segunda-feira, 17 de julho de 2017


Os Programas Autárquicos Já Estarão na Forja.


17/07/2017

Aproxima-se o período da campanha eleitoral e os respectivos programas autárquicos já estarão na forja.

Longe de mim a vontade de provocar qualquer desarranjo na calendarização das candidaturas que concorrem em Albufeira, mas faço lembrá-las que os eleitores têm o direito de conhecer as intenções dos políticos, nomeadamente, em três pontos fundamentais que não podem ser deixados para o arbítrio dos orçamentos participativos:

1 – Serviços de limpeza, manutenção e conservação dos espaços públicos. (refiro-me à recolha de lixo, estradas, caminhos, passeios públicos, e à ausência de equipamentos de praia a condizer com as exigências do século XXI e do tal turismo de qualidade que se pretende).

2 – Urgência na ligação da cidade à Marina, por frente de mar, nos moldes que tenho referido e que julgo serem conhecidos. Preservava a falésia, resolvia um problema de acessibilidades, era estruturante para a cidade, e constituía upgrade, importantíssimo, no contexto da vocação turística. Mais do que o “Passeio Marginal” foi, no passado, esta obra de requalificação, com as valências que podia acomodar, tornavam-na no ex-libris de Albufeira.

3 – Baixa de Albufeira, subida de nível do mar e consequente dificuldade de escoamento. Os candidatos autárquicos não podem se esquivar de elucidar os eleitores, com clareza, acerca das suas interpretações sobre estas realidades e a forma de as resolver. Fala-se num mega túnel para as eventuais cheias da ribeira, mas essa obra, bem ao agrado de alguns e já com custos financeiros para o Município, não resolve as previsíveis inundações da baixa, cuja tendência é para se tornarem, cada vez, mais frequentes, também, devido à dinâmica do mar que assoreia, constantemente, o ramal de descarga do Pontão. A avaliar pela subida ao longo da costa, estou convencido que o mar acabará por ditar as suas regras, em Albufeira, dentro de poucas décadas. Nesta perspectiva afigurava-se-me mais correcto começar-se já a equacionar uma solução de fundo, para resolver os problemas, em vez de se gastar dinheiro do erário público num túnel que pode não servir para nada. De hora avante qualquer abstracção, ou tentativa para esconder estas realidades, revela a irresponsabilidade política que vai, seguramente, dificultar e onerar as gerações futuras.     

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