Há
muito para melhorar
No início de
mais um ciclo da governação autárquica, é oportuno reavivar a “denúncia” do que falta melhorar em
Albufeira.
A divulgação
e a promoção da marca turística devem-se, essencialmente, à determinação do político
que o concelho tem tido a sorte de ver reconduzido, no cargo de presidente. Porém,
a questão carece de cuidados e é pena não ter havido discernimento do sector privado,
para esta dinâmica ser melhor aproveitada.
Há uma mística
mal conseguida, entre os sectores público e privado, quando devia haver diálogo
franco e aberto que conduzia, naturalmente, a outro entendimento sobre as necessidades
da marca turística e da economia do concelho.
As associações
regionais do sector pretenderam fazer crer que não guardavam rancores, entre si.
Sentaram-se, as duas, à mesma mesa, conjuntamente com outros protagonistas, para
incentivarem a constituição da suposta estrutura de promoção, Apal, e prestaram
um mau serviço.
De acordo
com a especificidade económica do concelho, a eficácia da divulgação e promoção
da sua marca turística depende do envolvimento da Autarquia e da cooperação de
privados. A atitude política comprova a tendência. Por seu turno, já devia ter sido
entendida a falta de outro tipo de associação, ou núcleo empresarial de representatividade
multi-sectorial, no concelho, para assumir o papel de observatório e contribuir
para a racionalidade das iniciativas que interferem com a economia.
Tem sido dada
atenção a outras marcas turísticas. Mas, por enquanto, desfocar da nossa
realidade significa perda de tempo. A aposta deve ser muito diálogo e investimento
público, em infra-estruturas, para aproveitar as potencialidades e diversificar
o produto. Só assim, o destino e a sua economia ganham capacidade para atenuar
o efeito das crises.
A cidade não
pode continuar de costas para o mar. O porto de abrigo e a frente marítima não
foram objecto de análise adequada. Não foi dada atenção a pormenores importantes
que contribuíam para a diversidade do produto turístico e abriam novas
oportunidades à economia local. A actual infra-estrutura, de apoio às pescas, está
mal dimensionada e duvido que a respectiva operação venha a ter viabilidade
económica.
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Henrique Coelho
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