“Portugal Precisa de Limpar o Lixo de Décadas”
30/06/2016
O
desencanto dos portugueses, em relação aos partidos políticos, não será dos
estatutos, mas é por estas estruturas agregarem protagonistas oriundos de um
povo com especificidades próprias.
Depois
da revolução, na maioria das vezes que alguns foram chamados, pela via
democrática, ou se apoderaram da confiança dos eleitores, e tomaram o poder,
não atingiram o nível do desempenho que a Nação merecia e o povo aspirava.
Por
que será?
A
democracia, para ter maior eficácia, precisava de ser trabalhada e vivida com
transparência. Por sua vez, os partidos políticos são um pilar fundamental e as
suas dinâmicas tinham de ser escrutinadas com rigor. As condutas internas nem
sempre têm sido eficientes e há atitudes que merecem reflexão. É preocupante que
algumas representações partidárias tenham sido ofuscadas das populações e sejam
dominadas por clãs fechados cujos interesses suscitam dúvidas.
Portugal
precisa de limpar o “lixo” de décadas, para ganhar credibilidade e ter
condições de enfrentar tempos, porventura, ainda mais difíceis. As debilidades
da sua economia, a dívida externa, o terramoto do Brexit, e as incertezas do
ideal europeu, são questões que deviam motivar os portugueses. Neste sentido,
justifica-se apelar aos cidadãos, com sentido de pertença democrática, para
exigirem reformas e rejeitarem a inteligência pacóvia que já desvaneceu a emancipação
política e está a roubar a dignidade dos partidos.
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