“O Terramoto do BREXIT”
27/06/2016
O
resultado do referendo no UK veio revelar o défice político da democracia mais
antiga e a inépcia da maioria de britânicos que não percebeu as vantagens de um
sistema organizacional europeu, para fazer face ao mundo actual.
No
plano interno, vão ter de se confrontar com a instabilidade que a decisão já
provocou, sem o suporte da União, e poderão, ainda, ser alvo de políticas
restritivas com repercussões nas suas vidas.
Mas
o terramoto do BREXIT extravasa fronteiras e as populações dos outros Estados também
serão afectadas. A União ficou mais pobre e deixa de poder colocar o interesse da
economia europeia na agenda dos fóruns mundiais.
Portugal
mantém relações com o Reino Unido, baseadas numa aliança de séculos que
interessa preservar. Porém, como estado-membro, não está imune aos acordos que
vierem a ser estabelecidos entre as Instituições da União e o Governo Britânico.
Oxalá
os emigrantes portugueses continuam a usufruir dos mesmos direitos dos
britânicos.
Quanto
ao Algarve, cuja economia está muito exposta ao Reino Unido, devido ao turismo,
estou convencido que os importantes fluxos britânicos, que procuram a Região
durante todo o ano, não estão postos em causa. Por outro lado, não haverá
impedimento para as Autoridades Nacionais atribuírem títulos de residência aos
cidadãos britânicos que optaram ou venham a optar por viver no Algarve.
Numa
primeira análise, a instabilidade cambial, com a libra esterlina a perder face
ao euro, vai fazer mossa e terá repercussão no desempenho da economia,
previsivelmente, sem peso para a balança comercial.
Sem comentários:
Enviar um comentário