segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


A Falta de Comparência.

09/01/2017

O Dr. António Costa tem andado a escapar-se entre as malhas.
Depois de ter sido número 2 do governo que levou Portugal à pré-bancarrota, em 2011, e, ainda assim, se ter arvorado em salvador da pátria, perante os seus pares, foi derrotado nas legislativas de 2015.  
Para salvar a sua pele política, e na defesa exclusiva do interesse pessoal, assaltou o poder com a ajuda da esquerda parlamentar, o que se traduziu em prejuízos para o país e na mancha que ensombra a identidade do seu partido.
Já se tinha furtado a prestar homenagem ao Dr. Almeida Santos e agora pôs-se em fuga noutra viagem que acabou por coincidir com a triste ocorrência da morte do Dr. Mário Soares que todos já esperavam e era inevitável.
A falta de comparência do primeiro-ministro não é comparável com o facto do Dr. Mário Soares ter mantido uma viagem de estado, quando o seu filho sofreu um acidente em África. Se o filho tivesse morrido a viagem era abortada. 
As sondagens têm-lhe sido favoráveis. Mas, também elas, são pouco fiáveis. Recolhem o sentimento do momento, enquanto a votação nas urnas espelha outra avaliação mais aprofundada sobre o histórico de factos políticos inerentes às candidaturas.
Partindo do princípio que os eleitores socialistas prezam os valores éticos e democráticos, e não se revêem nas desconsiderações do seu líder, estou em crer que, nas próximas legislativas, a subordinação do PS aos outros partidos da esquerda não vai ser suficiente para António Costa perpetrar novo golpe institucional e voltar a ser primeiro-ministro de Portugal.  

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