Dever de Falar Claro
11/10/2015
O Dr. António Costa transformou-se num
derrotado solitário que oferece perigo. Qualquer que seja a sua opção prejudica
a performance política do seu partido. À semelhança do que acontece com os
partidos socialistas da Europa o seu protagonismo está a acelerar a reorganização
do xadrez político nacional.
Se virar-se para a direita perde alguns
mais à esquerda, maioritariamente, a favor do BE. Se virar-se para a esquerda
perderá a ala moderada a favor do PSD.
No meio de tudo isto está um povo que
sofre as consequências da calamidade em que o país foi deixado em 2011.
Com o processo de ajustamento por concluir
e uma dívida que não é compatível com o desempenho da economia, Portugal
precisa de estabilidade política, para fazer reformas e atrair investimento.
Tenho confiança na superior decisão
do Senhor Presidente da República.
Se o Dr. António Costa viesse a ser
empossado num governo aliado à esquerda, os mercados assanhar-se-iam de
imediato e a austeridade teria de ser reforçada, ao contrário do alívio de que
já se fala. Tendo em conta a necessidade de financiamento externo, Portugal
entrava no caminho da Grécia e a auditoria permanente (Troika) regressava dentro
de um ano.
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