Muita Massa e Pouca Obra.
24/10/2016
Diz-se
por aí que o excedente de recursos financeiros do Município de Albufeira se
deve às boas práticas de gestão. Não duvido da capacidade e da ambição do
executivo camarário, mas, como observador atento e defensor da minha terra,
parece-me ilegítima a falta de melhoramentos em tempo de abastança. É caso para
dizer “muita massa e pouca obra”.
A
disponibilidade acumulada, indiscutivelmente, mais favorável do que outra
posição de sinal contrário, também é o resultado da incapacidade organizacional
que, por vezes, a Autarquia deixa transparecer. O mal vem de trás e não é a
primeira vez que abordo o assunto. (Blogue Albufeira no Coração, Políticas
Sectoriais – Área Administrativa e Serviços Técnicos, Março de 2005).
A
credibilidade dos orçamentos e o trabalho dos Executivos, dependem da
assistência administrativa e de assessores, hábeis a simular projecções e a
analisar a evolução de dados. O prognóstico que conduziu o Município a ser
resgatado, ao abrigo do PAEL, não se enquadra nestes pressupostos.
Considerando
a robustez financeira e a possibilidade da Autarquia candidatar projectos aos
Fundos da União Europeia, é confrangedor verificar a ausência de
reivindicações, fundamentadas, que já deviam ter sido endereçadas às tutelas
responsáveis pelo tipo de investimento público que Albufeira carece.
Não
adianta exaltar a boa performance do turismo, sem analisar as contas de
resultados das empresas. Apesar de tudo, ainda há margem para o concelho
potenciar a competitividade, e melhorar o desempenho da sua economia, desde que
a vontade política se conjugue nesse sentido.
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