terça-feira, 3 de janeiro de 2017


O Ano 2016 já lá vai … Agora temos 2017

03/01/2017

Estou em crer que o ano que já começou vai ser pródigo em eventos cruciais para a vida de muitos portugueses.
A nível local vamos ter eleições autárquicas que, apesar de mexerem com as máquinas partidárias, são mais da responsabilidade dos candidatos e da sua capacidade de apresentarem propostas para os concelhos.
Pena é que a selecção destes candidatos nem sempre cumpra a ética democrática e, nalguns casos, esteja recheada de batota política que começa na sonegação das representações partidárias e acaba no silêncio dos processos para a sua escolha por “eleição”. Nesta lógica percebe-se que ainda há um caminho a percorrer para a selecção dos candidatos autárquicos ser democrática.
No plano nacional, apesar dos afectos e da mensagem elogiosa do Senhor Presidente da República, o futuro não é risonho. O regozijo dos beneficiados pode murchar se haver consciência do aumento da carga fiscal e estes perceberem que, afinal, a farsa da “palavra dada, palavra honrada” não virou a página da austeridade.
Diz-se que a dívida pública é elevada, mas é preciso realçar que Portugal, em 2016, contraiu mais do dobro que em 2015, com as taxas de juro a subirem. A este ritmo, há a hipótese de os juros subirem ainda mais e dos títulos de dívida, que o país vai ter de continuar a emitir, deixarem de constituir garantia, para vir mais dinheiro.
Depois do governo anterior ter ultrapassado as dificuldades da bancarrota, deixada pelo PS, o país caminhava ao lado da Irlanda. Havia investimento, crescimento económico e oferta de trabalho. Entretanto, o golpe institucional de 2015, que se traduziu no assalto ao poder, provocou desconfiança, falta de investimento, anemia económica, e, ainda, resultou numa deriva para a Grécia, com a possibilidade de chegarmos à Venezuela.
Nestes tempos de reboliço e de cedências insustentáveis, tem havido emprego partidário. Todavia, as necessidades de funcionários nas escolas públicas são bem evidentes. Por outro lado, há dúvidas que a economia esteja a gerar postos de trabalho efectivos. A saída, mormente para os mais novos, continua a ser a emigração.

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