Dívida Pública
11/11/2016
Os líderes da esquerda radical evocam o esforço
dos juros da dívida, mas é preciso acrescentar que a economia não cresce e que
o encolhimento do défice é conseguido à custa de carga fiscal e empobrecimento.
Apesar da controvérsia das sanções, Portugal saiu
do procedimento de défice excessivo em 2015. É justo referir que em 2011 o
défice estava nos 12% do PIB e em 2015 fixou-se nos 2,98%, com o investimento e
a economia a crescerem.
A esquerda censura os juros, mas o que a
geringonça sabe fazer é contrair mais dívida. Em 9 meses, aumentou mais do
dobro que durante 2015.
Não é por acaso que as Agências de Rating, à
excepção da DBRS, mantêm a notação de lixo. E, em função do risco inerente às
políticas implementadas por este governo, cujos objectivos têm sido,
normalmente, desacreditados e revistos em baixa, as altas taxas de juro são ultrapassadas,
apenas, pela Grécia.
Depois falam de renegociação. Mas o governo
anterior fez roll-overs de dívida e renegociou maturidades e taxas de juro. E,
ainda, antecipou pagamentos ao FMI, enquanto a geringonça satisfaz a clientela
e difere responsabilidades.
Considerando o nível do endividamento e a
necessidade de continuar a ir aos mercados não é oportuno reclamar. O governo e
os seus parceiros entraram na dança das facilidades, quando deviam ter aproveitado
a herança, usando os recursos com mais racionalidade.
Oxalá o BCE não suba as taxas de juro ou, no limite,
não feche a porta aos títulos da dívida que Portugal vai ter de continuar a
emitir.
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