quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Produto turístico precisa atenção

Notícias de Albufeira, 15/Mar/2009

    O Produto Turístico Precisa de Atenção

    A esmagadora maioria dos visitantes vem ao Algarve, sobretudo, à procura de clima ameno, sol, praias, e mar calmo de águas límpidas.
    Quem vem praticar golfe, ou está em viagem de negócios, também, espreita a oportunidade para ir à praia e, se possível, mergulhar no atlântico, por vezes, frio.
    É a essência do produto turístico que temos, para oferecer aos visitantes, e que deve merecer toda a atenção.
    Sendo as praias de importância estratégica, para a economia do concelho, compete ao Executivo Camarário exigir aos técnicos da Autarquia, cuidados redobrados no bom funcionamento dos equipamentos e abstenção de comentários de índole político.
    A Lagoa dos Salgados, também, merece ser vigiada, e a sua água analisada, para a saúde dos peixes, aves migratórias, e patos residentes, não ser afectada.
    Tendo em conta as excelentes condições climáticas do Algarve, não se percebe o motivo dos apoios de praia funcionarem, apenas, entre 15 de Maio e 18 de Outubro. A afluência de visitantes, no Carnaval e na Páscoa, na esperança de fazerem algumas horas de praia, e a campanha nos voos da Ryanair para férias solarengas, em período de estação baixa, são realidades que não se enquadram nesta rigidez.
    Se a praia é usada, para espectáculos musicais nocturnos, em pleno inverno, também, pode servir de palco diurno, para bronzear turistas, quando há sol.
    Estou convencido que a larga maioria dos concessionários, deste sector, estaria na disposição de continuar, em actividade, por mais tempo. As praias mais concorridas deviam manter o serviço, todo o ano. Logicamente, de forma reduzida, no período de inverno. Asseguravam postos de trabalho, numa operação economicamente rentável, e defendiam a imagem do produto turístico.
    A falta de segurança, nas áreas de estacionamento, junto às praias, é outro problema que vai, certamente, agravar-se e comprometer o investimento na promoção turística. A situação seria atenuada se a Autarquia disponibilizasse, para as praias mais frequentadas; um cantoneiro, um guarda-sol e uma cadeira.
    O silêncio, à volta destas e de outras questões, deixa transparecer desinteresse e impotência das organizações institucionais, que deviam reclamar melhores condições, para o desenvolvimento do turismo. Responsáveis em diferentes áreas têm facilidade para identificar as questões, menos correctas, e apontar culpados. Contudo, preferem o silêncio, para não melindrar e estar bem com todos.  



Henrique Coelho

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