Notícias de Albufeira, 15/Mar/2009
O Produto
Turístico Precisa de Atenção
A esmagadora
maioria dos visitantes vem ao Algarve, sobretudo, à procura de clima ameno, sol,
praias, e mar calmo de águas límpidas.
Quem vem praticar
golfe, ou está em viagem de negócios, também, espreita a oportunidade para ir à
praia e, se possível, mergulhar no atlântico, por vezes, frio.
É a essência
do produto turístico que temos, para oferecer aos visitantes, e que deve merecer
toda a atenção.
Sendo as
praias de importância estratégica, para a economia do concelho, compete ao
Executivo Camarário exigir aos técnicos da Autarquia, cuidados redobrados no
bom funcionamento dos equipamentos e abstenção de comentários de índole
político.
A Lagoa dos Salgados, também, merece ser vigiada,
e a sua água analisada, para a saúde dos peixes, aves migratórias, e patos
residentes, não ser afectada.
Tendo em
conta as excelentes condições climáticas do Algarve, não se percebe o motivo
dos apoios de praia funcionarem, apenas, entre 15 de Maio e 18 de Outubro. A
afluência de visitantes, no Carnaval e na Páscoa, na esperança de fazerem
algumas horas de praia, e a campanha nos voos da Ryanair para férias
solarengas, em período de estação baixa, são realidades que não se enquadram
nesta rigidez.
Se a praia é
usada, para espectáculos musicais nocturnos, em pleno inverno, também, pode servir
de palco diurno, para bronzear turistas, quando há sol.
Estou
convencido que a larga maioria dos concessionários, deste sector, estaria na
disposição de continuar, em actividade, por mais tempo. As praias mais
concorridas deviam manter o serviço, todo o ano. Logicamente, de forma
reduzida, no período de inverno. Asseguravam postos de trabalho, numa operação economicamente
rentável, e defendiam a imagem do produto turístico.
A falta de segurança,
nas áreas de estacionamento, junto às praias, é outro problema que vai,
certamente, agravar-se e comprometer o investimento na promoção turística. A situação
seria atenuada se a Autarquia disponibilizasse, para as praias mais
frequentadas; um cantoneiro, um guarda-sol e uma cadeira.
O silêncio,
à volta destas e de outras questões, deixa transparecer desinteresse e
impotência das organizações institucionais, que deviam reclamar melhores condições,
para o desenvolvimento do turismo. Responsáveis em diferentes áreas têm facilidade
para identificar as questões, menos correctas, e apontar culpados. Contudo,
preferem o silêncio, para não melindrar e estar bem com todos.
Henrique
Coelho
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