quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Apelo à Cidadania.

11/01/2017

Em Espanha já há 2 sedes do PSOE na mesma rua.
Atenção que isto também pode acontecer por cá, tendo em conta o mau desempenho de algumas representações partidárias, locais, quer na falta de vontade para angariar filiados novos, como no secretismo antidemocrático que evidencia privilégios e interesses pessoais.
Por várias vezes tenho denunciado esta situação, cujo mal não está nas organizações políticas. É sempre das pessoas. Concretamente, dos dirigentes locais que, nalguns casos, se “auto elegem”.

Nestas circunstâncias, renovo o apelo à cidadania e à filiação nos partidos, para o povo contrariar, em sede própria, as tendências negativas que prejudicam o engrandecimento da democracia pluralista em Portugal. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


A Falta de Comparência.

09/01/2017

O Dr. António Costa tem andado a escapar-se entre as malhas.
Depois de ter sido número 2 do governo que levou Portugal à pré-bancarrota, em 2011, e, ainda assim, se ter arvorado em salvador da pátria, perante os seus pares, foi derrotado nas legislativas de 2015.  
Para salvar a sua pele política, e na defesa exclusiva do interesse pessoal, assaltou o poder com a ajuda da esquerda parlamentar, o que se traduziu em prejuízos para o país e na mancha que ensombra a identidade do seu partido.
Já se tinha furtado a prestar homenagem ao Dr. Almeida Santos e agora pôs-se em fuga noutra viagem que acabou por coincidir com a triste ocorrência da morte do Dr. Mário Soares que todos já esperavam e era inevitável.
A falta de comparência do primeiro-ministro não é comparável com o facto do Dr. Mário Soares ter mantido uma viagem de estado, quando o seu filho sofreu um acidente em África. Se o filho tivesse morrido a viagem era abortada. 
As sondagens têm-lhe sido favoráveis. Mas, também elas, são pouco fiáveis. Recolhem o sentimento do momento, enquanto a votação nas urnas espelha outra avaliação mais aprofundada sobre o histórico de factos políticos inerentes às candidaturas.
Partindo do princípio que os eleitores socialistas prezam os valores éticos e democráticos, e não se revêem nas desconsiderações do seu líder, estou em crer que, nas próximas legislativas, a subordinação do PS aos outros partidos da esquerda não vai ser suficiente para António Costa perpetrar novo golpe institucional e voltar a ser primeiro-ministro de Portugal.  

terça-feira, 3 de janeiro de 2017


O Ano 2016 já lá vai … Agora temos 2017

03/01/2017

Estou em crer que o ano que já começou vai ser pródigo em eventos cruciais para a vida de muitos portugueses.
A nível local vamos ter eleições autárquicas que, apesar de mexerem com as máquinas partidárias, são mais da responsabilidade dos candidatos e da sua capacidade de apresentarem propostas para os concelhos.
Pena é que a selecção destes candidatos nem sempre cumpra a ética democrática e, nalguns casos, esteja recheada de batota política que começa na sonegação das representações partidárias e acaba no silêncio dos processos para a sua escolha por “eleição”. Nesta lógica percebe-se que ainda há um caminho a percorrer para a selecção dos candidatos autárquicos ser democrática.
No plano nacional, apesar dos afectos e da mensagem elogiosa do Senhor Presidente da República, o futuro não é risonho. O regozijo dos beneficiados pode murchar se haver consciência do aumento da carga fiscal e estes perceberem que, afinal, a farsa da “palavra dada, palavra honrada” não virou a página da austeridade.
Diz-se que a dívida pública é elevada, mas é preciso realçar que Portugal, em 2016, contraiu mais do dobro que em 2015, com as taxas de juro a subirem. A este ritmo, há a hipótese de os juros subirem ainda mais e dos títulos de dívida, que o país vai ter de continuar a emitir, deixarem de constituir garantia, para vir mais dinheiro.
Depois do governo anterior ter ultrapassado as dificuldades da bancarrota, deixada pelo PS, o país caminhava ao lado da Irlanda. Havia investimento, crescimento económico e oferta de trabalho. Entretanto, o golpe institucional de 2015, que se traduziu no assalto ao poder, provocou desconfiança, falta de investimento, anemia económica, e, ainda, resultou numa deriva para a Grécia, com a possibilidade de chegarmos à Venezuela.
Nestes tempos de reboliço e de cedências insustentáveis, tem havido emprego partidário. Todavia, as necessidades de funcionários nas escolas públicas são bem evidentes. Por outro lado, há dúvidas que a economia esteja a gerar postos de trabalho efectivos. A saída, mormente para os mais novos, continua a ser a emigração.