Afinal em que ficamos?
A gravidade do assunto leva-me a recordar que os valores da denunciada folga
financeira da Autarquia ainda não foram desmentidos no mesmo órgão de
comunicação que os difundiu.
Afinal em que ficamos?
Está-se perante um défice de transparência que não é aceitável
Os autarcas preferem enaltecer o desafogo financeiro da Autarquia, de
forma telegráfica, em vez de assumirem as suas responsabilidades políticas e virem
a terreiro dar explicações, convincentes, sobre uma questão que afecta a vida
dos munícipes.
Acredito que haja razões fundamentadas para o Município ter recorrido a
assistência financeira no âmbito do PAEL. Contudo, na falta de dados que
contradigam os valores revelados, o que fica para a opinião pública é a ideia de
que o resgate era evitável e que as famílias e as empresas não tinham de ser
tão maltratadas, com o tédio de impostos e taxas altíssimas, para rechear os
cofres da Autarquia.
Por estas e por outras razões os munícipes mostram-se descrentes e, ao
mesmo tempo, preocupados com as opções dos autarcas, em relação ao uso da
disponibilidade financeira.
Devido à qualidade do assessoramento e/ou à falta da formação específica,
pós-eleição, que sugeri há 21 anos e foi referenciada, recentemente, pelo PSD
nacional, para a generalidade dos autarcas, existe um enigma em Albufeira que carece
de desmistificação.
Fev.2015
- Henrique Coelho
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