Cheia de Albufeira
11/11/2015
Pouco mais de uma semana, depois da cheia,
e a cidade já começa a ficar de cara lavada, graças à determinação dos
Proprietários, esforço do Pessoal da Autarquia, Corpo de Bombeiros, e à solidariedade
de gente anónima que merece ser enaltecida.
O sol está radiante como é apanágio
da região. Porém, estamos na época das chuvas e o tempo pode mudar a qualquer
momento. A Autarquia e a Protecção Civil não podem facilitar nesta matéria. Há
que limpar a ribeira, dar atenção às recomendações da APA, e analisar a
drenagem das águas pluviais, na cidade.
Pelo que vi aqui no Facebook, alguns
comerciantes da baixa estarão a ponderar a hipótese de interpor processo judicial
contra a Autarquia. Mas, também esta foi atingida com a intempérie e a factura
que lhe cabe não será pêra doce.
Estou consciente que há culpas e que
devem ser extraídos ensinamentos para o futuro. Ainda assim, não me parece razoável
uma tomada de posição dos comerciantes, neste sentido, sendo que, alguns terão
seguros e os outros podem aceder às ajudas prontamente disponibilizadas pelo
governo.
Tem de se aceitar que o factor
determinante, para a invulgar tragédia do dia 1 de Novembro, foi a chuva
intensa durante várias horas. Não é normal na nossa terra. A comprovar está o bom
tempo que se tem feito sentir nos últimos dias, o que também pode explicar
algum descuido.
Por outro lado, é preciso que haja a
percepção de que a Autarquia, ao longo dos anos, tem colaborado com os empresários
da baixa, tornando esta área da cidade hegemónica e atractiva, para turistas e
outros frequentarem os seus estabelecimentos.
A haver queixas, devia ser dos donos
de estabelecimentos fora do perímetro, agora atingido, que desde há muito vêem quebras
nos seus negócios e observam a constante correria para o “palco” de eventos apelativos
custeados pelo erário público.
HC/.
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