quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dever de Falar Claro

11/10/2015

O Dr. António Costa transformou-se num derrotado solitário que oferece perigo. Qualquer que seja a sua opção prejudica a performance política do seu partido. À semelhança do que acontece com os partidos socialistas da Europa o seu protagonismo está a acelerar a reorganização do xadrez político nacional.

Se virar-se para a direita perde alguns mais à esquerda, maioritariamente, a favor do BE. Se virar-se para a esquerda perderá a ala moderada a favor do PSD.

No meio de tudo isto está um povo que sofre as consequências da calamidade em que o país foi deixado em 2011.

Com o processo de ajustamento por concluir e uma dívida que não é compatível com o desempenho da economia, Portugal precisa de estabilidade política, para fazer reformas e atrair investimento.

Tenho confiança na superior decisão do Senhor Presidente da República.

Se o Dr. António Costa viesse a ser empossado num governo aliado à esquerda, os mercados assanhar-se-iam de imediato e a austeridade teria de ser reforçada, ao contrário do alívio de que já se fala. Tendo em conta a necessidade de financiamento externo, Portugal entrava no caminho da Grécia e a auditoria permanente (Troika) regressava dentro de um ano.

   

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