quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O PS mostra-se preocupado

     O PS mostra-se preocupado.

     Apesar das declarações proferidas por políticos da nossa praça, sobre a situação grega, Portugal não tem condições de se opor ao que vier a ser decidido nas Instituições da União.
     A posição oficial portuguesa, a meu ver algo precipitada, tem vindo a baixar de tom.
     Depois de alguma euforia, também o Secretário-Geral do PS se demarca dos socialistas gregos e mostra-se preocupado porque qualquer cedência da União às posições do Syriza provoca desvio de votos do seu eleitorado, para a esquerda radical, nas próximas legislativas.
     Se as eleições não ditarem uma maioria absoluta de direita não é entrave. Está na hora dos políticos valorizarem a democracia e do novo governo incluir leque mais alargado de sensibilidades. Veja-se o meu artigo publicado no Notícias d’Albufeira, em Abril de 2011.       
     Os eleitores não se esquecem que foi o governo socialista quem deu o golpe fatal e arrastou o País para a situação de bancarrota iminente. Já demissionário, em gestão corrente, ainda teve de pedir a ajuda externa para evitar o incumprimento. Mas foi o Governo de coligação PSD/CDS, saído de eleições em Junho de 2011, que teve de cumprir o memorando de entendimento, supervisionado pela Troika, e honrar os compromissos assumidos.
     Nesta experiência nova nem tudo correu da melhor forma e o que é dito, hoje, sobre o desemprego e a pobreza, em Portugal, não joga com a realidade. Contudo, a austeridade era inevitável.
     Terminado o programa de assistência, sem recorrer a mais ajuda, o País ganhou credibilidade e o Governo estará em condições para começar a reparar algumas injustiças.
     Os portugueses devem estar apreensivos com o alinhamento de algumas figuras políticas, em relação ao caso de justiça mais mediático da actualidade, e, certamente, já perceberam que entregar a governação a um primeiro-ministro socialista, nesta conjuntura, seria retrocesso com riscos indetermináveis.

   

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