O PS mostra-se preocupado.
Apesar das declarações proferidas por
políticos da nossa praça, sobre a situação grega, Portugal não tem condições de
se opor ao que vier a ser decidido nas Instituições da União.
A posição oficial portuguesa, a meu ver algo
precipitada, tem vindo a baixar de tom.
Depois de alguma euforia, também o
Secretário-Geral do PS se demarca dos socialistas gregos e mostra-se preocupado
porque qualquer cedência da União às posições do Syriza provoca desvio de votos
do seu eleitorado, para a esquerda radical, nas próximas legislativas.
Se as eleições não ditarem uma maioria absoluta
de direita não é entrave. Está na hora dos políticos valorizarem a democracia e
do novo governo incluir leque mais alargado de sensibilidades. Veja-se o meu
artigo publicado no Notícias d’Albufeira, em Abril de 2011.
Os eleitores
não se esquecem que foi o governo socialista quem deu o golpe fatal e arrastou o
País para a situação de bancarrota iminente. Já demissionário, em gestão
corrente, ainda teve de pedir a ajuda externa para evitar o incumprimento. Mas
foi o Governo de coligação PSD/CDS, saído de eleições em Junho de 2011, que teve
de cumprir o memorando de entendimento, supervisionado pela Troika, e honrar os
compromissos assumidos.
Nesta experiência nova nem tudo correu da
melhor forma e o que é dito, hoje, sobre o desemprego e a pobreza, em Portugal,
não joga com a realidade. Contudo, a austeridade era inevitável.
Terminado o programa de assistência, sem recorrer
a mais ajuda, o País ganhou credibilidade e o Governo estará em condições para
começar a reparar algumas injustiças.
Os portugueses devem estar apreensivos com
o alinhamento de algumas figuras políticas, em relação ao caso de justiça mais
mediático da actualidade, e, certamente, já perceberam que entregar a
governação a um primeiro-ministro socialista, nesta conjuntura, seria
retrocesso com riscos indetermináveis.
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