quinta-feira, 30 de junho de 2016

O TERRAMOTO DO BREXIT

“O Terramoto do BREXIT”

27/06/2016

O resultado do referendo no UK veio revelar o défice político da democracia mais antiga e a inépcia da maioria de britânicos que não percebeu as vantagens de um sistema organizacional europeu, para fazer face ao mundo actual.

No plano interno, vão ter de se confrontar com a instabilidade que a decisão já provocou, sem o suporte da União, e poderão, ainda, ser alvo de políticas restritivas com repercussões nas suas vidas.    

Mas o terramoto do BREXIT extravasa fronteiras e as populações dos outros Estados também serão afectadas. A União ficou mais pobre e deixa de poder colocar o interesse da economia europeia na agenda dos fóruns mundiais.
 
Portugal mantém relações com o Reino Unido, baseadas numa aliança de séculos que interessa preservar. Porém, como estado-membro, não está imune aos acordos que vierem a ser estabelecidos entre as Instituições da União e o Governo Britânico.

Oxalá os emigrantes portugueses continuam a usufruir dos mesmos direitos dos britânicos.

Quanto ao Algarve, cuja economia está muito exposta ao Reino Unido, devido ao turismo, estou convencido que os importantes fluxos britânicos, que procuram a Região durante todo o ano, não estão postos em causa. Por outro lado, não haverá impedimento para as Autoridades Nacionais atribuírem títulos de residência aos cidadãos britânicos que optaram ou venham a optar por viver no Algarve.

Numa primeira análise, a instabilidade cambial, com a libra esterlina a perder face ao euro, vai fazer mossa e terá repercussão no desempenho da economia, previsivelmente, sem peso para a balança comercial. 

Já li um boletim informativo, em inglês, difundido por “All Finance Matters”, para esclarecer os seus clientes britânicos, em Portugal, sobre as consequências do BREXIT. Parece-me estranho que as entidades algarvias; públicas, privadas, e até de cariz político, ainda, não tenham se dirigido, de forma visível, à população e aos agentes económicos, para esclarecerem acerca das implicações deste revés europeu, e do que pode ser prevenido, para evitar males maiores

Sem comentários:

Enviar um comentário