O Caneiro da Baixa
21/11/2016
Tenho ouvido vários relatos acerca do caneiro que
é responsável pelas inundações da Baixa de Albufeira. Uns dizem que foi
obstruído, com as obras da Polis, outros criticam o uso de condutas ou manilhas.
Arrisco-me a pensar que nem uns nem outros têm razão.
Apesar de achar que o Programa Polis
descaracterizou a cidade, nalguns aspectos, não acredito que tenha deixado os
canos entupidos. Depois da cheia é que a lama das limpezas, em período de tempo
seco, terá se solidificado. Por outro lado, as manilhas redondas concentram o fluxo
que arrasta detritos.
Por mais voltas que se dê não se pode ignorar que
o problema está na cota, cuja correnteza de escoamento vai ficando cada vez
mais limitada, devido à subida do nível do mar. Aliás, o assoreamento inerente
já obrigou a retirar toneladas de areia do ramal do Pontão tal como foi dito,
há dias, publicamente.
O problema da baixa deve ser encarado, com
realismo, tendo em conta a obstinação do mar. As bombas podem aliviar algumas
inundações, numa primeira fase, mas duvido que produzam efeito no futuro.
Do meu ponto de vista, o plano de drenagem que
inclui um túnel novo, não é sustentável por estar desajustado das causas e dos
objectivos. O tempo acabará por deslindar as teimas nesta matéria.
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