sexta-feira, 20 de novembro de 2015

OS PORTUGUESES SENTEM-SE DEFRAUDADOS

Os Portugueses Sentem-se Defraudados.

14/11/2015

No dia 4 de Outubro, os portugueses votaram e os resultados são os seguintes: Coligação PSD/CDS-PP - 38%,  PS - 32%,  BE - 10%  e  PCP - 8%.

Era bom que a memória não fosse curta.

Nesta votação, para eleger os deputados à Assembleia da República, a Coligação PàF foi, claramente, a força política mais votada, apesar do seu desgaste na correcção das más políticas, implementadas pelo anterior governo do PS, que conduziram a austeridade ainda antes de 2010 e à bancarrota de 2011.

O Partido Socialista foi o grande derrotado, atendendo ao facto do seu líder não ter atingido o objectivo a que se propunha, depois de trucidar o antecessor que tinha ganho duas eleições.

Nestas condições, a haver honestidade política, António Costa teria pedido a demissão e deixava o seu partido seguir o caminho da oposição no parlamento.

No cumprimento da constituição e de acordo com a tradição democrática, o Senhor Presidente da República convidou o líder da Coligação vencedora a formar governo. O líder derrotado do PS chamou-lhe perda de tempo por não estar interessado em negociações, como ficou comprovado, apesar de lhe ter sido manifestada a disponibilidade de haver cedência de pastas ministeriáveis.

A sua opção era outra. Preferiu rebuscar na Constituição a possibilidade de transformar a derrota pessoal em vitória política, com trocadilhos à esquerda, numa aliança contra-natura, para salvar a pele e por ganância de poder.

Em consequência do quadro parlamentar engendrado, o empossado Governo da Coligação caiu, comprovadamente, por falta de ética política e desobediência à tradição democrática que vigorou desde a revolução. Aliás, pelas mesmas razões, já o candidato a Presidente da Assembleia da República, apresentado pela segunda força com assente parlamentar, tinha sido eleito.

Os Portugueses sentem-se defraudados, porque a expressão do seu voto foi adulterada, por políticos que não respeitam as regras do jogo democrático e colocam os seus interesses pessoais acima do interesse nacional.


Atendendo ao descrédito, que está a contaminar a nossa democracia, há o receio dos esforços caírem em saco roto e de Portugal estar a seguir o caminho da Grécia. 

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