sábado, 4 de outubro de 2014

Mobilidade

Jornal Notícias de Albufeira, 01Dez.2011,

Mobilidade.

    Portugal tem capacidade de meios e de recursos, para acorrer a desastres, mas, por vezes, a falta de vontade para tomar decisões deixa o País enxovalhado e ridicularizado.
    O que aconteceu, há dias, no Aeroporto Internacional de Faro, é bem elucidativo.
    A infra-estrutura, provavelmente devido a deficiências de concepção, sofreu danos avultados, com a intempérie da madrugado do dia 17 de Outubro passado, e os serviços da meteorologia informaram que dois dias depois voltaria a haver agravamento do estado do tempo.
    Perante as previsões do tempo e as condições da gare, os responsáveis tinham de perceber, de imediato, que não seria razoável manter uma multidão, à chuva, num parque de estacionamento, a céu aberto, a aguardar o momento para cumprir as formalidades de embarque.
    Não percebo a falta de mobilidade que impediu de transferir logística e de negociar, com as low-cost, a alternativa Beja que dista, apenas, 100 quilómetros do Algarve, para fazer baixar a quantidade dos movimentos em Faro.
    A medida servia para as transportadoras aéreas pouparem combustível e para os visitantes perceberem que o país tem alternativas. Não teria havido o tratamento desumano, que vai resultar em pedidos de indemnizações, às companhias de seguros, que, por sua vez, não deixarão de endossar os respectivos custos às entidades nacionais, com responsabilidades na matéria.
    Está-se perante uma irresponsabilidade inadmissível, que afecta a imagem do Algarve, enquanto destino turístico.



Henrique Coelho

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