Exageros Extemporâneos.
21/05/2017
Com um palmarés de meio
século na indústria do turismo, Albufeira está hoje confrontada com os erros e as
omissões do passado. A submarca turística precisava de ter evoluído no campo
estrutural e ninguém dá conta desta lacuna. Desde 1994, não me tenho cansado de
lançar alertas que constam do meu blogue: www.albufeiranocoracao.blogspot.pt
Quando ainda se falava de
turismo de qualidade, nalguns meandros, recordo-me bem de dizer que Albufeira
estava a ficar “pimba”. Agora ouvem-se críticas explosivas acerca de comportamentos
indignos.
Sobre este assunto, e para
que não restem dúvidas, sou apologista de que qualquer pessoa em práticas
obscenas no espaço público devia ser levada de imediato, ao Posto da GNR, e,
sem grande expediente, ser-lhe aplicada uma multa pesada.
Tem havido alguns exageros
extemporâneos, mas temos de considerar que também por cá, ao abrigo da cultura carnavalesca
e não só, há pessoas que se ataviam ou desataviam em atitudes exibicionistas e,
nem por isso, chocam a sensibilidade alheia.
Há quem culpe os empresários
dos bares, pelos acontecimentos, mas é preciso perceber que estes também são
vítimas e estão sujeitos a cenas de violência por vezes com prejuízos materiais
nos seus estabelecimentos.
Atendendo ao peso do turismo
na economia local deve haver serenidade e bom senso, na identificação das causas
desta desordem … que são várias.
Para não me alongar gostaria
apenas de dizer que é altura para as autoridades do turismo avaliarem os
malefícios do conceito “Tudo Incluído” “All Inclisive” ou “À Barrigada”, como
se queira chamar, em unidades de alojamento inseridas nos perímetros urbanos,
onde também existem estabelecimentos de diversão.
A atmosfera nas respectivas unidades de hospedagem
deve ser deprimente e pouco incentivadora para outros clientes.
No momento em que a franquia
termina nos hotéis, uma boa parte dos enfrascados dirige-se para as zonas de
animação. É lógico que estes encharcados de álcool não trazem negócio. Pelo
contrário, alguns, agem como potenciais infractores e, normalmente, protagonizam cenas desestabilizadoras nas ruas e nos bares por onde passam.
Com o turismo em alta, o
Destino devia estar a seleccionar e a fidelizar clientela, em vez de denegrir a
imagem e comprometer o futuro da economia local.