domingo, 8 de fevereiro de 2015

O Banco de Fomento tarda em dar contributo

    O Banco de Fomento, muito badalado, tarda em dar contributo.

     Portugal como país periférico, cujas políticas cambial e monetária não controla, tem dificuldade de sustentar o seu endividamento. A globalização e os acordos do comércio internacional, que aparentemente abriram as portas a um mercado mais amplo, também trouxeram-lhe dificuldades.
     Ainda assim, pode tirar partido da conjuntura que aí vem.
     Independentemente do desfecho que se vier a verificar na Grécia, estou confiante que a vitória do Syriza vai alterar a visão das Instituições da União em relação aos países membros que comportam dívida elevada.
     A nova política monetária do BCE para travar a deflação, com consequências na desvalorização do Euro, também pode ajudar a economia a crescer, desde que os governantes sejam capazes de implementar medidas para incluir as empresas nacionais neste processo.
     É preciso olhar o mar com sabedoria e tirar partido das suas potencialidades.
     No tempo das colónias Portugal possuía uma marinha mercante pujante que, em vez de ser redireccionada para os objectos lógicos de um país marítimo, foi desmantelada. Hoje, Portugal não tem navios apesar de continuar a ter a maior zona económica exclusiva que pretende justificar os submarinos.
     O turismo está com uma grande dinâmica e representa mais de 10% do PIB, mas ainda há muitas carências que precisam de ser ultrapassadas, tanto no aproveitamento das potencialidades como no desenvolvimento de produtos atractivos, para o sector melhorar a competitividade.
     Reiterando o que disse em 15 de Julho de 2010, (in J. d`Albufeira e Blogue), o sector agrário merecia que as Caixas Agrícolas acompanhassem melhor os seus associados e ajudassem a desenvolver projectos viáveis. A Tutela, através das Direcções Regionais, também deve incentivar os empresários agrícolas e dar o seu contributo, nomeadamente, na análise da aptidão dos solos e no aconselhamento sobre emparcelamentos, para as explorações serem rentáveis.
     O objectivo patriótico deve ser substituir a importação de bens de consumo pela exportação de produtos com incorporação nacional e maior valor acrescentado.
     Devido à política de extracção da Arábia Saudita, e à auto-suficiência dos Estados Unidos, a cotação do barril de petróleo caiu para menos de metade nos mercados internacionais. Porém, os combustíveis não desceram, em Portugal, na mesma proporção, para manter o fluxo de impostos e engordar players. A factura de electricidade ficou mais dispendiosa para as famílias e para as empresas. Este paradoxo chinês já devia ter sido denunciado pelo regulador que julgo ainda ser português.
     Ao contrário dos Swap da banca, com ramificações aos gurus da finança mundial, que estão a dar raia e já chegaram aos Tribunais, o Capital de Risco parece estar mal implantado neste país. Por outro lado, o Banco de Fomento, muito badalado, tarda em dar contributo para a economia crescer e atenuar o flagelo do desemprego.

     Veja mais em:  www.albufeiranocoracao.blogspot.pt

     Fev.2015 - Henrique Coelho

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