sábado, 14 de março de 2015

Workshop sobre oportunidades de financiamento

    Workshop sobre oportunidades de financiamento.

     O workshop sobre oportunidades de financiamento, promovido pelo Gabinete de Empreendedorísmo da Autarquia, cumpriu a sua missão de informar os interessados acerca das regras e das modalidades dos Programas da União Europeia para projectos de desenvolvimento, ampliar negócios e requalificar as empresas em laboração.

     O Senhor professor da Universidade do Algarve que conduziu a palestra teve mérito nas suas explicações e o tempo não foi perdido.

     Ainda assim, sejamos pragmáticos. O tecido económico do concelho é caracterizado, na sua maioria, por um conjunto de empresários individuais, micro e pequenas empresas, cuja hipótese de recorrerem aos programas não é tarefa fácil. Quem quiser fazê-lo, com sucesso, terá de contratar alguém qualificado para organizar a candidatura. E, atendendo à dimensão e aos montantes, há situações em que o benefício não compensa o custo.

     Por outro lado, é importante haver uma percepção correcta das prioridades. Na óptica da vocação turística, o concelho precisa de valorizar o seu produto primário. Nestas condições, deve ser a Autarquia a indagar, na panóplia dos Fundos da União, o que lhe serve melhor.      

     Durante décadas não houve ponderação no uso da disponibilidade pública e o investimento foi mal direccionado. O Jardim da Meia Laranja é, disso, um bom exemplo. Por sua vez, a Polis veio descaracterizar ainda mais a cidade e não resolveu as lacunas

     Foram edificados parques de estacionamento, para superar as carências, apenas, dos meses de Julho e Agosto, na base de arranjos financeiros manhosos. Ao promotor do último, que encerrou ao público, depois de ser inaugurado, foi concedido o privilégio de cobrar pelo parqueamento nas imediações, a céu aberto, muito tempo antes de entrar em operação.

     A falta de passeio marítimo, do Peneco ao Porto de Abrigo, estrangula a cidade e desvaloriza a marca turística. Esta situação é um quebra-cabeças para quem se confronta, diariamente, com turistas que fazem perguntas comprometedoras para a idoneidade dos albufeirenses.

     É inequívoca a necessidade de Albufeira valorizar o produto e de projectar-se noutras valências, para atenuar o castigo da sazonalidade. Neste sentido, a prioridade das prioridades é requalificar a frente de mar, incluindo o porto de abrigo, e considerar o contributo das pescas. A sua concretização depende, em primeiro lugar, da vontade política e da disponibilidade dos senhores autarcas. Dispenso-me de esgrimir o assunto, porque já o fiz noutros momentos, mas entenda-se que esta questão está ligada à perda de competitividade do ícone da economia do concelho.
     A maioria dos empresários, mormente das actividades turísticas, sabe do que estou a falar. Vê-se, constantemente, na necessidade de compensar o down-grade do destino, com pacotes especiais, e de ajustar tarifários em baixa, para contrariar as quebras de movimento nos seus estabelecimentos.


     Mar.2015 - Henrique Coelho

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