sábado, 14 de março de 2015

O proclamado sucesso turístico não é convincente.

    O proclamado sucesso turístico não é convincente.

     Já ninguém terá dúvidas que é preciso haver investimento público, em Albufeira, para a economia do concelho crescer no âmbito da sua vocação.
 
     Apesar do alarido estatístico e da confiança pretensiosa que alguns tentam transmitir, o proclamado sucesso turístico não é convincente. O volume das receitas não cresceu na proporção das despesas e o reflexo económico na conta de resultados das empresas é, nalguns casos, comprometedor. Que o diga os empresários da restauração, sujeitos à sazonalidade, concorrência desenfreada e, ainda, com o IVA de 23% a provocar-lhes insónias.

     A Autarquia, na sua qualidade de entidade licenciadora, mas, também, cooperante, demonstra falta de rumo coerente e denota dificuldade para delinear prioridades. Empenha-se em programas desajustados do tecido empresarial do concelho, quando o seu grande desafio devia ter sido ajustar e optimizar os recursos e as suas disponibilidades.

     Esgotou o tempo que era razoável para já ter apresentado, publicamente, uma carteira de bons projectos e estar, agora, a negociar compromissos das tutelas respectivas e a candidatar-se aos meios necessários, para o investimento público que o concelho precisa de realizar.

     No respeito pelas famílias e pelas empresas, deve servir-se do reforço de encaixe de IMI e das taxas elevadíssimas, para fazer obra, sob pena do seu executivo ficar para a história, apenas, como pioneiro da aberração dos mini orçamentos participativos e das passadeiras de calçada, com as quais concordo. Com uma atitude mais eloquente, a Autarquia estaria a contribuir para a coesão económica e social do concelho e a contagiar os investidores privados de forma credível.

     No âmbito mais alargado das actividades com predominância no concelho têm faltado iniciativas, para haver partilha de conhecimento e objectividade pragmática, com vista a diversificar a base da economia.
    
     Será uma perda muito grande se o concelho não reunir as condições, para tirar proveito da actual política monetária do BCE, e não ser capaz de aceder ao excesso de liquidez da banca nacional.   


   Mar.2015 - Henrique Coelho

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