalho que foi iniciado,
pelo Senhor Presidente do Turismo do Algarve, ainda, quando era Presidente da
Câmara Municipal de Albufeira.
De facto, os périplos protagonizados por
Desidério Silva, desde sempre dignos do meu apoio explícito e documentado, têm produzido
prémios e mais-valias para Albufeira e para a Região.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
O Caneiro da Baixa
21/11/2016
Tenho ouvido vários relatos acerca do caneiro que
é responsável pelas inundações da Baixa de Albufeira. Uns dizem que foi
obstruído, com as obras da Polis, outros criticam o uso de condutas ou manilhas.
Arrisco-me a pensar que nem uns nem outros têm razão.
Apesar de achar que o Programa Polis
descaracterizou a cidade, nalguns aspectos, não acredito que tenha deixado os
canos entupidos. Depois da cheia é que a lama das limpezas, em período de tempo
seco, terá se solidificado. Por outro lado, as manilhas redondas concentram o fluxo
que arrasta detritos.
Por mais voltas que se dê não se pode ignorar que
o problema está na cota, cuja correnteza de escoamento vai ficando cada vez
mais limitada, devido à subida do nível do mar. Aliás, o assoreamento inerente
já obrigou a retirar toneladas de areia do ramal do Pontão tal como foi dito,
há dias, publicamente.
O problema da baixa deve ser encarado, com
realismo, tendo em conta a obstinação do mar. As bombas podem aliviar algumas
inundações, numa primeira fase, mas duvido que produzam efeito no futuro.
Do meu ponto de vista, o plano de drenagem que
inclui um túnel novo, não é sustentável por estar desajustado das causas e dos
objectivos. O tempo acabará por deslindar as teimas nesta matéria.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Albufeira Carece de Ser Interpretada
17/11/2016
Na sequência do evento trágico do ano passado,
está a ser elaborado um plano de drenagem, que envolve esforço financeiro
elevado, e é estranho que os albufeirenses não se mostrem interessados em
debater o assunto.
Neste contexto, Albufeira tem dois problemas distintos
que podem se inter-relacionar em situações de catástrofe.
Numa lógica de prioridades diria que o primeiro
problema é as inundações da baixa. Nas condições actuais, duas horas de chuva
intensa no perímetro da cidade é quanto basta, para o caos se instalar, e a tendência
é para piorar uma vez que o nível do mar não pára de subir. É uma questão de
tempo, mas a água salgada acabará por entrar e duvido que a drenagem da baixa possa
ser regulada com bombas elevatórias.
O segundo problema é as imprevisíveis cheias da
Ribeira. Já em 1948, 1949 e 1956, terá ficado comprovado que o túnel existente
não se mostrava eficaz em situações extremas. Todavia, a insuficiência seria superada
com a barreira do eixo viário, se a obra fosse executada para reter fluxos
anormais. E, ainda, com a limpeza da ribeira, retenções monitorizadas a
montante, e desvios colaterais para haver infiltração no solo do bem precioso
que tantas vezes escasseia. Julgo que a cheia de 01 de Novembro de 2015 não
teria acontecido, se este quadro tivesse sido cumprido e, nesta base, discordo
da opção de um túnel novo.
Quase sempre, culpa-se o poder político pelos
desastres. Mas, normalmente, as causas provêm de más avaliações técnicas.
Como cidadão atento, com Albufeira no Coração,
não tenho dúvidas que o Executivo Camarário está interessado em resolver os problemas.
Ainda assim, receio que o enfoque se centre no desafogo financeiro e que a
baixa da cidade não esteja a ser tratada, com o pragmatismo que devia, para
evitar as surpresas do mar, no futuro.
Albufeira carece de ser interpretada. Foram
executadas obras desconexas que precisam de reabilitação, para a cidade
melhorar as infra-estruturas e tirar partido, nomeadamente, das excelentes
potencialidades para o turismo.
É de realçar o conjunto de obras de manutenção
e arranjos que estão em curso. Contudo, atendendo ao bom momento financeiro, e à
possibilidade de candidatar projectos aos Fundos Estruturais, renovo a minha sugestão
à Autarquia, para escutar os conselhos e fazer o seu trabalho de casa. A sua demora
em comprovar a existência de um plano estratégico, coordenado e equilibrado,
para o investimento público que é absolutamente necessário, compromete a
projecção de Albufeira, como marca turística incontestável, e limita o
desenvolvimento do concelho que precisa de diversificar a base da sua economia.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Dívida Pública
11/11/2016
Os líderes da esquerda radical evocam o esforço
dos juros da dívida, mas é preciso acrescentar que a economia não cresce e que
o encolhimento do défice é conseguido à custa de carga fiscal e empobrecimento.
Apesar da controvérsia das sanções, Portugal saiu
do procedimento de défice excessivo em 2015. É justo referir que em 2011 o
défice estava nos 12% do PIB e em 2015 fixou-se nos 2,98%, com o investimento e
a economia a crescerem.
A esquerda censura os juros, mas o que a
geringonça sabe fazer é contrair mais dívida. Em 9 meses, aumentou mais do
dobro que durante 2015.
Não é por acaso que as Agências de Rating, à
excepção da DBRS, mantêm a notação de lixo. E, em função do risco inerente às
políticas implementadas por este governo, cujos objectivos têm sido,
normalmente, desacreditados e revistos em baixa, as altas taxas de juro são ultrapassadas,
apenas, pela Grécia.
Depois falam de renegociação. Mas o governo
anterior fez roll-overs de dívida e renegociou maturidades e taxas de juro. E,
ainda, antecipou pagamentos ao FMI, enquanto a geringonça satisfaz a clientela
e difere responsabilidades.
Considerando o nível do endividamento e a
necessidade de continuar a ir aos mercados não é oportuno reclamar. O governo e
os seus parceiros entraram na dança das facilidades, quando deviam ter aproveitado
a herança, usando os recursos com mais racionalidade.
Oxalá o BCE não suba as taxas de juro ou, no limite,
não feche a porta aos títulos da dívida que Portugal vai ter de continuar a
emitir.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
O insólito Aconteceu nos Estados Unidos.
09/11/2016
Hoje, enquanto Hillary é consolada por Bill e
prepara o discurso prometido, Donald faz a festa da vitória.
TRUMP, Presidente, é a demonstração do
descrédito da classe política. A Europa também sente o mesmo problema e o Brexit,
do Reino Unido, é disso um bom exemplo.
A globalização e os acordos do comércio
internacional alteraram as regras e criaram mais complicações do que
benefícios. Deslocalizações, desemprego em massa, e desconforto social. Apenas
os países asiáticos e o leste europeu, com populações mal remuneradas, beneficiaram.
A China dá cartas na indústria, no comércio e
exporta para todo o lado. Faz aquisições das dívidas de outros países e, se não
se desenhar uma nova ordem, controla o mundo dentro de poucos anos.
sábado, 5 de novembro de 2016
Plano de Drenagem de Albufeira
05/11/2016
Há quase cem anos atrás, numa luta contra o
mar, foi obstruída a Foz da Ribeira de Albufeira e os fluxos passaram a ser encaminhados
pelo túnel existente, perfurado nessa altura, também, para aliviar o desemprego
que se verificava.
A batalha braçal foi ganha e o mar acobardou-se
sem reclamar direitos. Contudo, sempre que o caudal da ribeira ultrapassou a
capacidade do túnel, houve cheias na baixa da cidade.
Entretanto, as condições mudaram. O aquecimento
global traduz a subida do nível do mar e o clima parece ser menos influenciado
pelo anti-ciclone dos Açores. A frequência de massas de ar com maior densidade
atmosférica torna-se propícia a situações de precipitação, localizadas, com
grande intensidade.
Naturalmente consciente da realidade do clima e
dos problemas que advêm da cota muito crítica da baixa, a Autarquia mandou
elaborar um plano geral de drenagem.
Não é fácil de digerir a informação técnica que
já foi transmitida, e, apesar do plano ainda estar numa fase de estudos, percebe-se
que a opção é um túnel novo com 5 metros de diâmetro da Ribeira para o Mar.
Acredito que a infra-estrutura resolva o
problema das imprevisíveis enxurradas da Ribeira, ainda assim, não deixa de ser
legítimo questionar a eficácia do referido plano que implica num grande esforço
financeiro.
Se considerarmos a lógica da cidade se ligar ao
Porto de Abrigo/Marina, por frente de mar, percebe-se que era vantajoso
orientar a descarga do túnel para o Pau da Bandeira, a nascente do Pontão. As
distâncias são semelhantes.
Independentemente das contingências da Ribeira,
a nova realidade climática e a subida do nível do mar deixam antever o risco acrescido
da baixa ficar de molho. O plano contempla sistemas de bombagem, mas em
situações de chuvadas prolongadas, como se verificou o ano passado, duvido que
seja possível evitar inundações, porventura, desastrosas se houver avarias.
Sabendo que a água salgada já passou por ali, arrisco-me
a pensar que o mar ainda pode vir a redesenhar a foz da ribeira com intenção invasora. Quer isto dizer que, mesmo que o plano de drenagem seja concluído e
implementado, os problemas da baixa de Albufeira não ficam resolvidos.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
O Risco da
Baixa Ficar Submersa
26/10/2016
Está a fazer um ano que Albufeira viveu
momentos difíceis com a intempérie que se abateu no concelho. Choveu,
ininterruptamente e com intensidade, durante cerca de 12 horas. Apesar de invulgar,
a mesma situação de calamidade pode repetir-se em qualquer altura no período
das chuvas.
Nesta perspectiva, não é de mais voltar a aconselhável
desvios colaterais e represas, a montante, para controlar os fluxos da Ribeira
que deve estar limpa e desobstruída, antes das primeiras chuvas.
Há quem diga que a solução está a ser
trabalhada e é eficaz. Outros falam num túnel novo, cujos estudos já estão em
marcha. É estranho que, mormente esta hipótese explícita, altamente dispendiosa,
ainda, não tenha sido colocada à discussão pública.
O risco da baixa ficar submersa não é,
proeminentemente, por culpa da Ribeira ou insuficiência do túnel já existente. Na
última ocorrência de há dias, a Ribeira não trazia água. Ainda assim, houve
inundações e as consequências só não foram piores porque a maré estava vazia. Com
base nestes dados, investir noutro túnel seria enterrar recursos para resolver
coisa nenhuma.
O nível do oceano está a subir e o ramal de
descarga do pontão, sujeito a assoreamento, começa a ser uma via de retorno com
a maré-alta. Por outro lado, as águas pluviais, nomeadamente, dos Cerros do
Malpique e Alagoa que atingem a baixa, constituem um problema grave.
Não há muito a fazer, para além de rever o planeamento urbanístico e permeabilização de solos, dar atenção à limpeza das
sarjetas e tubagens, e fazer eco dos alertas meteorológicos.
Esta realidade torna-se, cada vez, mais
evidente e tem de ser encarada com seriedade, pelas entidades responsáveis. É
elementar que os proprietários de prédios na baixa sejam devidamente elucidados,
sobre os riscos, com vista a acautelar património.
Relacionado com esta matéria, aconselho a
leitura de: “O Tempo Acabará por Pintar um Quadro Irreversível”, publicado em Out. de 2014.
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Muita Massa e Pouca Obra.
24/10/2016
Diz-se
por aí que o excedente de recursos financeiros do Município de Albufeira se
deve às boas práticas de gestão. Não duvido da capacidade e da ambição do
executivo camarário, mas, como observador atento e defensor da minha terra,
parece-me ilegítima a falta de melhoramentos em tempo de abastança. É caso para
dizer “muita massa e pouca obra”.
A
disponibilidade acumulada, indiscutivelmente, mais favorável do que outra
posição de sinal contrário, também é o resultado da incapacidade organizacional
que, por vezes, a Autarquia deixa transparecer. O mal vem de trás e não é a
primeira vez que abordo o assunto. (Blogue Albufeira no Coração, Políticas
Sectoriais – Área Administrativa e Serviços Técnicos, Março de 2005).
A
credibilidade dos orçamentos e o trabalho dos Executivos, dependem da
assistência administrativa e de assessores, hábeis a simular projecções e a
analisar a evolução de dados. O prognóstico que conduziu o Município a ser
resgatado, ao abrigo do PAEL, não se enquadra nestes pressupostos.
Considerando
a robustez financeira e a possibilidade da Autarquia candidatar projectos aos
Fundos da União Europeia, é confrangedor verificar a ausência de
reivindicações, fundamentadas, que já deviam ter sido endereçadas às tutelas
responsáveis pelo tipo de investimento público que Albufeira carece.
Não
adianta exaltar a boa performance do turismo, sem analisar as contas de
resultados das empresas. Apesar de tudo, ainda há margem para o concelho
potenciar a competitividade, e melhorar o desempenho da sua economia, desde que
a vontade política se conjugue nesse sentido.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
As Portas Tardam em se Abrir.
20/10/2016
Ao verificar o surto de visualizações, apraz-me manifestar o meu agrado pelo interesse dispensado e
esclarecer os motivos que norteiam as publicações.
Na base da liberdade democrática, o objectivo tem
se pautado, essencialmente, por tornar claras as situações que, na minha
opinião, emperram e estorvam o desenvolvimento do nosso concelho. Há assuntos,
mormente do foro político, que mereciam ser tratados e discutidos num âmbito
mais restritivo. Contudo, as portas tardam em se abrir e, nestas condições, é
legítimo o atrevimento.
Não sou dono da verdade e valorizo o trabalho digno
de quem decide ou governa. Porém, como adepto do diálogo e conhecedor das lacunas
da terra que me viu nascer, sou apologista de que os contributos deviam ser, no
mínimo, valorizados e discutidos.
Ao contrário do prognosticado “défault”, na Instituição
com a incumbência de cuidar dos destinos da nossa terra, percebe-se que o excedente
financeiro, apenas, se reforçou. Nestas circunstâncias, os dirigentes não tinham
de recear os anseios da sociedade civil. Dispunham dos meios para se notabilizarem,
tanto no plano político como nos aspectos que têm a ver com o desenvolvimento
económico e social do concelho.
A um ano das eleições autárquicas, ainda é
possível reagrupar o potencial social-democrata. Todavia, acredito mais no resultado
prático de uma mudança de atitude política do que na opulência dos milhões da
Autarquia.
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
STOCK FINANCEIRO ELEVADO
Stock
Financeiro Elevado.
10/10/2016
Há quem diga que o Município de Albufeira tem
actualmente um stock financeiro elevado. Não sei se é boa ou má notícia. Depende
da óptica de cada um e, em última análise, da gestão imprimida.
Apesar da opulência, não houve investimento
público capaz de responder às necessidades e o tempo que falta, para concluir o
ciclo, não é suficiente para superar a lacuna.
Determinado a influenciar o futuro da nossa
terra, aproveito para ilustrar, sem legendas nem memória descritiva, o esboço artesanal
da infra-estrutura que venho defendendo desde que foi operada a transfega das
terras férteis da Várzea da Orada para um baixio oceânico a poucas milhas da
linha de costa.
Este projecto, várias vezes referido, abordado com
mais detalhe, em Abril de 2015, no documento “Manifesto Albufeira no Coração”, por
sua vez, publicado no blogue: www.albufeiranocoracao.blogspot.pt, sanava
o estrangulamento da frente de mar, acrescentava valor ao produto, e era
estruturante para o desenvolvimento da cidade e do concelho.
O turismo tem tido um bom desempenho, mas não nos
iludamos. Esta performance
deve-se, essencialmente, à insegurança que é sentida
noutros destinos concorrentes.
Nestas circunstâncias, a marca Turismo de Albufeira
não pode afrouxar o enfoque na competitividade e limitar a evolução do produto à
folga financeira. Aliás, a complexidade e a dificuldade de negociar compromissos
e de obter pareceres das respectivas tutelas, justificavam que a Autarquia já tivesse
concluído os trabalhos que antecedem a candidatura dos projectos aos Fundos do Portugal
2020.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
A DERROCADA DA HEGEMONIA POLÍTICA
A
um ano das eleições autárquicas, os dirigentes que têm se revezado, em
Albufeira, denotam algum nervosismo. Fizeram tudo, para afastar a população social-democrata
da política. O último “atentado” terá sido praticado em 15/07/2016, na “eleição”
das listas para os órgãos da Secção, mais uma vez às escondidas.
Não
tive dúvidas que o desassossego acabaria por bater-lhes à porta. Agora, terão de
se confrontar com os erros que cometeram e mudar a sua atitude, sob pena de
serem os únicos responsáveis por qualquer resultado eleitoral, menos favorável,
que o PSD venha a obter no concelho.
Para
a narrativa ficar mais clara, vale a pena enunciar alguns acontecimentos que se
sucederam:
1
– Por volta do ano 2010, num plenário da Assembleia Municipal, terá sido
aprovada uma moção para não haver derrama pública e aumento de IMI, o que já deixava
antever quem se preparava para candidatar-se a Presidente da Câmara, em 2013.
Isto não é uma crítica. O desencontro, entre órgãos emanados da mesma família
política, foi relevante, mas não havia nada de mal e concordei na altura.
2
– Em 2012, já o efeito prático da moção aprovada tinha se perdido e o IMI subia,
provavelmente, por força da negociação do resgate da Autarquia ao abrigo do
PAEL. Com as portas da política fechadas, ainda, desenvolvi esforços para
apresentar, pessoalmente, a minha preocupação sobre o assunto. Porém, o meu
interlocutor não compareceu a 2 encontros marcados, possivelmente, por motivos
de agenda.
3
– A ajuda no valor de 17 milhões de euros, recebida por volta do verão de 2013,
foi ilegítima. Constituiu um embuste para os munícipes e terá permitido à Autarquia
ficar fora do ajustamento que seria lógico em tempo de crise. Como consequências,
a perda de 3 vereadores nas eleições de Setembro de 2013 e a derrocada da hegemonia
política que o concelho vivia.
4
- O divórcio político sedimentou-se de tal forma que, apesar do apelo a seguir
às eleições, não se vislumbrou nenhuma iniciativa para unir a família
social-democrata do concelho.
5
– Não acredito que tenha sido por má-fé, mas o resgate representou o pior da
gestão financeira. Apesar de a maturidade ser de 20 anos, o empréstimo
respectivo foi pago, integralmente, antes do fim de 2014, ou seja, 18 meses
depois de ter sido concedido. Nestas condições, é fácil de perceber que a ajuda
era dispensável. E, para que não restem dúvidas, em Abril de 2015 a Autarquia
instruiu a banca para fazer aplicações financeiras ou efectuar depósitos a
prazo, em seu nome, no valor (global?) de 12, 5 milhões de euros
6
– Sendo que nos últimos 3 anos não houve investimento público, a Autarquia terá
hoje os cofres cheios e essa disponibilidade está na mira dos eleitores. O seu uso
vai ser escrutinado, durante o último ano do ciclo eleitoral, e o resultado
reflectir-se-á nas urnas.
O
que acabo de expressar de forma frontal, não é a repetição de queixinhas ou
frustrações. São tópicos de questões sérias que merecem ser aprofundadas e
debatidas. Aliás, sempre disse que Albufeira precisa muito de diálogo e análise
pragmática. Uma questão actual que requer ponderação fina é a ideia do túnel da
ribeira para o mar, cujos estudos já pesam no orçamento e a obra efectiva
custaria muitos milhões, se viesse a ser realizada, um dia, para resolver coisa
nenhuma.
A
primazia perdida e alguma falta de humildade política têm de dar lugar a outra atitude,
dialogante e descomplexada, para a Secção do PSD crescer e a Autarquia ser
protagonista de proa em investimento público, estruturante, de modo a que o
concelho possa aproveitar o potencial turístico, diversificar a base da sua economia
e melhorar na vertente social.
BLOGUE ALBUFEIRA NO CORAÇÂO
Nestes dias, o meu blogue tem andado muito bem
em termos de visualizações.
A arrogância que não permitiu dar a devida
atenção aos apelos e sugestões, no passado, estará agora a ser quebrada por
quem se auto encurralou e demorou demasiado tempo a espevitar.
Já em 15/07/2016, cumprindo com a lógica dos
estatutos, a mesma facção ainda terá cometido o último “atentado local” à
transparência democrática.
Não será fácil contornar os estragos e, desta
vez, ninguém quererá ser lisonjeado com presentes estragados. Ainda assim, ceio
que os militantes e simpatizantes social-democratas do concelho estarão prontos
para voltarem a confiar nos seus dirigentes se estes mostrarem outra atitude de
maior dignidade.
sábado, 24 de setembro de 2016
A CEDÊNCIA DE VOTOS LARANJA
A Cedência de Votos Laranja.
20/09/2016
Nas
últimas eleições autárquicas, uma boa parte do eleitorado social-democrata do
concelho colocou o voto, intencionalmente, em campo neutro.
Como
consequência, o PSD-Albufeira elegeu menos três vereadores, o que se traduziu numa
derrota, supostamente, transitória.
A
cedência de votos laranja pressupunha outro desfecho. Porém, a beneficiária terá
preferido honrar a neutralidade e os interesses políticos não se conjugaram.
Por
outro lado, os dirigentes não deram atenção ao apelo, para unir a família
social-democrata do concelho, e, passados três anos, o desnorte é evidente.
Nestas
circunstâncias, mais do que observar estatutos, a Secção Concelhia precisa reeditar
o processo da renovação democrática, com transparência, e ajustar-se a uma dinâmica
de diálogo que inclua balanço da gestão autárquica e análise de dados para a
agenda futura.
Se
as debilidades do PSD-Albufeira não merecerem outro pragmatismo, a supremacia
social-democrata do concelho corre o risco de ser mais prejudicada.
A NARRATIVA DAS SONDAGENS
A Narrativa das Sondagens
17/09/2016
Das
duas, - Uma. Ou a narrativa das sondagens de opinião é falsa, ou há muita gente
que gosta de ser enganada, neste país.
A
realidade é que o golpe constitucional, após as legislativas de 2015, não permitiu
continuar a aliviar os danos da pré-bancarrota, socialista, e a actual solução
governativa está a endividar e a empobrecer Portugal.
Os
indicadores falam por si e só se engana quem está distraído. Há muitos simpatizantes
e militantes socialistas que também não se revêem neste PS e na atitude do seu líder.
A
acreditar na capacidade dos portugueses, os resultados das sondagens são uma miragem
e estou convencido que o chefe da geringonça, derrotado nas legislativas, vai
ser mais penalizado nas próximas eleições, ainda, sem data marcada.
Recordo
que no final de Maio de 2011, as sondagens, para as legislativas, davam uma
margem favorável ao PSD de 2 a 2,5 por cento. Realizado o acto, a seguir, no
dia 7 de Junho, e a superioridade fixou-se nos 10,5%.
PORQUÊ TANTA OCULTAÇÃO?
Porquê Tanta Ocultação?
15/09/2016
Tal
como já afirmei noutros momentos, as insígnias do Partido Social Democrata ganham
traças no baú e a população de Albufeira desconhece a morada física da respectiva
representação partidária.
A
sonegação que tem comprometido o crescimento do Partido, no concelho, também está
a quebrar a vivacidade e a omitir o encorajamento político que devia ser
endereçado ao líder nacional, neste período controverso.
Apesar
de tudo, o convite à militância, formulado por um dirigente local, na página
virtual, pode suscitar o diálogo online e promover o debate político que o
concelho precisa. Falta, apenas, os porta-vozes de serviço darem o pontapé de
saída e mostrarem-se receptivos às publicações dos visitantes.
A
haver uma estratégia política, no meio de tanta ocultação, devia ser explicada
aos eleitores, para o PSD não sofrer mais danos em Albufeira.
OS MUNÍCIPES TÊM DIREITO Á INGNINAÇÃO
“Os Munícipes têm Direito à Indignação”.
03/08/2015
Há
já alguns dias, um cidadão “genuíno” de Albufeira, veio dizer aqui, no Facebook,
que a cidade está suja e tem buracos. E acrescentou que, ainda assim, se fala
de turismo de qualidade.
Apesar
de a apologia se encaixar no sentimento que está generalizado, veio a terreiro um
membro de órgão autárquico, manifestamente, com a intenção de reprimir a queixa.
O objectivo terá sido atingido, uma vez que o post e o fórum de diálogo não
tardaram a ser removidos ou expurgados.
Antes
do apagão se consumar raiou outro conterrâneo que, apesar de viver no
estrangeiro, conhece o historial da sua terra e alvejou dúvidas sobre eventuais
ocorrências estranhas que não mereceram atenção no passado.
Nunca
é tarde de mais para se avaliar o percurso conturbado da nossa terra e este
diálogo não tinha de se tornar indigno. Não cito nomes, mas creio que a disputa
terá sido observada, também, por outros albufeirenses.
O
senhor autarca perceberá que os munícipes têm direito à indignação. Em nenhuma
circunstância, pode ser-lhes negada a liberdade de se exprimirem acerca das
lacunas da nossa cidade.
Aparentemente,
pretendeu defender a lisura de protagonistas de outros tempos e achou que as
queixas deviam ser dirigidas à Assembleia Municipal, como aludiu. Não tinha de
dar o corpo às balas, neste espaço, e ficava-lhe bem ter-se resguardado e abstido
de comentários que enfurecem, ainda mais, a população.
A
sua intervenção não apaziguou nem clarificou os aspectos da contenda. E, do
ponto de vista político partidário, quedou-se por inadequada e inoportuna.
AS SANÇÕES DA UNIÃO
“As Sanções da União”.
26/07/2015
A
novela das sanções está em marcha e as Instituições Europeias mostram-se
determinadas a fazer cumprir as regras.
Apesar
da injustiça, Portugal não se livra do descrédito inerente.
Não
está em causa o desempenho do governo anterior nem as décimas do défice de
2015. As medidas que eventualmente vierem a ser imputadas a Portugal, resultam do
facto do governo actual não defender o interesse nacional e da irresponsabilidade
de reverter reformas.
Quando
o poder foi assaltado, no último trimestre de 2015, o país não tinha condições
para a geringonça conceder todos os privilégios, à sua clientela, numa
assentada.
Perante
estes factos a desconfiança instalou-se, o investimento amainou e a economia
estagnou, interrompendo a recuperação que já se fazia notar. Os dados são
conhecidos e podem ser analisados por quem ainda tem dúvidas.
Os
próximos tempos vão ser de grande expectativa. Vamos ver qual será a atitude
das Agências de Rating, nomeadamente da DBRS (canadiana), e os comportamentos,
nomeadamente, do BCE e dos mercados onde Portugal precisa de se financiar.
Há
o risco do esforço de quatro anos ir por água abaixo e dos portugueses serem
chamados, de novo, para pagar os devaneios de um governo que opta pela
estatização e já ameaça a Comissão Europeia.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
PORTUGAL PRECISA DE LIMPAR O LIXO DE DÉCADAS
“Portugal Precisa de Limpar o Lixo de Décadas”
30/06/2016
O
desencanto dos portugueses, em relação aos partidos políticos, não será dos
estatutos, mas é por estas estruturas agregarem protagonistas oriundos de um
povo com especificidades próprias.
Depois
da revolução, na maioria das vezes que alguns foram chamados, pela via
democrática, ou se apoderaram da confiança dos eleitores, e tomaram o poder,
não atingiram o nível do desempenho que a Nação merecia e o povo aspirava.
Por
que será?
A
democracia, para ter maior eficácia, precisava de ser trabalhada e vivida com
transparência. Por sua vez, os partidos políticos são um pilar fundamental e as
suas dinâmicas tinham de ser escrutinadas com rigor. As condutas internas nem
sempre têm sido eficientes e há atitudes que merecem reflexão. É preocupante que
algumas representações partidárias tenham sido ofuscadas das populações e sejam
dominadas por clãs fechados cujos interesses suscitam dúvidas.
Portugal
precisa de limpar o “lixo” de décadas, para ganhar credibilidade e ter
condições de enfrentar tempos, porventura, ainda mais difíceis. As debilidades
da sua economia, a dívida externa, o terramoto do Brexit, e as incertezas do
ideal europeu, são questões que deviam motivar os portugueses. Neste sentido,
justifica-se apelar aos cidadãos, com sentido de pertença democrática, para
exigirem reformas e rejeitarem a inteligência pacóvia que já desvaneceu a emancipação
política e está a roubar a dignidade dos partidos.
O TERRAMOTO DO BREXIT
“O Terramoto do BREXIT”
27/06/2016
O
resultado do referendo no UK veio revelar o défice político da democracia mais
antiga e a inépcia da maioria de britânicos que não percebeu as vantagens de um
sistema organizacional europeu, para fazer face ao mundo actual.
No
plano interno, vão ter de se confrontar com a instabilidade que a decisão já
provocou, sem o suporte da União, e poderão, ainda, ser alvo de políticas
restritivas com repercussões nas suas vidas.
Mas
o terramoto do BREXIT extravasa fronteiras e as populações dos outros Estados também
serão afectadas. A União ficou mais pobre e deixa de poder colocar o interesse da
economia europeia na agenda dos fóruns mundiais.
Portugal
mantém relações com o Reino Unido, baseadas numa aliança de séculos que
interessa preservar. Porém, como estado-membro, não está imune aos acordos que
vierem a ser estabelecidos entre as Instituições da União e o Governo Britânico.
Oxalá
os emigrantes portugueses continuam a usufruir dos mesmos direitos dos
britânicos.
Quanto
ao Algarve, cuja economia está muito exposta ao Reino Unido, devido ao turismo,
estou convencido que os importantes fluxos britânicos, que procuram a Região
durante todo o ano, não estão postos em causa. Por outro lado, não haverá
impedimento para as Autoridades Nacionais atribuírem títulos de residência aos
cidadãos britânicos que optaram ou venham a optar por viver no Algarve.
Numa
primeira análise, a instabilidade cambial, com a libra esterlina a perder face
ao euro, vai fazer mossa e terá repercussão no desempenho da economia,
previsivelmente, sem peso para a balança comercial.
SANÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA
Sanções da União Europeia
18/05/2016
Por mais
que alguns queiram tapar o sol com a peneira, dizendo que as eventuais sanções
da UE se devem ao desempenho do governo anterior, os factos são incontornáveis
e os dados estatísticos falam por si.
Com
todas as dificuldades, também sofridas pelos portugueses, Portugal recuperou da
bancarrota de 2011. Baixou o défice de 11 para menos de 3%. E, em 2015 já havia
sinais de esperança.
Se agora
há problema no défice é devido às opções da geringonça, nomeadamente com a
oferta do Banif.
Não acredito que as dúvidas da UE tenham a
ver com o governo anterior, cuja execução mereceu reparos positivos de
diferentes quadrantes. Só em Portugal, alguns, não entenderam que uma situação
de insolvência trás sacrifícios.
Na minha opinião, as actuais preocupações
das instituições europeias residem na falta de garantias e no descrédito do
actual governo da geringonça, cujas previsões falharam, como já se esperava !!!
BREXIT
BREXIT
24/06/2016
Concluída a votação do
referendo, os britânicos vão sair da União Europeia.
Apesar de o resultado
não ser inesperado as divisões internas não podem deixar o povo britânico
satisfeito. Há o risco do Reino Unido se desagregar, a avaliar pela vontade da
Escócia e da Irlanda do Norte.
A União Europeia tem
agora um caminho a percorrer, no sentido de melhorar as políticas e assegurar o
bom funcionamento das suas instituições, para evitar o contágio a outros
estados-membros e promover a coesão.
Como primeiro resultado,
sabe-se já que os mercados bolsitas reagiram mal.
As boas relações entre
Portugal e o Reino Unido não serão afectadas. Ainda assim, já ninguém estava
habituado às limitações na circulação de pessoas, capitais e mercadorias, na
Europa.
A previsível queda da
libra esterlina e a dificuldade dos portugueses emigrarem para a Grã-Bretanha
serão questões a considerar.
A FACTURA CHEGA A TODOS
A Factura Chega a Todos
20/06/2016
Apesar
de se dizer por aí que Portugal está mais alegre, a falta de honestidade
política e a dissonância partidária não deixam o país sorrir.
Os
premiados com pequenos engodos tardam a perceber que o dinheiro não cresce nas
árvores e o que está a acontecer neste país não é uma situação nova.
Protagonistas do mesmo desígnio político já concluíram este trajecto sujo,
noutras latitudes, e as consequências foram devastadoras.
Enquanto
Portugal vai se endividando, com os juros a subirem, vale a pena rever um pouco
do seu historial, na certeza de que a factura chega a todos.
Em
2011, o governo corrompido do Eng. José Sócrates, depois de ter levado o país à
bancarrota, já em gestão corrente, viu-se obrigado a pedir e negociar a ajuda
financeira, indispensável, para o Estado não entrar em incumprimento. Em
resultado das eleições legislativas, que tiveram lugar a seguir, foi empossado
o governo da coligação PSD/CDS, cuja missão era cumprir os acordos que os
socialistas tinham assumido com as instituições que resgataram Portugal.
A
governação, super vigiada por auditores das entidades credoras, não foi tarefa
fácil e nem tudo correu sobre rodas. A austeridade, iniciada no referido
governo de Sócrates, não pôde ser removida e criou sérias dificuldades aos
portugueses. Apesar de tudo, a coligação PSD/CDS cumpriu o mandato e venceu, de
novo, as últimas legislativas. O povo premiou a mestria do Dr. Pedro Passos
Coelho, que, à frente do seu executivo, terminou o ajustamento com sucesso,
lançou novas sementes de esperança, e credibilizou Portugal.
Em
2015, a guinada política que alterou o quadro parlamentar e produziu o actual
governo, voltou a empurrar o país para os piores lugares dos rankings. Ninguém
de bom senso entende o “patriotismo” de quem apoia as facetas do líder
socialista. Não percebe a recusa do PS em aceitar e admitir, tanto a derrota
eleitoral como o seu passado tenebroso, muito menos, pode concordar com a
ousadia desta geringonça que está a reverter a consolidação que Portugal vinha
alcançando desde 2014.
Há
o risco do país não aguentar este embuste. As debilidades evidentes e o
previsível agravamento da crise na União Europeia, com a eventual saída do
Reino Unido, são motivos que devem preocupar os portugueses.
NÃO É HONROSO HIPOTECAR O FUTURO DA NAÇÃO
Não é Honroso Hipotecar o Futuro da Nação
15/06/2016
Apesar
de as taxas de juro já serem negativas, o investimento estagnou e a economia patina.
Os volumes de imparidades e de crédito malparado que fazem furor na banca e o índice
do desemprego a penalizar o rendimento das famílias comprovam a decadência.
Quando
tudo fazia crer que Portugal tinha recuperado da bancarrota de 2011, e já
estava a voltar à normalidade, foi empossado um governo, com apoio parlamentar
duvidoso, cuja acção se limita a reverter medidas, colocar boys, e a distribuir
esmolas por uma clientela determinada a estoirar os cacos que ainda restam.
Os
maus indicadores confirmam a falta de confiança dos investidores e o país
empobrece a cada dia que passa. Já há quem apele a consensos, porventura, na
tentativa de arranjar cúmplices para as contrariedades. O Primeiro-Ministro,
com a arrogância que lhe é peculiar, também entrou neste baile para dizer que o
PSD precisa de tempo.
Recorde-se
que já o anterior Presidente da República tinha lançado o mesmo apelo, noutras
circunstâncias, e, a PàF, depois de vencer as últimas legislativas, também se disponibilizou
a sacrificar a sua vitória eleitoral, para negociar um acordo de governo, em
nome do interesse nacional.
Foi
tudo recusado, com indolência e falta de sentido de estado! Toda a gente
percebeu que o “Impetuoso lutador” tinha de ser coroado, a qualquer custo.
O
PSD não precisa de tempo. No actual quadro político, tem mais do que
legitimidade para exercer oposição firme aos devaneios deste governo e já deu
provas da sua capacidade para assumir outras responsabilidades. Assim a via
democrática o requeira.
A
seu tempo, os portugueses que ainda estão apáticos, perceberão que não é honroso
hipotecar o futuro da Nação.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
CONGRESSO NACIONAL DO PS
Congresso Nacional do PS
01/06/2016
O
Congresso do Partido Socialista está marcado para os dias 3, 4 e 5 deste mês. Este
evento assume ainda mais relevância política, devido à manigância contra-natura
que esteve na base da formação do actual governo.
O
Partido Socialista perdeu as eleições legislativas e o seu líder, que já havia trucidado
o ex-secretário-geral e se arvorou em conquistador, estaria arruinado,
politicamente, não fosse a facilidade de se contradizer e se vergar perante os comités
da esquerda radical.
Nunca
antes, a falta de vergonha de um político derrotado em eleições, tinha se tornado
tão evidente.
Apesar
de o “vira-casaquismo” ser a regra de protagonistas que não prestigiam o
sistema partidário e de uma alta dirigente já ter apelado às “pessoas normais”,
o PS tem gente séria, nas suas fileiras, que não se revê na narrativa
falaciosa, traçada pelo seu líder, e acredito nas virtualidades do debate democrático.
terça-feira, 31 de maio de 2016
SANÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA
Sanções da União Europeia
18/05/2016
Por mais que alguns queiram tapar o sol com a peneira,
dizendo que as eventuais sanções da UE se devem ao desempenho do governo
anterior, os factos são incontornáveis e os dados estatísticos falam por si.
Com todas as dificuldades, também sofridas
pelos portugueses, Portugal recuperou da bancarrota de 2011. Baixou o défice de
11 para menos de 3%. E, em 2015 já havia sinais de esperança.
Se agora há problema no défice é devido às
opções da geringonça, nomeadamente com a oferta do Banif.
Não
acredito que as dúvidas da UE tenham a ver com o governo anterior, cuja
execução mereceu reparos positivos de diferentes quadrantes. Só em Portugal,
alguns, não entenderam que uma situação de insolvência trás sacrifícios.
Na
minha opinião, as actuais preocupações das instituições europeias residem na
falta de garantias e no descrédito do actual governo da geringonça, cujas
previsões falharam, como já se esperava !!!
FUNDOS DO PORTUGAL 2020
Fundos do Portugal 2020
15/05/2016
A
partir deste mês, as Autarquias têm uma pilha de massa à sua disposição.
E,
em Albufeira, … quais sãos os projectos?
Têm
havido sessões de esclarecimento, dirigidas ao tecido empresarial, mas a grande
carência prioritária é de investimento público.
No
contexto do turismo, Albufeira precisa de melhorar as condições do produto, para
a marca agradar, ainda mais, aos seus visitantes e contagiar investidores.
O
grande volume de taxas e impostos que é gerado no concelho, mormente devido à
vocação turística, não pode deixar de justificar esta prioridade.
Reitero
a vantagem que era a Autarquia ter indagado, na panóplia de fundos, os que lhe
assentam melhor, e já ter submetido projectos a consulta pública e à apreciação
das entidades tutelares, respectivas, para estar agora em condições de apresentar
candidaturas.
Muitos
dos bloqueios que atrofiam o concelho eram ultrapassáveis se houvesse
pragmatismo. O processo público é, por norma, moroso e os passos inerentes à responsabilidade
da Autarquia já deviam ter sido dados. Por sua vez, a iniciativa privada, que
tem outra agilidade, conseguia fazer a sua parte, em tempo útil, com mais
garantias de sucesso.
Ainda
está tudo em aberto. Porém, o tempo não pára e há o receio de Albufeira não aproveitar
a oportunidade de desenvolver o seu território e comprometer o futuro da sua
economia.
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