sábado, 17 de dezembro de 2016

Candidatura para a Câmara de Lisboa
17/12/2016
ONTEM,  num fórum de diálogo sobre texto de António Almeida, relacionado com uma candidatura de Passos Coelho à Câmara de Lisboa escrevi: "O PSD tem se entendido bem com o CDS/PP. Nesta perspetiva julgo que a melhor forma de ultrapassar a questão de Lisboa seria negociar coligação e apoiar, sem complexos, a candidatura de Assunção Cristas que se chegou à frente. Dividir votos não garante a derrota de Medina que está instalado. Por outro lado, um eventual mau resultado do PSD isolado teria pior efeito político". HOJE, vi na primeira página de um jornal que o PSD quer negociar apoio a Assunção Cristas. No meu entender é uma boa decisão e estou convencido que vão-se entender. Assunção Cristas foi uma excelente ministra no governo de Passos Coelho e com este reforço tem condições para vencer Medina. O PS dá tudo aos partidos à sua esquerda, não vejo nenhum inconveniente que o PSD conjugue esforços com o seu parceiro natural. Não deve haver complexos nesta matéria. A eleição de Assunção Cristas para Lisboa, nestas condições, será uma vitória, também, para o PSD e para Passos Coelho.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A Selecção de Potenciais Autarcas

16/12/2016
Antes de os munícipes serem chamados a exercer o dever de votarem nas eleições autárquicas, há escrutínios no âmbito das candidaturas que deviam revestir-se de maior importância no processo democrático da política local.
Normalmente são os presidentes das comissões de secção concelhia dos partidos e os líderes de grupos independentes que encabeçam as listas dos respectivos candidatos a sufrágio autárquico.
Porém, para um independente se candidatar tem de reunir um elevado número de assinaturas, enquanto as secções concelhias dos partidos, ao abrigo dos estatutos, emitem credenciais “descredibilizadas”.
É um facto que os escrutínios engendrados, a partir de assembleias de secção pouco representativas, não garantem uma boa selecção de potenciais autarcas.
Pode dizer-se que o problema está na falta de cidadania e na fraca apetência para a filiação partidária. Outros, porventura não menos assertivos, dirão que a culpa é dos líderes locais que sonegam a existência e o funcionamento das representações partidárias, para mantê-las distantes da pertença popular.
A dignidade dos partidos políticos depende, essencialmente, da postura dos líderes, nos diferentes níveis das respectivas cadeias organizacionais, e da sua vontade de angariar aderentes para a causa democrática.       

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Portugal Está na Moda

30/11/2016

De acordo com as condições naturais do país, e a avaliar pelos indicadores, o bom desempenho do sector do turismo tem-se vindo a consolidar e esta realidade não pode ser tratada como mera questão conjuntural.

Portugal está definitivamente na moda. Os visitantes mostram-se satisfeitos com a oferta cultural, histórica e gastronómica, para referir apenas algumas valias. E, no aspecto climático, cuja apetência transforma as praias em molduras humanas, bem recheadas, a pujança é mais que evidente.

A acrescentar às condições enunciadas, é preciso considerar a segurança que tem de continuar a ser preservada. Não nos podemos esquecer que este aumento do turismo se deve, também, à insegurança de outros destinos concorrentes.

Apesar da boa performance, há lacunas que mereciam uma atenção especial das autoridades oficiais do sector. Destaco o conceito “all inclusive”, tal como está formatado, que devia ser consignado, apenas, a unidades isoladas ou afastadas dos centros urbanos. 

O Algarve, cuja valência principal é a sua costa virada a sul, com potencialidades magníficas, para o turismo de praia, e condições excepcionais, nomeadamente, para a prática do golfe, afirma-se cada vez mais como destino de referência nacional e internacional, com uma oferta diversificada de serviços de qualidade, inequívoca, que já evidencia algum esbatimento da sazonalidade.

Ainda, em relação ao Algarve, é justo referir que para além da competitividade ser potenciada, também, por voos “LowCost” e pelo esforço dos empresários que ratearam margens para apresentar tarifários promocionais, o incremento dos fluxos, mormente de Espanha, deve-se ao trabalho que foi iniciado, pelo Senhor Presidente do Turismo do Algarve, ainda, quando era Presidente da Câmara Municipal de Albufeira.


De facto, os périplos protagonizados por Desidério Silva, desde sempre dignos do meu apoio explícito e documentado, têm produzido prémios e mais-valias para Albufeira e para a Região.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O Caneiro da Baixa

21/11/2016

Tenho ouvido vários relatos acerca do caneiro que é responsável pelas inundações da Baixa de Albufeira. Uns dizem que foi obstruído, com as obras da Polis, outros criticam o uso de condutas ou manilhas. Arrisco-me a pensar que nem uns nem outros têm razão.

Apesar de achar que o Programa Polis descaracterizou a cidade, nalguns aspectos, não acredito que tenha deixado os canos entupidos. Depois da cheia é que a lama das limpezas, em período de tempo seco, terá se solidificado. Por outro lado, as manilhas redondas concentram o fluxo que arrasta detritos.

Por mais voltas que se dê não se pode ignorar que o problema está na cota, cuja correnteza de escoamento vai ficando cada vez mais limitada, devido à subida do nível do mar. Aliás, o assoreamento inerente já obrigou a retirar toneladas de areia do ramal do Pontão tal como foi dito, há dias, publicamente.

O problema da baixa deve ser encarado, com realismo, tendo em conta a obstinação do mar. As bombas podem aliviar algumas inundações, numa primeira fase, mas duvido que produzam efeito no futuro.


Do meu ponto de vista, o plano de drenagem que inclui um túnel novo, não é sustentável por estar desajustado das causas e dos objectivos. O tempo acabará por deslindar as teimas nesta matéria.  

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Albufeira Carece de Ser Interpretada

17/11/2016

Na sequência do evento trágico do ano passado, está a ser elaborado um plano de drenagem, que envolve esforço financeiro elevado, e é estranho que os albufeirenses não se mostrem interessados em debater o assunto.

Neste contexto, Albufeira tem dois problemas distintos que podem se inter-relacionar em situações de catástrofe.

Numa lógica de prioridades diria que o primeiro problema é as inundações da baixa. Nas condições actuais, duas horas de chuva intensa no perímetro da cidade é quanto basta, para o caos se instalar, e a tendência é para piorar uma vez que o nível do mar não pára de subir. É uma questão de tempo, mas a água salgada acabará por entrar e duvido que a drenagem da baixa possa ser regulada com bombas elevatórias.      

O segundo problema é as imprevisíveis cheias da Ribeira. Já em 1948, 1949 e 1956, terá ficado comprovado que o túnel existente não se mostrava eficaz em situações extremas. Todavia, a insuficiência seria superada com a barreira do eixo viário, se a obra fosse executada para reter fluxos anormais. E, ainda, com a limpeza da ribeira, retenções monitorizadas a montante, e desvios colaterais para haver infiltração no solo do bem precioso que tantas vezes escasseia. Julgo que a cheia de 01 de Novembro de 2015 não teria acontecido, se este quadro tivesse sido cumprido e, nesta base, discordo da opção de um túnel novo.

Quase sempre, culpa-se o poder político pelos desastres. Mas, normalmente, as causas provêm de más avaliações técnicas.

Como cidadão atento, com Albufeira no Coração, não tenho dúvidas que o Executivo Camarário está interessado em resolver os problemas. Ainda assim, receio que o enfoque se centre no desafogo financeiro e que a baixa da cidade não esteja a ser tratada, com o pragmatismo que devia, para evitar as surpresas do mar, no futuro.    

Albufeira carece de ser interpretada. Foram executadas obras desconexas que precisam de reabilitação, para a cidade melhorar as infra-estruturas e tirar partido, nomeadamente, das excelentes potencialidades para o turismo.


É de realçar o conjunto de obras de manutenção e arranjos que estão em curso. Contudo, atendendo ao bom momento financeiro, e à possibilidade de candidatar projectos aos Fundos Estruturais, renovo a minha sugestão à Autarquia, para escutar os conselhos e fazer o seu trabalho de casa. A sua demora em comprovar a existência de um plano estratégico, coordenado e equilibrado, para o investimento público que é absolutamente necessário, compromete a projecção de Albufeira, como marca turística incontestável, e limita o desenvolvimento do concelho que precisa de diversificar a base da sua economia.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Dívida Pública

11/11/2016

Os líderes da esquerda radical evocam o esforço dos juros da dívida, mas é preciso acrescentar que a economia não cresce e que o encolhimento do défice é conseguido à custa de carga fiscal e empobrecimento.

Apesar da controvérsia das sanções, Portugal saiu do procedimento de défice excessivo em 2015. É justo referir que em 2011 o défice estava nos 12% do PIB e em 2015 fixou-se nos 2,98%, com o investimento e a economia a crescerem.

A esquerda censura os juros, mas o que a geringonça sabe fazer é contrair mais dívida. Em 9 meses, aumentou mais do dobro que durante 2015.   

Não é por acaso que as Agências de Rating, à excepção da DBRS, mantêm a notação de lixo. E, em função do risco inerente às políticas implementadas por este governo, cujos objectivos têm sido, normalmente, desacreditados e revistos em baixa, as altas taxas de juro são ultrapassadas, apenas, pela Grécia.

Depois falam de renegociação. Mas o governo anterior fez roll-overs de dívida e renegociou maturidades e taxas de juro. E, ainda, antecipou pagamentos ao FMI, enquanto a geringonça satisfaz a clientela e difere responsabilidades.

Considerando o nível do endividamento e a necessidade de continuar a ir aos mercados não é oportuno reclamar. O governo e os seus parceiros entraram na dança das facilidades, quando deviam ter aproveitado a herança, usando os recursos com mais racionalidade.   


Oxalá o BCE não suba as taxas de juro ou, no limite, não feche a porta aos títulos da dívida que Portugal vai ter de continuar a emitir.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O insólito Aconteceu nos Estados Unidos.

09/11/2016

Hoje, enquanto Hillary é consolada por Bill e prepara o discurso prometido, Donald faz a festa da vitória.

TRUMP, Presidente, é a demonstração do descrédito da classe política. A Europa também sente o mesmo problema e o Brexit, do Reino Unido, é disso um bom exemplo.

A globalização e os acordos do comércio internacional alteraram as regras e criaram mais complicações do que benefícios. Deslocalizações, desemprego em massa, e desconforto social. Apenas os países asiáticos e o leste europeu, com populações mal remuneradas, beneficiaram.


A China dá cartas na indústria, no comércio e exporta para todo o lado. Faz aquisições das dívidas de outros países e, se não se desenhar uma nova ordem, controla o mundo dentro de poucos anos.    

sábado, 5 de novembro de 2016

Plano de Drenagem de Albufeira

05/11/2016


Há quase cem anos atrás, numa luta contra o mar, foi obstruída a Foz da Ribeira de Albufeira e os fluxos passaram a ser encaminhados pelo túnel existente, perfurado nessa altura, também, para aliviar o desemprego que se verificava.

A batalha braçal foi ganha e o mar acobardou-se sem reclamar direitos. Contudo, sempre que o caudal da ribeira ultrapassou a capacidade do túnel, houve cheias na baixa da cidade.

Entretanto, as condições mudaram. O aquecimento global traduz a subida do nível do mar e o clima parece ser menos influenciado pelo anti-ciclone dos Açores. A frequência de massas de ar com maior densidade atmosférica torna-se propícia a situações de precipitação, localizadas, com grande intensidade.

Naturalmente consciente da realidade do clima e dos problemas que advêm da cota muito crítica da baixa, a Autarquia mandou elaborar um plano geral de drenagem.

Não é fácil de digerir a informação técnica que já foi transmitida, e, apesar do plano ainda estar numa fase de estudos, percebe-se que a opção é um túnel novo com 5 metros de diâmetro da Ribeira para o Mar.

Acredito que a infra-estrutura resolva o problema das imprevisíveis enxurradas da Ribeira, ainda assim, não deixa de ser legítimo questionar a eficácia do referido plano que implica num grande esforço financeiro.

Se considerarmos a lógica da cidade se ligar ao Porto de Abrigo/Marina, por frente de mar, percebe-se que era vantajoso orientar a descarga do túnel para o Pau da Bandeira, a nascente do Pontão. As distâncias são semelhantes. 

Independentemente das contingências da Ribeira, a nova realidade climática e a subida do nível do mar deixam antever o risco acrescido da baixa ficar de molho. O plano contempla sistemas de bombagem, mas em situações de chuvadas prolongadas, como se verificou o ano passado, duvido que seja possível evitar inundações, porventura, desastrosas se houver avarias.  


Sabendo que a água salgada já passou por ali, arrisco-me a pensar que o mar ainda pode vir a redesenhar a foz da ribeira com intenção invasora. Quer isto dizer que, mesmo que o plano de drenagem seja concluído e implementado, os problemas da baixa de Albufeira não ficam resolvidos. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O Risco da Baixa Ficar Submersa

26/10/2016

Está a fazer um ano que Albufeira viveu momentos difíceis com a intempérie que se abateu no concelho. Choveu, ininterruptamente e com intensidade, durante cerca de 12 horas. Apesar de invulgar, a mesma situação de calamidade pode repetir-se em qualquer altura no período das chuvas.

Nesta perspectiva, não é de mais voltar a aconselhável desvios colaterais e represas, a montante, para controlar os fluxos da Ribeira que deve estar limpa e desobstruída, antes das primeiras chuvas.

Há quem diga que a solução está a ser trabalhada e é eficaz. Outros falam num túnel novo, cujos estudos já estão em marcha. É estranho que, mormente esta hipótese explícita, altamente dispendiosa, ainda, não tenha sido colocada à discussão pública.

O risco da baixa ficar submersa não é, proeminentemente, por culpa da Ribeira ou insuficiência do túnel já existente. Na última ocorrência de há dias, a Ribeira não trazia água. Ainda assim, houve inundações e as consequências só não foram piores porque a maré estava vazia. Com base nestes dados, investir noutro túnel seria enterrar recursos para resolver coisa nenhuma.       

O nível do oceano está a subir e o ramal de descarga do pontão, sujeito a assoreamento, começa a ser uma via de retorno com a maré-alta. Por outro lado, as águas pluviais, nomeadamente, dos Cerros do Malpique e Alagoa que atingem a baixa, constituem um problema grave.

Não há muito a fazer, para além de rever o planeamento urbanístico e permeabilização de solos, dar atenção à limpeza das sarjetas e tubagens, e fazer eco dos alertas meteorológicos.

Esta realidade torna-se, cada vez, mais evidente e tem de ser encarada com seriedade, pelas entidades responsáveis. É elementar que os proprietários de prédios na baixa sejam devidamente elucidados, sobre os riscos, com vista a acautelar património.


Relacionado com esta matéria, aconselho a leitura de: “O Tempo Acabará por Pintar um Quadro Irreversível”, publicado em Out. de 2014. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Muita Massa e Pouca Obra.

24/10/2016

Diz-se por aí que o excedente de recursos financeiros do Município de Albufeira se deve às boas práticas de gestão. Não duvido da capacidade e da ambição do executivo camarário, mas, como observador atento e defensor da minha terra, parece-me ilegítima a falta de melhoramentos em tempo de abastança. É caso para dizer “muita massa e pouca obra”. 

A disponibilidade acumulada, indiscutivelmente, mais favorável do que outra posição de sinal contrário, também é o resultado da incapacidade organizacional que, por vezes, a Autarquia deixa transparecer. O mal vem de trás e não é a primeira vez que abordo o assunto. (Blogue Albufeira no Coração, Políticas Sectoriais – Área Administrativa e Serviços Técnicos, Março de 2005).

A credibilidade dos orçamentos e o trabalho dos Executivos, dependem da assistência administrativa e de assessores, hábeis a simular projecções e a analisar a evolução de dados. O prognóstico que conduziu o Município a ser resgatado, ao abrigo do PAEL, não se enquadra nestes pressupostos.

Considerando a robustez financeira e a possibilidade da Autarquia candidatar projectos aos Fundos da União Europeia, é confrangedor verificar a ausência de reivindicações, fundamentadas, que já deviam ter sido endereçadas às tutelas responsáveis pelo tipo de investimento público que Albufeira carece.


Não adianta exaltar a boa performance do turismo, sem analisar as contas de resultados das empresas. Apesar de tudo, ainda há margem para o concelho potenciar a competitividade, e melhorar o desempenho da sua economia, desde que a vontade política se conjugue nesse sentido.       

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

As Portas Tardam em se Abrir.

20/10/2016

Ao verificar o surto de visualizações, apraz-me manifestar o meu agrado pelo interesse dispensado e esclarecer os motivos que norteiam as publicações.  

Na base da liberdade democrática, o objectivo tem se pautado, essencialmente, por tornar claras as situações que, na minha opinião, emperram e estorvam o desenvolvimento do nosso concelho. Há assuntos, mormente do foro político, que mereciam ser tratados e discutidos num âmbito mais restritivo. Contudo, as portas tardam em se abrir e, nestas condições, é legítimo o atrevimento.

Não sou dono da verdade e valorizo o trabalho digno de quem decide ou governa. Porém, como adepto do diálogo e conhecedor das lacunas da terra que me viu nascer, sou apologista de que os contributos deviam ser, no mínimo, valorizados e discutidos.

Ao contrário do prognosticado “défault”, na Instituição com a incumbência de cuidar dos destinos da nossa terra, percebe-se que o excedente financeiro, apenas, se reforçou. Nestas circunstâncias, os dirigentes não tinham de recear os anseios da sociedade civil. Dispunham dos meios para se notabilizarem, tanto no plano político como nos aspectos que têm a ver com o desenvolvimento económico e social do concelho.


A um ano das eleições autárquicas, ainda é possível reagrupar o potencial social-democrata. Todavia, acredito mais no resultado prático de uma mudança de atitude política do que na opulência dos milhões da Autarquia. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

STOCK FINANCEIRO ELEVADO

Stock Financeiro Elevado.

10/10/2016

Há quem diga que o Município de Albufeira tem actualmente um stock financeiro elevado. Não sei se é boa ou má notícia. Depende da óptica de cada um e, em última análise, da gestão imprimida. 

Apesar da opulência, não houve investimento público capaz de responder às necessidades e o tempo que falta, para concluir o ciclo, não é suficiente para superar a lacuna.

Determinado a influenciar o futuro da nossa terra, aproveito para ilustrar, sem legendas nem memória descritiva, o esboço artesanal da infra-estrutura que venho defendendo desde que foi operada a transfega das terras férteis da Várzea da Orada para um baixio oceânico a poucas milhas da linha de costa.

Este projecto, várias vezes referido, abordado com mais detalhe, em Abril de 2015, no documento “Manifesto Albufeira no Coração”, por sua vez, publicado no blogue: www.albufeiranocoracao.blogspot.pt, sanava o estrangulamento da frente de mar, acrescentava valor ao produto, e era estruturante para o desenvolvimento da cidade e do concelho.



O turismo tem tido um bom desempenho, mas não nos iludamos. Esta performance
 deve-se, essencialmente, à insegurança que é sentida noutros destinos concorrentes.

Nestas circunstâncias, a marca Turismo de Albufeira não pode afrouxar o enfoque na competitividade e limitar a evolução do produto à folga financeira. Aliás, a complexidade e a dificuldade de negociar compromissos e de obter pareceres das respectivas tutelas, justificavam que a Autarquia já tivesse concluído os trabalhos que antecedem a candidatura dos projectos aos Fundos do Portugal 2020.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A DERROCADA DA HEGEMONIA POLÍTICA


A um ano das eleições autárquicas, os dirigentes que têm se revezado, em Albufeira, denotam algum nervosismo. Fizeram tudo, para afastar a população social-democrata da política. O último “atentado” terá sido praticado em 15/07/2016, na “eleição” das listas para os órgãos da Secção, mais uma vez às escondidas.

Não tive dúvidas que o desassossego acabaria por bater-lhes à porta. Agora, terão de se confrontar com os erros que cometeram e mudar a sua atitude, sob pena de serem os únicos responsáveis por qualquer resultado eleitoral, menos favorável, que o PSD venha a obter no concelho.

Para a narrativa ficar mais clara, vale a pena enunciar alguns acontecimentos que se sucederam:

1 – Por volta do ano 2010, num plenário da Assembleia Municipal, terá sido aprovada uma moção para não haver derrama pública e aumento de IMI, o que já deixava antever quem se preparava para candidatar-se a Presidente da Câmara, em 2013. Isto não é uma crítica. O desencontro, entre órgãos emanados da mesma família política, foi relevante, mas não havia nada de mal e concordei na altura.

2 – Em 2012, já o efeito prático da moção aprovada tinha se perdido e o IMI subia, provavelmente, por força da negociação do resgate da Autarquia ao abrigo do PAEL. Com as portas da política fechadas, ainda, desenvolvi esforços para apresentar, pessoalmente, a minha preocupação sobre o assunto. Porém, o meu interlocutor não compareceu a 2 encontros marcados, possivelmente, por motivos de agenda.

3 – A ajuda no valor de 17 milhões de euros, recebida por volta do verão de 2013, foi ilegítima. Constituiu um embuste para os munícipes e terá permitido à Autarquia ficar fora do ajustamento que seria lógico em tempo de crise. Como consequências, a perda de 3 vereadores nas eleições de Setembro de 2013 e a derrocada da hegemonia política que o concelho vivia.

4 - O divórcio político sedimentou-se de tal forma que, apesar do apelo a seguir às eleições, não se vislumbrou nenhuma iniciativa para unir a família social-democrata do concelho.  

5 – Não acredito que tenha sido por má-fé, mas o resgate representou o pior da gestão financeira. Apesar de a maturidade ser de 20 anos, o empréstimo respectivo foi pago, integralmente, antes do fim de 2014, ou seja, 18 meses depois de ter sido concedido. Nestas condições, é fácil de perceber que a ajuda era dispensável. E, para que não restem dúvidas, em Abril de 2015 a Autarquia instruiu a banca para fazer aplicações financeiras ou efectuar depósitos a prazo, em seu nome, no valor (global?) de 12, 5 milhões de euros

6 – Sendo que nos últimos 3 anos não houve investimento público, a Autarquia terá hoje os cofres cheios e essa disponibilidade está na mira dos eleitores. O seu uso vai ser escrutinado, durante o último ano do ciclo eleitoral, e o resultado reflectir-se-á nas urnas.

O que acabo de expressar de forma frontal, não é a repetição de queixinhas ou frustrações. São tópicos de questões sérias que merecem ser aprofundadas e debatidas. Aliás, sempre disse que Albufeira precisa muito de diálogo e análise pragmática. Uma questão actual que requer ponderação fina é a ideia do túnel da ribeira para o mar, cujos estudos já pesam no orçamento e a obra efectiva custaria muitos milhões, se viesse a ser realizada, um dia, para resolver coisa nenhuma.


A primazia perdida e alguma falta de humildade política têm de dar lugar a outra atitude, dialogante e descomplexada, para a Secção do PSD crescer e a Autarquia ser protagonista de proa em investimento público, estruturante, de modo a que o concelho possa aproveitar o potencial turístico, diversificar a base da sua economia e melhorar na vertente social.  

BLOGUE ALBUFEIRA NO CORAÇÂO


Nestes dias, o meu blogue tem andado muito bem em termos de visualizações.

A arrogância que não permitiu dar a devida atenção aos apelos e sugestões, no passado, estará agora a ser quebrada por quem se auto encurralou e demorou demasiado tempo a espevitar.

Já em 15/07/2016, cumprindo com a lógica dos estatutos, a mesma facção ainda terá cometido o último “atentado local” à transparência democrática.


Não será fácil contornar os estragos e, desta vez, ninguém quererá ser lisonjeado com presentes estragados. Ainda assim, ceio que os militantes e simpatizantes social-democratas do concelho estarão prontos para voltarem a confiar nos seus dirigentes se estes mostrarem outra atitude de maior dignidade.

sábado, 24 de setembro de 2016

A CEDÊNCIA DE VOTOS LARANJA


A Cedência de Votos Laranja.

20/09/2016

Nas últimas eleições autárquicas, uma boa parte do eleitorado social-democrata do concelho colocou o voto, intencionalmente, em campo neutro.

Como consequência, o PSD-Albufeira elegeu menos três vereadores, o que se traduziu numa derrota, supostamente, transitória.

A cedência de votos laranja pressupunha outro desfecho. Porém, a beneficiária terá preferido honrar a neutralidade e os interesses políticos não se conjugaram.
Por outro lado, os dirigentes não deram atenção ao apelo, para unir a família social-democrata do concelho, e, passados três anos, o desnorte é evidente.

Nestas circunstâncias, mais do que observar estatutos, a Secção Concelhia precisa reeditar o processo da renovação democrática, com transparência, e ajustar-se a uma dinâmica de diálogo que inclua balanço da gestão autárquica e análise de dados para a agenda futura.


Se as debilidades do PSD-Albufeira não merecerem outro pragmatismo, a supremacia social-democrata do concelho corre o risco de ser mais prejudicada. 

A NARRATIVA DAS SONDAGENS


A Narrativa das Sondagens

17/09/2016

Das duas, - Uma. Ou a narrativa das sondagens de opinião é falsa, ou há muita gente que gosta de ser enganada, neste país.

A realidade é que o golpe constitucional, após as legislativas de 2015, não permitiu continuar a aliviar os danos da pré-bancarrota, socialista, e a actual solução governativa está a endividar e a empobrecer Portugal.

Os indicadores falam por si e só se engana quem está distraído. Há muitos simpatizantes e militantes socialistas que também não se revêem neste PS e na atitude do seu líder.   

A acreditar na capacidade dos portugueses, os resultados das sondagens são uma miragem e estou convencido que o chefe da geringonça, derrotado nas legislativas, vai ser mais penalizado nas próximas eleições, ainda, sem data marcada.


Recordo que no final de Maio de 2011, as sondagens, para as legislativas, davam uma margem favorável ao PSD de 2 a 2,5 por cento. Realizado o acto, a seguir, no dia 7 de Junho, e a superioridade fixou-se nos 10,5%. 

PORQUÊ TANTA OCULTAÇÃO?



Porquê Tanta Ocultação?

15/09/2016

Tal como já afirmei noutros momentos, as insígnias do Partido Social Democrata ganham traças no baú e a população de Albufeira desconhece a morada física da respectiva representação partidária.

A sonegação que tem comprometido o crescimento do Partido, no concelho, também está a quebrar a vivacidade e a omitir o encorajamento político que devia ser endereçado ao líder nacional, neste período controverso.

Apesar de tudo, o convite à militância, formulado por um dirigente local, na página virtual, pode suscitar o diálogo online e promover o debate político que o concelho precisa. Falta, apenas, os porta-vozes de serviço darem o pontapé de saída e mostrarem-se receptivos às publicações dos visitantes.


A haver uma estratégia política, no meio de tanta ocultação, devia ser explicada aos eleitores, para o PSD não sofrer mais danos em Albufeira.

OS MUNÍCIPES TÊM DIREITO Á INGNINAÇÃO



“Os Munícipes têm Direito à Indignação”.

03/08/2015

Há já alguns dias, um cidadão “genuíno” de Albufeira, veio dizer aqui, no Facebook, que a cidade está suja e tem buracos. E acrescentou que, ainda assim, se fala de turismo de qualidade.

Apesar de a apologia se encaixar no sentimento que está generalizado, veio a terreiro um membro de órgão autárquico, manifestamente, com a intenção de reprimir a queixa. O objectivo terá sido atingido, uma vez que o post e o fórum de diálogo não tardaram a ser removidos ou expurgados.

Antes do apagão se consumar raiou outro conterrâneo que, apesar de viver no estrangeiro, conhece o historial da sua terra e alvejou dúvidas sobre eventuais ocorrências estranhas que não mereceram atenção no passado.

Nunca é tarde de mais para se avaliar o percurso conturbado da nossa terra e este diálogo não tinha de se tornar indigno. Não cito nomes, mas creio que a disputa terá sido observada, também, por outros albufeirenses.

O senhor autarca perceberá que os munícipes têm direito à indignação. Em nenhuma circunstância, pode ser-lhes negada a liberdade de se exprimirem acerca das lacunas da nossa cidade.

Aparentemente, pretendeu defender a lisura de protagonistas de outros tempos e achou que as queixas deviam ser dirigidas à Assembleia Municipal, como aludiu. Não tinha de dar o corpo às balas, neste espaço, e ficava-lhe bem ter-se resguardado e abstido de comentários que enfurecem, ainda mais, a população.


A sua intervenção não apaziguou nem clarificou os aspectos da contenda. E, do ponto de vista político partidário, quedou-se por inadequada e inoportuna.    

AS SANÇÕES DA UNIÃO



“As Sanções da União”.

26/07/2015

A novela das sanções está em marcha e as Instituições Europeias mostram-se determinadas a fazer cumprir as regras.

Apesar da injustiça, Portugal não se livra do descrédito inerente.

Não está em causa o desempenho do governo anterior nem as décimas do défice de 2015. As medidas que eventualmente vierem a ser imputadas a Portugal, resultam do facto do governo actual não defender o interesse nacional e da irresponsabilidade de reverter reformas.

Quando o poder foi assaltado, no último trimestre de 2015, o país não tinha condições para a geringonça conceder todos os privilégios, à sua clientela, numa assentada.

Perante estes factos a desconfiança instalou-se, o investimento amainou e a economia estagnou, interrompendo a recuperação que já se fazia notar. Os dados são conhecidos e podem ser analisados por quem ainda tem dúvidas. 

Os próximos tempos vão ser de grande expectativa. Vamos ver qual será a atitude das Agências de Rating, nomeadamente da DBRS (canadiana), e os comportamentos, nomeadamente, do BCE e dos mercados onde Portugal precisa de se financiar.


Há o risco do esforço de quatro anos ir por água abaixo e dos portugueses serem chamados, de novo, para pagar os devaneios de um governo que opta pela estatização e já ameaça a Comissão Europeia.     

quinta-feira, 30 de junho de 2016

PORTUGAL PRECISA DE LIMPAR O LIXO DE DÉCADAS


“Portugal Precisa de Limpar o Lixo de Décadas”

30/06/2016

O desencanto dos portugueses, em relação aos partidos políticos, não será dos estatutos, mas é por estas estruturas agregarem protagonistas oriundos de um povo com especificidades próprias.

Depois da revolução, na maioria das vezes que alguns foram chamados, pela via democrática, ou se apoderaram da confiança dos eleitores, e tomaram o poder, não atingiram o nível do desempenho que a Nação merecia e o povo aspirava.

Por que será?

A democracia, para ter maior eficácia, precisava de ser trabalhada e vivida com transparência. Por sua vez, os partidos políticos são um pilar fundamental e as suas dinâmicas tinham de ser escrutinadas com rigor. As condutas internas nem sempre têm sido eficientes e há atitudes que merecem reflexão. É preocupante que algumas representações partidárias tenham sido ofuscadas das populações e sejam dominadas por clãs fechados cujos interesses suscitam dúvidas.
Portugal precisa de limpar o “lixo” de décadas, para ganhar credibilidade e ter condições de enfrentar tempos, porventura, ainda mais difíceis. As debilidades da sua economia, a dívida externa, o terramoto do Brexit, e as incertezas do ideal europeu, são questões que deviam motivar os portugueses. Neste sentido, justifica-se apelar aos cidadãos, com sentido de pertença democrática, para exigirem reformas e rejeitarem a inteligência pacóvia que já desvaneceu a emancipação política e está a roubar a dignidade dos partidos.


  

O TERRAMOTO DO BREXIT

“O Terramoto do BREXIT”

27/06/2016

O resultado do referendo no UK veio revelar o défice político da democracia mais antiga e a inépcia da maioria de britânicos que não percebeu as vantagens de um sistema organizacional europeu, para fazer face ao mundo actual.

No plano interno, vão ter de se confrontar com a instabilidade que a decisão já provocou, sem o suporte da União, e poderão, ainda, ser alvo de políticas restritivas com repercussões nas suas vidas.    

Mas o terramoto do BREXIT extravasa fronteiras e as populações dos outros Estados também serão afectadas. A União ficou mais pobre e deixa de poder colocar o interesse da economia europeia na agenda dos fóruns mundiais.
 
Portugal mantém relações com o Reino Unido, baseadas numa aliança de séculos que interessa preservar. Porém, como estado-membro, não está imune aos acordos que vierem a ser estabelecidos entre as Instituições da União e o Governo Britânico.

Oxalá os emigrantes portugueses continuam a usufruir dos mesmos direitos dos britânicos.

Quanto ao Algarve, cuja economia está muito exposta ao Reino Unido, devido ao turismo, estou convencido que os importantes fluxos britânicos, que procuram a Região durante todo o ano, não estão postos em causa. Por outro lado, não haverá impedimento para as Autoridades Nacionais atribuírem títulos de residência aos cidadãos britânicos que optaram ou venham a optar por viver no Algarve.

Numa primeira análise, a instabilidade cambial, com a libra esterlina a perder face ao euro, vai fazer mossa e terá repercussão no desempenho da economia, previsivelmente, sem peso para a balança comercial. 

Já li um boletim informativo, em inglês, difundido por “All Finance Matters”, para esclarecer os seus clientes britânicos, em Portugal, sobre as consequências do BREXIT. Parece-me estranho que as entidades algarvias; públicas, privadas, e até de cariz político, ainda, não tenham se dirigido, de forma visível, à população e aos agentes económicos, para esclarecerem acerca das implicações deste revés europeu, e do que pode ser prevenido, para evitar males maiores

SANÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA

Sanções da União Europeia

18/05/2016

Por mais que alguns queiram tapar o sol com a peneira, dizendo que as eventuais sanções da UE se devem ao desempenho do governo anterior, os factos são incontornáveis e os dados estatísticos falam por si.

Com todas as dificuldades, também sofridas pelos portugueses, Portugal recuperou da bancarrota de 2011. Baixou o défice de 11 para menos de 3%. E, em 2015 já havia sinais de esperança.

Se agora há problema no défice é devido às opções da geringonça, nomeadamente com a oferta do Banif.

Não acredito que as dúvidas da UE tenham a ver com o governo anterior, cuja execução mereceu reparos positivos de diferentes quadrantes. Só em Portugal, alguns, não entenderam que uma situação de insolvência trás sacrifícios.


Na minha opinião, as actuais preocupações das instituições europeias residem na falta de garantias e no descrédito do actual governo da geringonça, cujas previsões falharam, como já se esperava !!!

BREXIT

BREXIT

24/06/2016

Concluída a votação do referendo, os britânicos vão sair da União Europeia.

Apesar de o resultado não ser inesperado as divisões internas não podem deixar o povo britânico satisfeito. Há o risco do Reino Unido se desagregar, a avaliar pela vontade da Escócia e da Irlanda do Norte.
 
A União Europeia tem agora um caminho a percorrer, no sentido de melhorar as políticas e assegurar o bom funcionamento das suas instituições, para evitar o contágio a outros estados-membros e promover a coesão.
Como primeiro resultado, sabe-se já que os mercados bolsitas reagiram mal.
As boas relações entre Portugal e o Reino Unido não serão afectadas. Ainda assim, já ninguém estava habituado às limitações na circulação de pessoas, capitais e mercadorias, na Europa.

A previsível queda da libra esterlina e a dificuldade dos portugueses emigrarem para a Grã-Bretanha serão questões a considerar.

A FACTURA CHEGA A TODOS

A Factura Chega a Todos
 
20/06/2016

Apesar de se dizer por aí que Portugal está mais alegre, a falta de honestidade política e a dissonância partidária não deixam o país sorrir. 

Os premiados com pequenos engodos tardam a perceber que o dinheiro não cresce nas árvores e o que está a acontecer neste país não é uma situação nova. Protagonistas do mesmo desígnio político já concluíram este trajecto sujo, noutras latitudes, e as consequências foram devastadoras.

Enquanto Portugal vai se endividando, com os juros a subirem, vale a pena rever um pouco do seu historial, na certeza de que a factura chega a todos.

Em 2011, o governo corrompido do Eng. José Sócrates, depois de ter levado o país à bancarrota, já em gestão corrente, viu-se obrigado a pedir e negociar a ajuda financeira, indispensável, para o Estado não entrar em incumprimento. Em resultado das eleições legislativas, que tiveram lugar a seguir, foi empossado o governo da coligação PSD/CDS, cuja missão era cumprir os acordos que os socialistas tinham assumido com as instituições que resgataram Portugal.

A governação, super vigiada por auditores das entidades credoras, não foi tarefa fácil e nem tudo correu sobre rodas. A austeridade, iniciada no referido governo de Sócrates, não pôde ser removida e criou sérias dificuldades aos portugueses. Apesar de tudo, a coligação PSD/CDS cumpriu o mandato e venceu, de novo, as últimas legislativas. O povo premiou a mestria do Dr. Pedro Passos Coelho, que, à frente do seu executivo, terminou o ajustamento com sucesso, lançou novas sementes de esperança, e credibilizou Portugal.
Em 2015, a guinada política que alterou o quadro parlamentar e produziu o actual governo, voltou a empurrar o país para os piores lugares dos rankings. Ninguém de bom senso entende o “patriotismo” de quem apoia as facetas do líder socialista. Não percebe a recusa do PS em aceitar e admitir, tanto a derrota eleitoral como o seu passado tenebroso, muito menos, pode concordar com a ousadia desta geringonça que está a reverter a consolidação que Portugal vinha alcançando desde 2014.

Há o risco do país não aguentar este embuste. As debilidades evidentes e o previsível agravamento da crise na União Europeia, com a eventual saída do Reino Unido, são motivos que devem preocupar os portugueses.

  

NÃO É HONROSO HIPOTECAR O FUTURO DA NAÇÃO

Não é Honroso Hipotecar o Futuro da Nação

15/06/2016

Apesar de as taxas de juro já serem negativas, o investimento estagnou e a economia patina. Os volumes de imparidades e de crédito malparado que fazem furor na banca e o índice do desemprego a penalizar o rendimento das famílias comprovam a decadência.

Quando tudo fazia crer que Portugal tinha recuperado da bancarrota de 2011, e já estava a voltar à normalidade, foi empossado um governo, com apoio parlamentar duvidoso, cuja acção se limita a reverter medidas, colocar boys, e a distribuir esmolas por uma clientela determinada a estoirar os cacos que ainda restam.

Os maus indicadores confirmam a falta de confiança dos investidores e o país empobrece a cada dia que passa. Já há quem apele a consensos, porventura, na tentativa de arranjar cúmplices para as contrariedades. O Primeiro-Ministro, com a arrogância que lhe é peculiar, também entrou neste baile para dizer que o PSD precisa de tempo.

Recorde-se que já o anterior Presidente da República tinha lançado o mesmo apelo, noutras circunstâncias, e, a PàF, depois de vencer as últimas legislativas, também se disponibilizou a sacrificar a sua vitória eleitoral, para negociar um acordo de governo, em nome do interesse nacional.

Foi tudo recusado, com indolência e falta de sentido de estado! Toda a gente percebeu que o “Impetuoso lutador” tinha de ser coroado, a qualquer custo.

O PSD não precisa de tempo. No actual quadro político, tem mais do que legitimidade para exercer oposição firme aos devaneios deste governo e já deu provas da sua capacidade para assumir outras responsabilidades. Assim a via democrática o requeira.  

A seu tempo, os portugueses que ainda estão apáticos, perceberão que não é honroso hipotecar o futuro da Nação.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

CONGRESSO NACIONAL DO PS

Congresso Nacional do PS

01/06/2016

O Congresso do Partido Socialista está marcado para os dias 3, 4 e 5 deste mês. Este evento assume ainda mais relevância política, devido à manigância contra-natura que esteve na base da formação do actual governo.

O Partido Socialista perdeu as eleições legislativas e o seu líder, que já havia trucidado o ex-secretário-geral e se arvorou em conquistador, estaria arruinado, politicamente, não fosse a facilidade de se contradizer e se vergar perante os comités da esquerda radical.

Nunca antes, a falta de vergonha de um político derrotado em eleições, tinha se tornado tão evidente.  


Apesar de o “vira-casaquismo” ser a regra de protagonistas que não prestigiam o sistema partidário e de uma alta dirigente já ter apelado às “pessoas normais”, o PS tem gente séria, nas suas fileiras, que não se revê na narrativa falaciosa, traçada pelo seu líder, e acredito nas virtualidades do debate democrático.

terça-feira, 31 de maio de 2016

SANÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA

Sanções da União Europeia

18/05/2016

Por mais que alguns queiram tapar o sol com a peneira, dizendo que as eventuais sanções da UE se devem ao desempenho do governo anterior, os factos são incontornáveis e os dados estatísticos falam por si.

Com todas as dificuldades, também sofridas pelos portugueses, Portugal recuperou da bancarrota de 2011. Baixou o défice de 11 para menos de 3%. E, em 2015 já havia sinais de esperança.

Se agora há problema no défice é devido às opções da geringonça, nomeadamente com a oferta do Banif.

Não acredito que as dúvidas da UE tenham a ver com o governo anterior, cuja execução mereceu reparos positivos de diferentes quadrantes. Só em Portugal, alguns, não entenderam que uma situação de insolvência trás sacrifícios.


Na minha opinião, as actuais preocupações das instituições europeias residem na falta de garantias e no descrédito do actual governo da geringonça, cujas previsões falharam, como já se esperava !!!

FUNDOS DO PORTUGAL 2020

Fundos do Portugal 2020

15/05/2016

A partir deste mês, as Autarquias têm uma pilha de massa à sua disposição.

E, em Albufeira, … quais sãos os projectos?

Têm havido sessões de esclarecimento, dirigidas ao tecido empresarial, mas a grande carência prioritária é de investimento público.

No contexto do turismo, Albufeira precisa de melhorar as condições do produto, para a marca agradar, ainda mais, aos seus visitantes e contagiar investidores.

O grande volume de taxas e impostos que é gerado no concelho, mormente devido à vocação turística, não pode deixar de justificar esta prioridade.https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4b/Euro_banknotes_2002.png

Reitero a vantagem que era a Autarquia ter indagado, na panóplia de fundos, os que lhe assentam melhor, e já ter submetido projectos a consulta pública e à apreciação das entidades tutelares, respectivas, para estar agora em condições de apresentar candidaturas.

Muitos dos bloqueios que atrofiam o concelho eram ultrapassáveis se houvesse pragmatismo. O processo público é, por norma, moroso e os passos inerentes à responsabilidade da Autarquia já deviam ter sido dados. Por sua vez, a iniciativa privada, que tem outra agilidade, conseguia fazer a sua parte, em tempo útil, com mais garantias de sucesso.

Ainda está tudo em aberto. Porém, o tempo não pára e há o receio de Albufeira não aproveitar a oportunidade de desenvolver o seu território e comprometer o futuro da sua economia.