Jornal Notícias de Albufeira, 01Dez.2011,
Mobilidade.
Portugal tem capacidade
de meios e de recursos, para acorrer a desastres, mas, por vezes, a falta de
vontade para tomar decisões deixa o País enxovalhado e ridicularizado.
O que aconteceu,
há dias, no Aeroporto Internacional de Faro, é bem elucidativo.
A infra-estrutura,
provavelmente devido a deficiências de concepção, sofreu danos avultados, com a
intempérie da madrugado do dia 17 de Outubro passado, e os serviços da
meteorologia informaram que dois dias depois voltaria a haver agravamento do estado
do tempo.
Perante as previsões
do tempo e as condições da gare, os responsáveis tinham de perceber, de
imediato, que não seria razoável manter uma multidão, à chuva, num parque de
estacionamento, a céu aberto, a aguardar o momento para cumprir as formalidades
de embarque.
Não percebo a
falta de mobilidade que impediu de transferir logística e de negociar, com as
low-cost, a alternativa Beja que dista, apenas, 100 quilómetros do Algarve,
para fazer baixar a quantidade dos movimentos em Faro.
A medida servia
para as transportadoras aéreas pouparem combustível e para os visitantes perceberem
que o país tem alternativas. Não teria havido o tratamento desumano, que vai resultar
em pedidos de indemnizações, às companhias de seguros, que, por sua vez, não
deixarão de endossar os respectivos custos às entidades nacionais, com
responsabilidades na matéria.
Está-se perante
uma irresponsabilidade inadmissível, que afecta a imagem do Algarve, enquanto
destino turístico.
Henrique Coelho
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