As Estruturas Partidárias Locais.
20/07/2017
Há muito que as estruturas partidárias
locais se alhearam das populações.
Os seus dirigentes mostram desinteresse
no engrandecimento dos partidos que lhes dão guarida e não angariam filiados. Preferem
“elites” reduzidas que se revezam, à socapa, e ferem as bases da democracia.
São estes senhores que, sem
fidelizar eleitorado partidário nem contribuir para a emancipação política, vêm
pedir o voto dos cidadãos, quando lhes dá jeito. E, apesar dos resultados serem
bastante evidentes, nalguns casos, continuam a não interiorizar que esta forma
de condicionar a democracia participativa tem riscos.
Nas autárquicas de 2013, a
força política que está, actualmente, a governar a Autarquia de Albufeira sofreu
um trambolhão estrondoso. Desceu de 6 para 3 vereadores. Para a governabilidade,
respectiva, teve de haver acordo pós eleitoral com o grupo independente que
tinha elegido um vereador. Até aí tudo dentro da normalidade. Anormal foi a aliança
nupcial, celebrada a seguir, para atribuir pelouro ao adversário (PS).
….E, desta vez? Sendo que,
desde então, a inerente estrutura partidária local não melhorou a prestação
política e o eleitorado mostra-se insatisfeito … qual será a sua estratégia? Estará
já a arquitectar uma aliança estranha, ainda, antes de a campanha ir para a
estrada?
No plano nacional, o País
tem o conluio da geringonça com acordos manhosos que comprometem a liberdade
democrática e o regular funcionamento das Instituições Oxalá isto não resvale,
também, para o poder autárquico.
A democracia que todos
gostamos deve ser exercida às claras para não produzir maus resultados. Por sua
vez, os eleitores merecem respeito e têm o direito de conhecer bem as intenções
dos candidatos, antes de exercerem o dever de votar.